A imprensa e as autoridades portuguesas fazem comentários contraditórios sobre os acontecimentos da semana passada em Lisboa, altura em que os participantes na manifestação de protesto contra a aprovação do orçamento para 2014, ocuparam quatro ministérios.
O jornal lisboeta Diário de Noticias informou, na altura, que a ação dos sindicalistas em quatro ministérios (de Economia, Finanças, Saúde e Ambiente) apanhou as autoridades de surpresa. O jornal adiantou ainda que se criou um clima de mal-estar na polícia de segurança pública portuguesa por considerar ter havido uma falha da parte do Serviço de Informações de Segurança na antecipação deste tipo de protesto.
Conforme explica a imprensa portuguesa, cabe ao SIS (Serviço de Informações de Segurança) prever este tipo de situações e passar a informar a polícia que é diretamente responsável pela proteção de edifícios governamentais.
O Diário de Noticias citou o antigo chefe do Observatório de Segurança e Terrorismo, general Garcia Leandro, que chamou as ocupações dos ministérios de "péssimo sinal".
A imprensa informou também que o comando da polícia de Lisboa destacou, na sequência das ocupações dos ministérios por sindicalistas, um reforço dos seus efetivos no local. O reforço, conforme a comunicação social, deve manter-se até que o SIS elabore uma nova avaliação das ameaças que podem colocar-se em ações de protesto no futuro.
O Diário de Notícias garantiu, que os serviços secretos, nas suas avaliações anteriores, não tinham antecipado esta possibilidade.
Os sindicalistas portugueses não demoraram a responder. Em declarações à agência de notícias Lusa, o líder da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) Armênio Carlos disse:
"Neste caso em concreto o SIS tem que se preocupar é com aqueles que atentam contra a segurança econômica e financeira do país, nomeadamente com aqueles que fazem fraude e a evasão fiscal, com aqueles que têm lucros em Portugal e colocam dinheiro nos offshores, no estrangeiro, para não assumir as suas responsabilidades no país.
Enfim, é com eles que o SIS tem que se preocupar, não é conosco. E portanto nós não vamos deixar de continuar a exercer os nossos direitos e simultaneamente a lutar pela defesa do acesso de todos os portugueses ao Serviço Nacional de Saúde, à escola pública de qualidade e também à proteção social."
Ao falar da política do governo atual, o líder da CGTP ainda disse que a estratégia dos sindicatos é só uma (eu estou a citar), "…pôr termo à violência desta política [do governo] que está não só a esmagar os rendimentos dos trabalhadores e pensionistas como aumentar o desemprego, a forçar os jovens a emigrar e a deixar os desempregados sem qualquer tipo de proteção social".
As autoridades portuguesas, no entanto, optaram por desvalorizar toda a situação em torno de ocupações, desmentindo o reforço no policiamento de ministérios e dizendo que não tinham identificado nenhum dos participantes na ação sindical uma vez que a mesma era pacífica.
Até agora todas as ações de protesto contra a política governamental em Portugal eram sim pacíficas enquanto a tensão política no país não para de subir.
Fonte: Voz da Rússia
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