quinta-feira, 8 de agosto de 2013

RÚSSIA SALVOU O POVO DA OSSÉTIA DO SUL DA MORTE CERTA



 
Na véspera de assinalar os cinco anos do ataque da Geórgia à Ossétia do Sul, o presidente deste último país, Leonid Tibilov, concedeu uma entrevista exclusiva à Voz da Rússia.


– Há cinco anos, a Ossétia do Sul se tornou sujeito pleno do direito internacional. Com que países ela estabeleceu relações diplomáticas plenas até hoje?

– Antes de mais nada, eu quero agradecer à Voz da Rússia pela atenção prestada aos problemas da Ossétia do Sul. Nós valorizamos altamente o seu trabalho. Hoje, nós assinalamos o início da agressão georgiana contra o povo da Ossétia do Sul. Depois, em 26 de agosto de 2008, houve o decreto do presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, sobre o reconhecimento da república da Ossétia do Sul. Orgulhamo-nos de a independência da Ossétia do Sul ter sido reconhecida por um país tão grande como a Federação Russa. Também a Nicarágua, Venezuela, Nauru e Tuvalu reconheceram nossa república. Nós estabelecemos relações diplomáticas plenas com eles. A República da Ossétia do Sul também estabeleceu relações diplomáticas com a Abkházia e a república moldava da Transnístria. Na Transnístria funcionam a embaixada da República da Ossétia do Sul e da Republica da Abkházia.

Nós trabalhamos para aumentar o número de países que reconhecem a independência de nossa república. Mas nos deparamos nesse caminho com uma resistência encarniçada da Geórgia e dos países que a apoiam. Apesar disto, nossa política externa visa o estabelecimento de estreitas relações com a comunidade internacional, o desenvolvimento da sociedade e do Estado através da cooperação não apenas com a Federação Russa, mas também com os países europeus e asiáticos, com organizações internacionais.

– Senhor presidente, como se desenvolvem hoje as relações da república com países vizinhos?

– A Ossétia do Sul tem fronteira no norte com a Rússia, um país amigo. Uma das principais orientações de nossa atividade política de hoje é a continuação da aproximação com a Federação Russa e as suas regiões. No tempo que passou desde agosto de 2008 foram concluídos cerca de 70 acordos de diferentes níveis entre a república Ossétia do Sul e a Federação Russa. Estes acordos abrangem um amplo círculo de questões da cooperação a nível interestatal, intergovernamental e interdepartamental.

A Rússia presta apoio máximo ao desenvolvimento econômico da Ossétia do Sul e também dá uma contribuição substancial à garantia da segurança de nosso território, ajuda nosso Estado na solução de uma série de questões sociais. O povo da Ossétia do Sul está grato à Federação Russa, pela aprovação em 2008 de importantes resoluções que salvaram nosso povo da morte certa.

No que se refere ao sul da República, ali temos fronteira com a Geórgia. Até hoje praticamente não nos comunicamos com este país, não há quaisquer ligações. A única área política onde representantes da Ossétia do Sul e da Geórgia, junto com representantes da Rússia, Abkházia e outros países podem trocar opiniões sobre diferentes questões da segurança humanitária são os Debates de Genebra sobre a Transcaucásia.
 
No âmbito destes debates funcionam mecanismos de prevenção e normalização de incidentes. Os encontros no âmbito desses mecanismos realizam-se regularmente. Neles debatem-se as questões que podem prejudicar os entendimentos alcançados anteriormente nos Debates de Genebra. Os Debates de Genebra, apesar dos esforços da Rússia, Ossétia do Sul e Abkházia não atingiram o nível que seria útil a todas as partes, em virtude da posição da Geórgia. Aqui eu gostaria de assinalar que a Ossétia do Sul, depois do reconhecimento em 2008, criou, para a definição de suas fronteiras nacionais, uma comissão independente para a desmilitarização e demarcação das fronteiras com os países vizinhos.

