'A Argentina se aproxima do momento decisivo, no dia 25 de outubro', diz o texto no que Scioli trata a Lula como 'amigo'.
Uma carta de um lado, um recado direto do outro. Assim foi a troca de mensagens entre Daniel Scioli, o pré-candidato presidencial da Frente para a Vitória (FpV, coligação governista argentina), e Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente do Brasil e presidente de honra do Partido dos Trabalhadores. O recado de Lula foi direto: “a Argentina não deve retroceder”.
O governador da Província de Buenos Aires enviou uma carta pessoal a Lula, através de um de seus homens de confiança, o diretor do Banco Província e ex-secretário geral do governo provincial, Javier Mouriño – que integra a área de relações internacionais da campanha, cujo secretário é Rafael Follonier, que foi o principal assessor de Néstor Kirchner na Unasul e coordenador da Unidade Técnica da Presidência, com Cristina Fernández de Kirchner.
Mouriño disse a Página/12 que a decisão de transmitir uma saudação especial a Lula e ao PT “reflete a importância que Scioli dá à América do Sul e, no caso do Brasil, à reunião que tiveram em abril, no Instituto Lula”. Também informou que Lula agradeceu as palavras de Scioli e lhe expressou seu desejo de que a Argentina não retroceda, um modo de manifestar que o PT não é neutro diante da hipótese de uma vitória de Mauricio Macri.
“A Argentina se aproxima do momento decisivo, no dia 25 de outubro”, diz o texto no que Scioli trata a Lula como “amigo”. E continua: “Temos aqui o confronto de dois modelos. Escolheremos entre a aliança que representa aquele passado de ajustes e endividamento e a que oferece um futuro que cuida das conquistas e nos possa projetar em direção a um desenvolvimento argentino e regional”. E acrescenta que “não se trata de mudar por mudar, mas sim de construir sobre as conquistas que beneficiam a todos…. a Pátria Grande necessita uma militância e uma dirigência comprometida que governe para a integração dos povos”, porque “a integração é o novo nome da soberania no Século XXI”. Ademais, define o atual período como “o século sul-americano”.
O documento pede a Lula que estender os cumprimentos a Rui Falcão, o presidente do PT, e “a cada companheira e companheiro que participa do 5º Congresso do PT”. Recorda que, durante a conversa que tiveram no Instituto Lula, o governador bonaerense e o ex-presidente brasileiro concordaram com a máxima de que “nossos povos têm as mesmas aspirações” e se despede com “um abraço, de coração”. Mouriño manteve contatos com o próprio Lula, com Falcão, com o ex-vice chanceler Samuel Pinheiro Guimarães, com o diretor do Instituto Lula e ex-secretário geral da presidência, Luiz Dulci, e com Marco Aurélio Garcia, assessor internacional de Lula e de Dilma Rousseff. O assessor de Scioli foi um dos convidados internacionais do PT em encontro que incluiu, entre outros, o presidente da Frente Ampla uruguaia, José Bayardi, ex-ministro do Trabalho de Pepe Mujica e ex-ministro de Defensa durante o primeiro mandato de Tabaré Vázquez.
Outros convidados argentinos ligados ao governismo foram o assessor do Ministério de Relações Exteriores, Oscar Laborde, dirigente da Frente Transversal e coordenador do capítulo argentino do Fórum de São Paulo; Pablo Vilas, da organização política La Cámpora, diretor da Casa Pátria Grande; e o enviado da Frente Nuevo Encuentro, Sebastián Rollandi. De fora da FpV, estiveram presentes o deputado nacional Claudio Lozano, que, assim como seu colega Víctor De Gennaro, mantêm uma relação antiga com o PT. “Sempre é bom comprovar que, como disse Lula, o PT debate e continua vivo”, afirmou Lozano.
“O PT é uma referência para os revolucionários da América latina”, comentou Laborde, que disse esperar a recuperação política do partido que dirige a coalizão de governo no Brasil e que também torce por uma vitória da FpV no dia 25 de outubro. Este ano, Vilas havia convidado para a Casa Patria Grande o médico Florisvaldo Flier, conhecido como Doutor Rosinha, alto representante geral do Mercosul. Na Bahia, Rosinha defendeu o valor do às vezes menosprezado Mercosul num seminário organizado pela secretaria de Relações Internacionais do PT, Mônica Valente. “Sobretudo na Venezuela, no Brasil e na Argentina, nós temos adversários fortes, como os grandes meios de comunicação e os partidos de direita, mas a resposta para a crise e os ataques não é menos Mercosul e menos integração, e sim mais Mercosul e mais integração”, concluiu.
Fonte: Carta Maior
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