sexta-feira, 11 de outubro de 2013

STALINGRADO: HISTÓRIAS PESSOAIS, MOTIVOS PESSOAIS


Hoje, 10 de outubro, é a estreia nacional do filme "Stalingrado", do diretor Fiodor Bondarchuk. O filme é dedicado a um dos acontecimentos mais trágicos e sangrentos da Segunda Guerra Mundial – a batalha de Stalingrado. Esta batalha mudou a marcha da guerra, a partir dela começou a ofensiva das tropas soviéticas, que terminou com a derrota total da Alemanha hitlerista.

"Stalingrado" é o primeiro filme russo feito em IMAX 3D. Com a ajuda das tecnologias mais avançadas, os espectadores têm sensações de presença pessoal – sobretudo terríveis, quando se desenrolam cenas de batalha. E elas são reforçadas pela música, composta para o filme pelo conhecido compositor norte-americano Angelo Badalamenti.

Para um filme de aventuras comum tudo isto seria mais do que suficiente. Mas o filme de Bondarchuk é baseado em acontecimentos históricos reais. Partindo da batalha concreta, o diretor entra volta o olhar para as profundezas da História – a Grécia antiga e a Rússia antiga.

"Este não é um documentário, não é uma pesquisa, nem uma das versões da batalha de Stalingrado. É um filme sobre a guerra, sobre as pessoas na guerra. Este conflito humano poderia ocorrer em Troia, no campo de Kulikov, ou em qualquer outra guerra."

Na tela está Stalingrado, cidade russa no Volga. Estamos em novembro de 1942. Vemos os terríveis combates sangrentos do exército soviético com as tropas hitleristas. Um grupo de agentes secretos russos mantem uma casa conquistada, na qual descobre uma moça, a única moradora sobrevivente. Seu aparecimento une de forma surpreendente os combatentes: Para uns, ela se torna uma filha, para outros, uma amiga e para alguém, a amante. Ela personifica tudo, ou melhor todos os que perderam ou não ganharam. Bondartchuk tem sua versão do "fenômeno de Stalingrado". Por é que os soldados russos, em grande sofrimento, que durante tanto tempo recuaram sob a pressão das tropas alemãs, conseguiram virar a marcha da guerra seu favor? O diretor explica da seguinte maneira:

"Era o segundo ano da guerra – cada um tinha a sua história pessoal, eu acho. É difícil provar isto em nós próprios. Mas, estando em tal situação, eu talvez experimentasse um sentimento de vingança, e seria bem forte o motivo de destruir o inimigo – por mais duro que isto pareça."

Aliás, os soldados alemães no filme não são inimigos convencionais, não são caricaturas, nem fantoches. São pessoas que sentem dúvidas, vergonha, dor. Há até mesmo a linha amorosa, entre um oficial alemão e uma beldade russa. Além disso, os protagonistas do filme que são inimigos – os oficiais soviético e alemão morrem juntos, vendo-se um ao outro nos últimos momentos da vida. "Mas isto, naturalmente, não é uma reconciliação" - considera Fiodor Bondarchuk:

"De modo algum nós quisemos levar o final para o perdão de tudo e nivelamento do preto e do branco. O final – eles encontram a morte no mesmo lugar – é o fim da guerra, mas não é de maneira nenhuma a reconciliação."

"Stalingrado" foi apresentado pela Rússia como candidato ao prêmio Óscar na categoria de "Melhor filme estrangeiro". Na disputa, ele ultrapassou uma dezena de filmes bastante dignos.

Fonte: Voz da Rússia

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