quarta-feira, 7 de agosto de 2013

TRATADO DE INTERDIÇÃO PARCIAL DE TESTES NUCLEARES FAZ 50 ANOS

 

Em agosto de 1963, foi colocado o primeiro obstáculo no caminho da corrida armamentista. Depois de muitos anos de negociações, os representantes da URSS, dos EUA e do Reino Unido assinaram o Tratado de Interdição Parcial de Testes Nucleares. Esse acordo, também chamado de Tratado de Moscou, proibiu a realização de detonações nucleares de teste na atmosfera, no espaço e debaixo de água.

Os primeiros ensaios de armas nucleares foram realizados nos EUA. No estado de Novo México foi acionada, em 1945, uma bomba com uma carga equivalente a 20 quilotons de TNT. Menos de um mês depois, as capacidades destrutivas dessa nova arma foram demonstradas a todo o mundo nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki.
 
Quatro anos depois, os testes também foram iniciados na União Soviética, e depois no Reino Unido, em França e na China. A explosão mais potente foi realizada no arquipélago de Nova Zembla, no Oceano Glacial Ártico, em 1961. A Tsar Bomba, como foi chamada no Ocidente, soviética, com 100 megatons de potência, foi detonada com metade da carga. Mas sua explosão, segundo os cálculos dos cientistas, foi dez vezes superior a soma de todas as explosões da Segunda Guerra Mundial, incluindo as bombas americanas lançadas sobre o Japão. O cogumelo nuclear subiu a uma altura de 67 quilômetros e sua onda de choque deu três voltas ao globo terrestre.
 
Os ensaios das armas nucleares eram realizados na atmosfera, no subsolo e debaixo de água. No espaço, segundo informações divulgadas pela imprensa, foram acionadas 4 cargas nucleares soviéticas e 5 estadunidenses. Os custos da preparação e realização das séries de ensaios nucleares no espaço ascendiam a biliões de dólares. O impacto ambiental dessa corrida desenfreada pode ser apenas imaginado. Depois de muitos protestos por parte da opinião pública, os países do quinteto nuclear começaram a pensar a sério em pôr fim a esses testes.
 
Em 1963, os representantes da URSS, dos EUA e do Reino Unido assinaram, em Moscou, o Documento que deu início ao controle do processo de criação de armas nucleares, diz o diretor do Centro de Estudos Sociopolíticos, Vladimir Evseev:
 
"O tratado teve uma importância incontestável. O perigo de contaminação radioativa do terreno e da atmosfera foi significativamente reduzido. Depois disso, só se mantiveram os ensaios subterrâneos".
 
Entretanto, a França, que não tinha reconhecido o tratado, continuou seus ensaios de superfície até 1974 e a China – até 1980. Em 1996, foi assinado um novo tratado: o Tratado de Interdição Completa dos Testes Nucleares. Na Rússia, até esse momento, os testes já tinham cessado completamente. A Índia e o Paquistão, que não assinaram nenhum dos tratados, realizaram seus últimos ensaios nucleares em 1998. A Coreia do Norte realizou, este ano, seus terceiros ensaios subterrâneos de armas nucleares.
 
Neste momento, os países industrializados não necessitam de testes nucleares: eles são substituídos por modelos informáticos de alta precisão.
 
A temática dos testes nucleares continua a ser atual para os países que apenas tencionam entrar no "clube nuclear". Para a Coreia do Norte, por exemplo. O fim dos testes só será possível depois da ratificação do Tratado de Interdição Completa, sublinha o diretor do Centro de Estudos Sociopolíticos, Vladimir Evseev:
 
"Mas o primeiro passo deverá ser dado não pela Coreia do Norte, mas pelos EUA, os quais assinaram, mas não ratificaram esse tratado. Tudo indica que seu exemplo seria seguido pela China e por outros países".
 
Os peritos estadunidenses têm expressado ultimamente a opinião que o fim dos testes não iria prejudicar a segurança do país. O presidente Barack Obama considera, como é do conhecimento geral, essa questão como prioritária, o que permite esperar que num futuro próximo o Tratado de Interdição dos Testes Nucleares seja apresentado ao Congresso para ratificação.
 
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