segunda-feira, 1 de julho de 2013

UE ALERTA PARA DANO EM LAÇOS COM EUA E PÕE NEGOCIAÇÃO COMERCIAL EM DÚVIDA

 
 
A UE (União Europeia) expressou nesta segunda-feira (1º) sua indignação pela suposta espionagem dos Estados Unidos a representações comunitárias e embaixadas, advertindo para possíveis consequências aos laços políticos e às negociações comerciais com o governo de Barack Obama. 
 
A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, foi a encarregada de transferir ao secretário de Estado americano, John Kerry, a grande preocupação das capitais europeias e das instituições comunitárias supostamente espionadas pela Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA), o que consideram, se for confirmada, uma atuação "inaceitável" de um de seus aliados.
Kerry, no entanto, minimizou a importância das acusações após um encontro com Ashton em Brunei, no marco das reuniões ministeriais da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), ao afirmar que "todos os países do mundo que participam dos assuntos internacionais adotam muitas medidas para proteger a segurança nacional" e "não é algo incomum para muitas nações". 
Apesar das tentativas de Washington para acalmar os ânimos, a polêmica criada pelas revelações da revista alemã "Der Spiegel" sobre a suposta espionagem de representações comunitárias em Washington, na ONU e em Bruxelas, assim como a vigilância de comunicações na Alemanha e na França, chegou ao seio da UE.
O motivo são de novo documentos vazados pelo ex-colaborador da NSA, Edward Snowden, ao jornal "The Guardian", nos quais consta que os serviços secretos dos EUA teriam espionado 38 embaixadas, entre elas as de França, Itália e Grécia e de países do Oriente Médio, assim como aliados como Japão, México, Coreia do Sul, Índia e Turquia.

Na Europa, o presidente francês, François Hollande, foi talvez o líder mais contundente, ao condicionar qualquer negociação com os EUA a que a Administração Obama ofereça garantias do fim da suposta espionagem, em referência às conversas sobre o tratado de livre-comércio que a UE prevê abrir em uma semana com Washington.

Socialistas e liberais na Eurocâmara consideraram hoje que a suposta espionagem americana ameaça as negociações sobre esse tratado com os EUA.

No entanto, a Lituânia, que a partir de hoje ocupa a presidência rotativa da UE, espera que Washington dê "respostas" sobre o caso, mas declarou que a polêmica não afetará às negociações comerciais que as duas partes começarão porque "conseguirão esclarecer os atuais problemas".

A Itália também foi taxativa em sua avaliação e seu ministro da Defesa, Mario Mauro, assegurou que, caso se comprove que houve espionagem por parte dos EUA, as relações entre os países "ficarão comprometidas".

Por sua parte, o titular alemão de Relações Exteriores, Guido Westerwelle, convocou o embaixador dos EUA para uma "conversa" para pedir explicações e solicitou a Ashton uma "postura comum clara" da UE e uma resposta comunitária "contundente".
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