O tribunal de Istambul, na Turquia, anulou o projeto para urbanizar o Parque Gezi e a praça Taksim. Há um mês, quando anunciada, a obra causou indignação na população. A violência da polícia contra o pequeno grupo de manifestantes contrários aos projeto desencadeou uma série de manifestações que se expandiram contra o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, e aos problemas políticos e sociais do país. Os protestos ganharam grande repercussão mundial, deixando um saldo de cinco mortos e milhares de feridos.
O tribunal administrativo de Istambul já havia decidido por cancelar a obra no dia 6 de junho. No entanto, o anúncio só foi feito hoje após o governo ter o seu pedido de apelação negado. O projeto previa, entre outras coisas, o corte de 600 árvores no Parque Gezi - importante marco da cidade de Istambul - e a construção de uma nova área comercial na região.
Segundo informações da imprensa europeia, não apenas o projeto de novos prédios comerciais foi anulado: todas obras que pudessem afetar a área do Parque Gezi e a praça Taksim, que fica ao lado, foram canceladas na decisão do tribunal.
"Unidos contra o fascismo", "renúncia ao governo" e "Taksim está em todas as partes, a resistência também", bradaram durante todo o mês de junho os manifestantes. Os protestos aconteceram tanto em zonas operárias do país e até em bairros nobres.
Mesmo sem ordem judicial, logo quando começaram os protestos, as obras foram paralisadas pelo governo. No entanto, o conflito se estendeu de tal forma que poucos se lembravam do parque. "Se trata da participação cidadã em uma democracia", dizia uma faixa pendurada nos arredores do parque.
O tribunal administrativo de Istambul já havia decidido por cancelar a obra no dia 6 de junho. No entanto, o anúncio só foi feito hoje após o governo ter o seu pedido de apelação negado. O projeto previa, entre outras coisas, o corte de 600 árvores no Parque Gezi - importante marco da cidade de Istambul - e a construção de uma nova área comercial na região.
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