A Federação Russa praticamente terminou os trabalhos nesse campo. Nossas reiteradas exortações à Geórgia, para definição da fronteira nacional, permanecem sem resposta por enquanto. Por isso, nós realizamos, com esforços próprios, a demarcação da nossa fronteira. Não temos quaisquer relações com a Geórgia.

– Como poderia caracterizar a situação econômica e demográfica na República da Ossétia do Sul?

– Durante 20 anos, nós estivemos sob pressão permanente de parte da Geórgia. A economia, em consequência de várias guerras, sofreu uma queda, a situação demográfica também não mudou para melhor.

Hoje nossa política consiste em usar tecnologias inovadoras na indústria e na agropecuária. Nós planejamos reiniciar a extração de matérias-primas e seu aproveitamento. Existe a possibilidade de criação de pequenas centrais hidroelétricas, o potencial hídrico da república é avaliado por especialistas em mais de 120 megawatts. Na república há muitas fontes de água mineral, realiza-se trabalho sério de busca de mercados de venda.

Nos últimos 20 anos, em consequência das guerras que foram impostas pela Geórgia à Ossétia do Sul, morreram muitos jovens, o fundo genético foi seriamente atingido. Muitos habitantes do país foram obrigados a abandonar suas casas e a emigrar. Tudo isto influiu sobre a situação demográfica. Hoje, muitos de nossos cidadãos estão voltando para a república. A saúde pública desenvolve-se a bons ritmos.

– O que pode contar sobre o processo de desenvolvimento das Forças Armadas da República?

– Qualquer Estado deve ter suas Forças Armadas. As Forças Armadas da Ossétia do Sul foram formadas oficialmente em 1993. Elas percorreram um difícil caminho de estabelecimento e desenvolvimento. Aqueles que servem nas Forças Armadas aprenderam a ciência da guerra diretamente nos campos de batalha no decorrer das agressões incessantes da Geórgia. Os 20 anos de experiência de luta pela liberdade de nosso Estado, a firme convicção de que em quaisquer condições é preciso defender nossa terra, nosso povo, desempenharam um papel decisivo na criação das Forças Armadas da república. Nós somos gratos à Rússia por muitos de nossos jovens terem estudado em estabelecimentos de ensino militar superior no território da Rússia. Penso que nossas Forças Armadas continuarão a se desenvolver, para defender eficientemente sua república e seu povo.

– Nos cinco anos passados, a sua avaliação dos acontecimentos de agosto-setembro de 2008 mudou de algum modo?

– Temos uma avaliação desses acontecimentos. Ninguém pode esquecer os sofrimentos que nosso povo teve de passar, ele esteve à beira da extinção. A ajuda oportuna da Rússia para forçar a Geórgia à paz salvou o nosso povo. Nós não devemos esquecer o que aconteceu. A Geórgia atacou-nos, pretendendo realizar no território da Ossétia do Sul a operação “campo limpo”, o que levou à morte de habitantes pacíficos, de nossos soldados e de soldados do exército russo. Nós nunca esqueceremos a ajuda da direção política superior e do povo da Rússia. A escolha histórica de nosso povo é estar para sempre com a Rússia. Esta é a orientação política externa de nosso povo e nós iremos aprofundar nossas relações com a Rússia.

– Muito obrigado. Senhor presidente, permita-nos agradecer-lhe em nome de nossa companhia e nossos leitores, ouvintes, pelo seu tempo e atenção. Nós sempre estamos prontos a prestar-lhe qualquer apoio informativo e esperamos a ulterior cooperação frutífera.
– Obrigado a todos os colaboradores de sua empresa. Gostaria de dirigir a todos palavras de agradecimento por terem sempre avaliado objetivamente os acontecimentos que ocorreram e ocorrem na Ossétia do Sul. Nós sempre sentimos esse apoio. Muitíssimo obrigado. Êxitos e sucessos para vocês.
 
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