Irmandade Muçulmana convoca mais protestos depois que violência em todo o país deixou centenas de mortos
Partidários do presidente deposto do Egito Mohammed Morsi invadiram e atearam fogo em dois prédios que abrigam o governo local de Giza, cidade próxima ao Cairo famosa por abrigar as pirâmides do país, informou a TV estatal. A ação aconteceu um dia depois de uma violenta ação policial contra partidários de Morsi ter desatado violentas batalhas nas ruas do Cairo e de outras cidades egípcias, deixando mais de 500 mortos no Egito .
Após dias de violência, que deixou centenas de mortos, a Irmandade Muçulmana , grupo do líder deposto, prometeu mais protestos nesta quinta-feira.
"Continuaremos nossos acampamentos e nossas manifestações em todo o país até que a democracia e o governo legítimo seja restabelecido no Egito", disse Essam Elerian, um integrante sênior do movimento islamita.
A violência de quarta-feira teve início com uma ação da tropa de choque da polícia do país para remover dois acampamentos de partidários de Morsi, provocando confrontos no local e se espalhando pela capital egípcia e outras cidades. Os partidários estavam acampados no local desde que Morsi foi deposto, após milhões de egípcios tomarem as ruas exigindo sua renúncia .
Clandestina por 85 anos: Entenda o que é a Irmandade Muçulmana
Cairo, uma cidade de 18 milhões de habitantes, estava estranhamente quieta nesta quinta-feira, com somente uma fração de seus costumeiros congestionamentos e muitas lojas e escritórios do governo fechados. Muitos moradores preferiram ficar em casa com medo de mais violência. O banco e o mercado de ações também estavam fechados.
Os últimos eventos no Egito provocaram duras condenações de países do mundo muçulmano e do Ocidente. Mohamed ElBaradei, vencedor do Prêmio Nobel da Paz, renunciou ao cargo de vice-presidente interino na noite de quarta-feira em protesto à repressão - um golpe para a credibilidade da nova liderança egípcia com o movimento pró-reforma.
Morsi está detido em uma localização desconhecida desde 3 de julho. Outros líderes da Irmandade foram indiciados por incitar a violência e conspirar no assassinato de manifestantes.
A Irmandade passou a maior parte dos seus 85 anos de existência na clandestinidade ou suportando repressões de governos sucessivos. Os mais recentes acontecimentos pode dar às autoridades razões para torná-la ilegal novamente.
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