O alcance do sistema Voronezh é superior a seis mil quilômetros. Os novos radares se destinam a registrar os lançamento e os voos, assim como calcular os locais e tempo de impacto das ogivas de mísseis balísticos. Eles são significativamente mais potentes e eficazes que os radares anteriores, refere Mikhail Khodarenok, membro do conselho social da comissão militar-industrial do governo da Federação Russa:

"As centrais do tipo Voronezh têm grandes vantagens relativamente aos radares do tipo Darial, e ainda mais em relação aos Dnepr. Eles consomem menos energia, são fabricados com recurso a tecnologias mais modernas e são bastante mais rápidos a construir. Eles possuem mesmo a designação de estações de elevado nível de prefabricação. Eles precisam de muito menos especialistas para operar. Essas estações são construídas para obter informações sobre a situação no espaço próximo ou afastado."

Para erigir os Voronezh é apenas necessária preparar uma plataforma de concreto e instalar os sistemas de abastecimento necessário: de energia elétrica, aquecimento, etc., referiu numa entrevista exclusiva à Voz da Rússia o editor-principal da revista Natsionalnaya Oborona (Defesa Nacional) Igor Korochenko:

"A estação é montada em meio ano. Ela tem parâmetros de precisão muito elevados e possui um enorme potencial de modernização. Através da alteração de algoritmos e do aumento das capacidades eletrônicas, o radar poderá detectar não só mísseis balísticos, mas também outros tipos de armas de alta precisão do inimigo."

Quanto mais radares modernos temos, mais eficaz será o controle. São várias as direções potencialmente perigosas de onde podem ser lançados mísseis contra a Rússia, refere o editor responsável do jornal Nezavisimoe Voennoe Obozrenie (Análise Militar Independente) Viktor Litovkin:

"Nosso país é banhado por vários oceanos: o Atlântico, o Glacial Ártico e o Pacífico. O Índico não faz parte destes, mas para os mísseis estratégicos de baseamento submarino, sobretudo estadunidenses, a distância a partir do Oceano Índico até a nossos centros principais é relativamente pequena. Por isso, todo o perímetro do país terá de ser equipado com esses radares e o espaço aéreo e a área espacial sobre esses territórios terá de ser controlado."

Os militares prometem ter isso pronto até 2018. Já neste momento há muitos setores cobertos pelos novos radares. Teve início a construção de uma estação Voronej no Distrito de Orenburgo e terão início outras nas regiões do Altai e de Krasnoyarsk, refere Viktor Litovkin:

"A estação de Irkutsk monitoriza todo o território desde o Alasca até às Filipinas. O radar de Orenburgo irá controlar o Oceano Índico, o Paquistão, a Índia, o Irã e o Afeganistão. A estação de Armavir (Região de Krasnodar) cobre também o Irã, o Afeganistão, os países do Golfo Pérsico, ou seja, o Oceano Índico, o Mediterrâneo e a Turquia. O setor norte é seguido pela estação de Pechora (República de Komi)."

Na opinião dos peritos, a existência de uma rede de estações de alerta contra o perigo de mísseis é uma forte garantia de que nenhum agressor irá encontrar o país desprevenido.


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