Tudo
o que escutamos é resultado de vibrações no ambiente que chegam aos nossos
ouvidos em forma de ondas sonoras. O som que chega após o relâmpago é,
portanto, também resultado de uma vibração do meio externo, neste caso gerado
por uma forte descarga elétrica que se estabelece entre as nuvens e o solo
terrestre.
O
raio gera uma corrente elétrica de grande intensidade que ioniza o ar ao longo
do caminho, produzindo um rastro de luz superaquecido que conhecemos como
relâmpago. O ar em torno dessa corrente se aquece rapidamente a uma temperatura
de até 27.000 ºC.
Como
o fenômeno acontece em questão de instantes, as partículas de ar se expandem
pelo calor e são imediatamente comprimidas pelo resfriamento da atmosfera.
Dessa forma, cria-se uma onda de ar comprimido que se expande como uma explosão
para todas as direções, gerando o barulho que denominamos de trovão.
A velocidade da luz e o som do trovão
Vemos
primeiro o relâmpago e escutamos depois o trovão porque a velocidade da luz é
muito mais rápida do que a do som. Em geral, o trovão se constitui de um grande
estouro, mas, dependendo da região ou da formação do terreno, ele pode
reverberar em múltiplos ecos, especialmente em cidades com muitos túneis e
prédios.
Popularmente,
podemos estabelecer a distância de um raio em relação ao observador contando os
segundos entre a percepção do relâmpago e a escuta do trovão. Cada segundo que
separa os dois eventos representa em média 300 metros de distância.
O
espetáculo de luz e som gerado pelos raios é uma combinação da vibração das
partículas de ar e a perturbação das forças elétricas na atmosfera terrestre.
Esse fenômeno incrível mostra toda a força da natureza e a nossa
insignificância frente aos grandes eventos climáticos.
Fonte: Scientific American
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