Há dias, o embaixador russo na Líbia Ivan Molotkov declarou que antes do fim do ano um "grupo avançado" partiria para a Líbia, para estudar a possibilidade do regresso da embaixada da Rússia. Diplomatas russos abandonaram Trípoli em outubro, quando na capital líbia aconteciam confrontos entre agrupamentos armados.
O Ministro das Relações Exteriores líbio, Mohamed Abdelaziz, expressou esperança em uma entrevista exclusiva à Voz da Rússia que a Embaixada russa reinicie trabalhos em Trípoli o mais rapidamente possível.
– Senhor Ministro, há condições, a seu ver, para o regresso da embaixada russa para a Líbia?
– Primeiro, a decisão sobre a partida da embaixada russa de Trípoli foi tomada em outubro pelo embaixador da Rússia. Da nossa parte, em nome do governo da Líbia, expressamos imediatamente a disposição de garantir a segurança de diplomatas russos, em particular, de reforçar a guarda e de levar os funcionários da embaixada a um dos hotéis bem guardados. Isso foi proposto como uma medida provisória – até o momento quando a situação se tranquilizar. Mas a Sua Excelência o Senhor Embaixador da Rússia na Líbia expressou no entanto a vontade de partir em conjunto com seus funcionários para a Tunísia.
Atualmente, efetuamos consultas intensas com o governo da Rússia, em primeiro lugar com o MRE, sobre o regresso da embaixada para a Líbia. Foi-nos comunicado que já é tomada uma resolução sobre o regresso não para a sede da embaixada, mas, de qualquer modo, para um dos hotéis guardados.
Estamos plenamente preparados para o regresso da embaixada russa para a Líbia. Estamos valorizando as relações com a Rússia e aquilo que aconteceu não deve influir nessas relações. Esperamos que a equipe de diplomatas russos regresse o mais depressa possível para a Líbia, para restabelecer e reforçar os nossos laços.
– Será mais seguro em hotel?
– Esta é uma resolução do MRE da Rússia – a de escolher um outro local. Não fomos nós que tomámos tal decisão.
– Contatamos o senhor ministro em setembro durante a sua visita a Moscou, um mês antes do início das desordens em Trípoli e da partida da embaixada russa. O senhor disse na altura que dois russos – Shadrov e Dolgov, que a partir de 2011 se encontram numa prisão líbia, regressariam em breve à pátria. Como avança atualmente esse assunto?
– Por enquanto não concluímos o respectivo acordo sobre a extradição de pessoas condenadas para cumprirem pena no seu país de origem. A Líbia está plenamente disposta às conversações com a Rússia sobre o acordo que dará a possibilidade de os condenados regressarem à pátria. Espero que reiniciemos estas conversações logo após o regresso da embaixada russa para Trípoli.
– Naqueles tempos, senhor ministro, foi presa também a cidadã russa Ekaterina Ustyuzhaninova, acusada de assassinato de um cidadão líbio. Onde ela está? O que acontece com ela?
– Este caso continua a ser investigado. Foi assassinado um oficial líbio. Quanto ao que sei, ela é bem tratada. Investigadores esclarecem o que aconteceu e quais foram as causas.
– Sente-se que o senhor quer o regresso da embaixada da Rússia. Por que razão?
– Porque os confrontos entre alguns agrupamentos armados líbios, que motivaram a partida da embaixada, não são caraterísticos. Há muito que a situação tranquilizou. No entanto, devemos desenvolver as relações entre a Líbia e a Rússia.
Durante a visita de setembro, falei pessoalmente com o ministro das Relações Exteriores (da Rússia, Serguei) Lavrov e outras personalidades sobre muitas possibilidades. Falamos, inclusive, sobre a cooperação militar-técnica, sobre a preparação de quadros e a compra de armamentos. A Líbia está interessada em reforçar as relações com a Rússia. Sentimos na altura que a Rússia tem a mesma vontade.
– Como o senhor avalia os esforços da Rússia voltados para convocar uma conferência de paz para regularizar o conflito num outro país árabe, na Síria?
– Quanto a este tema, posso falar não apenas como chefe do MRE da Líbia, mas também em nome da Liga Árabe. Atualmente e até março de 2014, a Líbia é presidente do Conselho de Ministros daquela organização pan-árabe. Apoiamos a ideia de convocar uma conferência em Genebra dedicada à Síria. Estamos interessados em que a regularização do conflito sírio seja pacífica e política.
Por outro lado, não está claro por enquanto se esta conferência em Genebra dará resultados necessários. Mas se a Rússia e o ministro Lavrov considerarem necessário efetuar consultas adicionais conosco e com a Liga Árabe à respeito, estaremos dispostos a participar delas.
Fonte: Voz da Rússia
Segue o link do Canal no YouTube e o BLOG
Gostaria de adicionar uma sugestão, colabore com o NÃO QUESTIONE
Este Blog tem finalidade informativa. Sendo assim, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal. Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (inciso IX). As imagens contidas nesse blog foram retiradas da Internet. Caso os autores ou detentores dos direitos das mesmas se sintam lesados, favor entrar em contato.
Nenhum comentário:
Postar um comentário