As Forças Armadas do Egito anunciaram nesta quarta a destituição de Mohammed Mursi, primeiro presidente do Egito a ser eleito, democraticamente, depois da derrubada do ditador Hosni Mubarak.
Os militares anunciaram a suspensão da Constituição, aprovada em dezembro de 2012, e suspenderam a constituição. O chefe da Corte Constitucional foi anunciado como presidente durante o período de transição, que deve ser breve, e deverá anunciar as próximas eleições.
A manobra foi feita após um ultimado de 48 horas dado pelos militares para que Mursi e a oposição resolvessem a crise deflagrada após uma série de protestos, que levou milhões às ruas do país, contra o governo.
Mursi e outros membros da Irmandade Muçulmana, grupo ao qual é filiado, foram proibidos de viajar.
Mursi chegou a tentar, na terça, propor um governo de coalizão, mas a oposição se recusou a dialogar com o governo, por não mais considerá-lo legítimo.
Segundo o Ministério da Saúde, pelo menos 39 pessoas morreram e mais de mil ficaram feridas nos últimos três dias nos atos, que lotaram, entre outros locais, a praça Tahrir, conhecida como palco das principais manifestações que derrubaram o então presidente Mubarak, em 2011.
De acordo com o órgão, a maioria das vítimas era militante da Irmandade Muçulmana. Após o ataque, os islâmicos entraram em confronto com a polícia. O porta-voz do grupo religioso, Gehad el-Haddad, atribuiu o ataque a militares infiltrados.
Na terça, milhares de pessoas se reúnem em protestos em diversas cidades do Egito. Na capital Cairo, os opositores lotam a praça Tahrir e a frente do palácio presidencial, onde gritam palavras de ordem contra o presidente.
MANDATO
Mursi assumiu o cargo em 30 de junho de 2012, após eleições livre convocadas durante um período de intervenção militar, que se seguiu à derrubada da ditadura de três décadas de Mubarak. Sua eleição se deu com o apoio da Irmandade Muçulmana, por meio de seu partido, Liberdade e Justiça.
Com a Irmandade Muçulmana também conquistando a maioria na Assembleia Constituinte, seu governo foi marcado pelas reclamações de organizações feministas e de minorias, como os cristãos coptas, denunciando o cerceamento de seus direitos pela nova Constituição, apresentada em novembro e aprovada em referendo popular, no mês seguinte.
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