Segundo secretário municipal, investimento aprovado pelo BNDES no valor de 42 milhões de reais visa à qualificação dos trabalhadores responsáveis pela coleta dos materiais recicláveis
A prefeitura de São Paulo estuda uma forma de remunerar os trabalhadores responsáveis pela coleta dos materiais recicláveis na capital. A informação é do Secretário Municipal de Serviços da gestão Fernando Haddad, Simão Pedro Chiovetti, durante o seminário Diálogos Capitais: Resíduos Sólidos – Embalagens pós-consumo, organizado por CartaCapital. “Temos um investimento aprovado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) no valor de 42 milhões de reais para a capacitação e qualificação dos trabalhadores. ONGs, universidades e entidades vão gerenciar as melhorias das condições das cooperativas. Entendemos que é um modelo ousado, novo”, afirmou nesta quarta-feira 7.
O anúncio acontece após a prefeitura divulgar que pretende reduzir de 98,2% para 20% o volume de lixo despejado nos aterros sanitários da cidade nos próximos 20 anos. A medida da prefeitura segue o teor do pedido feito por Roberto Laureano, representante do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, também presente na mesa de debates desta quarta-feira. “Precisamos de investimento lá na ponta”, pediu. Além de chamar a atenção para o aumento de recursos, Laureano afirmou que para a reciclagem ter maior efetividade é necessário ampliar o processo de formação técnica dos catadores, de acordo com cada área de atuação ou produto em que eles trabalham.
O diretor de Meio Ambiente da Tetra Pak, Fernando Von Zuben, fez coro à demanda por recursos feita por Laureano: além de lembrar que metade do lixo que se produz no País é reciclável, observou que há números para se comemorar, apesar das dificuldades apontadas pelo setor. “Hoje, por incrível que pareça, se recicla muito no Brasil. Existem cerca de 120 fábricas produzindo papel reciclável”, afirmou.
Por sua vez, Victor Bicca, diretor de sustentabilidade da Coca-Cola Brasil para a Copa do Mundo, citou cinco pontos principais para que a política de resíduos sólidos avancem no País: coleta seletiva, educação ambiental, inclusão social, instrumentos econômicos e política industrial para o setor reciclador. Segundo ele, a reciclagem é uma oportunidade importante para resgatar setores da sociedade como os catadores, que acabam marginalizados. Bicca criticou a oneração sobre a cadeia produtiva da reciclagem, afirmando que a cobrança de impostos como o ICMS precisa ser melhor equalizada. “Hoje, se comparar uma camisa de algodão e outra de pet reciclável é melhor comprar uma de algodão, que é mais barata. Isso usando uma matéria-prima que não é renovável enquanto descartamos um material que poderia ser usado”. A saída? “A gente precisa sair da zona de conforto. As empresas realmente são muito reativas”.
A capital também pode passar a ter um Fundo de Logística Reversa, que funcionaria num sistema parecido com o crédito de carbono e outros ativos ambientais. “Se uma empresa quiser ficar quite com governo, poderá dar recursos e receberá um certificado“, explicou o secretário. A primeira central para a operação pode ser inaugurada já no próximo mês. De acordo com Chiovetti, o Grupo Pão de Açucar e empresas do setor têxtil já manifestaram interesse pelo projeto. As receitas devem girar em torno de R$ 1,5 mi por mês.
Fonte: Carta Capital
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