Teorias contraditórias
discutem o desaparecimento — ou não — dos indivíduos do gênero masculino da
face da Terra.
Há algum
tempo que circula entre a comunidade científica o rumor de que os homens
estariam entrando em extinção. Tal ideia está baseada na teoria de que o
cromossomo Y — que contém as informações genéticas que determinam as características
masculinas presentes nos corpos dos homens — seria desnecessário,
levando vários cientistas a argumentar que, a longo prazo, ele pode desaparecer
por completo.
De acordo
com o pessoal do site RT, essa teoria está
fundamentada no fato de que o cromossomo Y contava com cerca de mil genes —
mesma quantidade presente no cromossomo X — nos primórdios da espécie humana.
No entanto, depois de milhares de anos de evolução, o Y foi perdendo o número
de genes, contando hoje com cerca de 100 apenas.
Se esse
processo continuar, a tendência é que dentro de 5 milhões de anos o Y acabe
gradualmente desaparecendo, dando lugar a um planeta povoado apenas por
mulheres. Já pensou nisso? TPM em escala global...
A espécie
humana possui um total de 23 pares de cromossomos, dos quais um deles determina
qual será o gênero — “feminino XX” ou “masculino XY” — de um indivíduo. O
problema, segundo os cientistas, é o que ocorre durante a recombinação genética
(processo no qual ocorre a combinação aleatória do material genético
proveniente dos pais), já que somente existem pares XX, mas não YY.
Desta
forma, quando um cromossomo Y não se combina com um X, ele acaba se perdendo,
já que não possui nenhum “parceiro” Y com o qual formar um par. Isso significa
que, depois de milhares de anos de evolução, esse cromossomo conta com apenas
3% dos genes que costumava ter quando ele começou a evoluir separadamente do X
há 200 ou 300 milhões de anos.
Contudo,
meninos e meninas, de acordo com o site LiveScience, não há
motivos para pânico! Uma equipe de pesquisadores realizou o sequenciamento genético
de uma espécie de primata — o macaco-rhesus — com a qual os humanos
compartilharam um ancestral comum há 25 milhões de anos. Depois de comparar o
cromossomo Y dos primatas com o dos humanos, os cientistas concluíram que os
dois continuam sendo extremamente semelhantes.
Além
disso, os pesquisadores também concluíram que a perda dramática na quantidade
de genes ocorreu lá nos primórdios, tornando-se estável depois de algum tempo,
e hoje em dia o ritmo de perda genética é praticamente nulo. Isso significa
que, de acordo com essa “contra-teoria”, o cromossomo Y já descartou todo o
material do qual não necessita, mantendo apenas os genes que são cruciais para
a sobrevivência de um determinado organismo.
Fonte: LiveScience RT
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