terça-feira, 19 de novembro de 2013

ARMAS QUÍMICAS DA SÍRIA: O JOGO CONTINUA!


A Albânia colocou em risco o cumprimento do plano de destruição das armas químicas da Síria. Há dias o primeiro-ministro da Albânia Edi Rama anunciou a renúncia à destruição das armas químicas sírias no seu território. A Voz da Rússia perguntou aos peritos onde serão elas destruídas agora.

A decisão do governo albanês foi uma pílula difícil de engolir para os EUA, os quais depositavam grandes esperanças nesse país para resolver a questão da destruição das armas químicas sírias. Mas aqui houve também erro dos próprios americanos quanto à sua escolha, disse à Voz da Rússia o diretor do Centro de Estudos de Políticas Públicas Vladimir Evseev:

“Para destruir armas químicas é preciso ter as necessárias infraestruturas. Essas infraestruturas existem apenas em alguns países. A Albânia não recusou a destruição das armas químicas apenas porque não quer a entrada de armas estrangeiras, mas também porque não possui instalações industriais com capacidade suficiente para destruir num prazo curto mais de um milhar de toneladas de armas químicas. A Albânia é simplesmente incapaz de destruir uma quantidade tão grande.”

Não é de excluir que agora a questão do local de destruição das armas químicas sírias dê início a negociações políticas entre os principais intervenientes da política internacional. Entretanto, não será demais recordar ao Ocidente a quem deve a Síria a sua capacidade em produzir substâncias tóxicas militares, declarou em direto na Voz da Rússia o perito militar independente Oleg Ivannikov:

“Neste caso tanto os EUA como a Rússia serão obrigados a estudar, antes de nada, a natureza do próprio programa. As armas químicas sírias surgiram durante o desenvolvimento das tecnologias de dupla utilização e a cooperação entre a Síria e os consórcios químicos europeus e norte-americanos.”

Entretanto, o Ocidente poderá usar a indefinição da situação com o local de destruição das armas químicas contra a Rússia. Segundo referiu Vladimir Evseev, existe uma grande probabilidade de transferirem a responsabilidade da liquidação das armas químicas sírias para cima da Rússia:

“Eu excluo a possibilidade de as armas químicas sírias serem destruídas no Oriente Médio ou no Norte da África. Isso só poderá ser feito na Europa, Rússia incluída. Tudo aponta para que não haja uma alternativa à Rússia. Em geral, é preciso perceber que o problema de encontrar um país capaz de destruir as armas químicas dentro desses prazos é extremamente difícil. Precisamente devido às limitações da indústria de destruição de armas.”

A Organização para a Proibição de Armas Químicas determinou o prazo para a liquidação das substâncias tóxicas sírias até meados de 2014. Contudo, na opinião de Vladimir Evseev, a própria possibilidade de destruir as armas químicas da Síria fora das suas fronteiras no prazo estabelecido é pouco provável. O perito pensa que nas atuais condições de extrema tensão na Síria o transporte das substâncias tóxicas pelo seu território ficaria associada a um elevado perigo para a população e para o ambiente. Nesta situação, uma das soluções provisórias para o problema poderia ser enterrar as armas químicas em território sírio, de forma a voltar a abordar o problema da sua destruição depois da estabilização da situação política nesse país.

Fonte: Voz da Rússia

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