domingo, 4 de agosto de 2013

RÚSSIA APRESENTA CONCEITO DE SEGURANÇA CIBERNÉTICA

 

Vladimir Putin assinou um documento que define a posição da Rússia sobre questões de segurança internacional da informação e estabelece as orientações da ação de Moscou nesta área. Isso vai ajudar a promover a abordagem da Rússia no que toca às questões da segurança cibernética na arena internacional e, ao mesmo tempo, melhorar a interação entre as agências e organizações interessadas dentro do país. Especialistas notam o caráter mais pacífico da estratégia russa em comparação com aquela que foi adotada pelos Estados Unidos.
 
O título completo do documento assinado por Putin é: “Bases da Política do Governo da Rússia no Campo da Segurança Internacional da Informação, para o Período até 2020”. Uma característica distintiva deste documento é sua globalidade – pela primeira vez ele reúne todas as principais iniciativas de Moscou na área de segurança cibernética.
 
O documento descreve as quatro principais ameaças cibernéticas para a Rússia. A primeira é o uso de tecnologias de informação e comunicação como uma arma para fins político-militares. A segunda é a possibilidade do uso de tais tecnologias por terroristas. A terceira ameaça é a cibercriminalidade, incluindo o acesso ilegal a informações de computador, a criação e distribuição de programas maliciosos. A quarta ameaça destacada no documento é o uso de tecnologias de Internet para “intervenção nos assuntos internos de Estados”, “perturbação da ordem pública” e “propaganda de ideias incitando à violência”. Moscou pretende enfrentar estes desafios juntamente com seus aliados, especialmente com os membros da Organização para Cooperação de Xangai, da Organização do Tratado de Segurança Coletiva, e dos BRICS. Entretanto, o conceito aprovado por Putin fala muito pouco de possibilidades de resposta militar a ataques cibernéticos. A razão é que tais problemas são abordados em outros documentos, diz o especialista Oleg Demidov:
“Tais documentos são criados separadamente pelo Ministério da Defesa, no qual, atualmente, está sendo criado um análogo do cibercomando dos EUA. E é bem possível que nos nossos documentos do Ministério da Defesa sejam definidas opções bastante duras de resposta a maciços ataques cibernéticos transfronteiriços.”

Há que acrescentar que, na opinião de especialistas, a abordagem da Rússia à segurança cibernética internacional é muito diferente da dos EUA. Os Estados Unidos têm por prioridade garantir a sua própria superioridade e o domínio global no ciberespaço. Além disso, os documentos relevantes norte-americanos estipulam que Washington se reserva o direito de responder a um ataque cibernético usando forças armadas convencionais. A Rússia, por seu lado, não procura dominar no ciberespaço. Em vez disso, Moscou insiste na adoção de regras comuns de conduta nessa área, que permitiriam evitar cibercrimes e guerras cibernéticas.
 
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