quarta-feira, 19 de junho de 2013

RÚSSIA BLOQUEIA ACORDO NO G8 PARA INTERVENÇÃO DOS EUA NA SÍRIA

 
 
A Rússia não permitiu que o G8 chegasse a um acordo sobre uma intervenção militar na Síria. Nesta segunda-feira (18/06), em reunião em Belfast, na Irlanda do Norte, Vladimir Putin reiterou que o governo russo condena as acusações dos EUA sobre utilização de armas químicas por Damasco.

Em entrevista coletiva, o presidente russo concordou que existe a necessidade de controlar a violência em território sírio, buscando um acordo político entre as partes envolvidas no conflito. No entanto, deixou claro que o país refuta que fortalecer a oposição seja o caminho correto. “Estamos de acordo em trazer as partes para mesa e negociar, mas não concordamos com o apoio aos rebeldes”, afirmou.
Com o posicionamento russo, os planos de Washington de obter um consenso no G8 sobre o fornecimento de armas para os opositores sírios foram frustrados.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou à imprensa europeia ao fim da reunião que “existe claramente uma grande diferença entre a posição da Rússia e dos outros países do G8”. O primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper, afirmou que, caso não haja uma grande mudança da posição de Moscou, “não haverá acordo”.

Após o encontro do G8, o presidente sírio, Bashar al-Assad, afirmou que os europeus vão “pagar o preço” caso decidam oferecer suporte aos opositores sírios. “Se os europeus fornecerem armas aos opositores, o quintal da Europa vai se tornar um palco de terrorismo e a Europa vai pagar o preço”, afirmou em entrevista ao jornal alemão Frankfurter.  “Os terroristas vão ganhar experiência em combate e regressar com ideologias extremistas”, reiterou Assad.
Segundo informações da Agência Efe, Obama rejeitou também que uma ação "com maior antecedência ou mais contundente" dos EUA evitaria a "tragédia". "Este argumento, que evitaríamos a atual tragédia e o caos que vemos na Síria caso tivéssemos agido previamente, ou de modo mais contundente, acho que é equivocada", disse.

Desde que começaram as manifestações contra o governo sírio, em março de 2011, o conflito causou mais de 93 mil mortes e fez com que milhões de pessoas se mudassem para outros países.
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