domingo, 5 de maio de 2013

ITATIBA (SP) PEDE SAÍDA DE DELEGADO QUE FOI AGENTE NA DITADURA



A Frente de Esculacho Popular (FEP) organizou neste sábado um protesto contra o delegado Carlos Alberto Augusto, em Itatiba (SP). O manifesto pede a saída de Augusto de seu cargo de delegado da Polícia Civil na cidade.


O delegado é acusado, junto com o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, de participação no sequestro do corretor de valores Edgard de Aquino Duarte, em junho de 1971, durante o período mais violento da ditadura militar.

Em outubro de 2012, a Justiça Federal recebeu denúncia do Ministério Público contra Augusto e Ustra. Segundo a denúncia, Duarte ficou preso ilegalmente no DOI-Codi e no Deops (Departamento de Ordem Política e Social) até meados de 1973 e desapareceu.

Conhecido como "Carlinhos Metralha", Augusto também é acusado de comandar sessões de tortura e estar envolvido no desaparecimento de presos políticos no período em que trabalhou no Dops (Departamento da Ordem Política e Social), de 1970 a 1977.

Em fevereiro, Augusto foi nomeado para assumir o cargo de delegado em Itatiba.

Procurado pela Folha, o delegado disse estar satisfeito com a manifestação. "Fiquei feliz por esses grupos de 'mili-tontos' e 'mili-idiotas' por se manifestarem. Eu lutei pela liberdade imprensa, de manifestação e pela democracia".

"Não serve para nada esse movimento", disse Augusto ao ser questionado se ele acredita que o "esculacho" terá alguma consequência. "Estou na Polícia há 40 anos defendendo a sociedade e as consequências tem que perguntar ao governador, secretário-geral de segurança do Estado de São Paulo."

Sobre as acusações o delegado afirmou que não foi notificado pela Justiça sobre o suposto envolvimento no sequestro de Duarte. "Tão logo eu for citado, eu vou me manifestar na forma da lei. Eu respeito a Justiça e meus superiores. Não existiu tortura no Dops. Não cometi tortura nenhuma, o departamento tinha uma diretoria responsável subordinada ao secretário de Segurança Pública. Nós tínhamos uma Corregedoria muito enérgica e um juiz corregedor muito enérgico. Todas as prisões eram comunicadas ao juiz auditor militar."

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