A União Europeia suspendeu os trabalhos sobre o acordo de associação com a Ucrânia. Isto foi revelado por Stefan Fule, comissário da UE para o Alargamento.
Entretanto, em Kiev não diminuem as paixões. No domingo, 15 de dezembro, dezenas de milhares de opositores ao atual poder realizaram na Praça da Independência o chamado Dia da Dignidade. Ao mesmo tempo, os adeptos de Viktor Yakunovich e do Partido das Regiões organizaram um comício menos numeroso, mas onde também participaram muitas pessoas.
“As palavras e os atos do presidente e do governo da Ucrânia em relação ao acordo de associação divergem cada vez mais. Os seus argumentos nada têm a ver com a realidade”, escreveu Stefan Fule no Twitter.
Segundo ele, o acordo podia ter sido assinado depois das conversações com Serguei Arbuzov, vice-primeiro-ministro ucraniano. Porém, visto que não se registrou qualquer avanço, a UE suspendeu os trabalhos nesse sentido. A situação é comentada por Nikolai Kaveshnikov, chefe da Cátedra de Integração Europeia do Instituto de Relações Internacionais de Moscou (MGIMO):
“Nos últimos dias não tiveram lugar conversações sobre conteúdo do acordo de associação. O seu conteúdo tornou-se conhecido e ficou fixado ainda aquando da rubrica do texto do acordo. Nos últimos dias, os contatos entre os políticos ucranianos e representantes de Bruxelas tiveram como objetivo resolver uma questão de princípio: irá a Ucrânia assinar ou não o acordo?
Por conseguinte, os diplomatas europeus convenceram-se uma vez mais de que Kiev não está pronta a assinar o documento atualmente existente. Por sua vez, a União Europeia não está pronta a rever qualquer parágrafo desse acordo.”
Em Kiev continuam as manifestações que começaram depois do anúncio da renúncia à associação com a UE. É verdade que, agora, os seus participantes exigem não só a aproximação à Europa, mas também a demissão do governo. Embora, na semana passada, a votação sobre essa questão no parlamento tenha sido negativa, os opositores não se rendem. Tanto mais que são apoiados por políticos ocidentais. Nos últimos tempos, já tiveram tempo de passar por Kiev Victoria Nuland, representante da Secretaria de Estado norte-americana, Catherine Ashton, dirigente da diplomacia europeia e muitos outros. Na véspera, chegou à capital ucraniana John McCain, “falcão americano” e senador republicano.
“A América está convosco”, declarou ele ao discursar no comício da oposição. Não é nada surpreendente o fato de McCain ter vindo apoiar pessoas cuja política pode ser considerada anti-russa, considera Leonid Gusev, cientista do Instituto de Estudos Internacionais do Instituto de Relações Internacionais de Moscou (MGIMO):
"John McCain posicionou-se sempre como um homem que se manifesta em defesa da liberdade e da democracia em todo o mundo. Mas, além disso, é conhecido por, durante 30 anos ou mais, ter sido um ferrenho político anti-soviético e, depois, anti-russo.”
A tensão é aumentada pelo fato de estar marcada, para 17 de dezembro, uma sessão da comissão interestatal russo-ucraniana. Os adversários de Viktor Yanukovich receiam que, durante esse encontro, possam ser assinados documentos sobre a adesão do país à União Aduaneira. Por isso, os manifestantes da Praça da Independência aprovaram uma resolução que proíbe a assinatura de qualquer acordo. Além do mais, aí afirma-se que a Ucrânia não será mais uma “província do Império Russo”. Os autores do documento estão também convencidos de que a Ucrânia se deve tornar obrigatoriamente membro da União Europeia. A última afirmação é bastante sintomática porque é Bruxelas que nega categoricamente a adesão da Ucrânia à UE.
Fonte: Voz da Rússia
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