“Era só o que faltava a segunda bancada da Câmara ficar de fora”, reagiu o deputado petista José Guimarães, líder do governo na Câmara
Durante um jantar na segunda-feira 3, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, acertou com a oposição a exclusão do PT dos postos de comando de duas novas CPIs com grande potencial de desgaste para o governo: as que vão investigar supostas irregularidades no BNDES e nos fundos de pensão. Pelo acerto, a primeira comissão será presidida pelo PMDB de Cunha e relatada pelo PR. A dos fundos de pensão ficará sob comando do DEM e será relatada pelo PMDB. O oposicionista PSDB ficaria, ainda, com a presidência da CPI dos crimes cibernéticos.
A divisão foi anunciada pelo deputado Mendonça Filho (DEM-PE), após reunião de líderes da oposição na manhã desta terça-feira 4. “Partidos que representam a maior parcela de parlamentares na Casa entenderam que devem definir as posições com relação às CPIs, até porque o PT tem sido um partido que aparece no calor dessas investigações”, afirmou o líder do DEM. “Esta é uma decisão da maioria da Casa. Se o PT pleitear a presidência, é legítimo. Mas ele vai ter que construir maioria, o que me parece improvável nesse momento”, emendou o deputado Bruno Araújo (PSDB), líder da Minoria na Câmara.
A decisão de excluir o PT das CPIs ocorre duas semanas após Eduardo Cunha voltar a ser mencionado em uma delação da Operação Lava a Jato. Júlio Camargo, consultor da Toyo Setal, acusou o presidente da Câmara de ter exigido uma propina de 5 milhões de dólaresem um contrato de navios-sonda da Petrobras. Na ocasião, Cunha afirmou haver um conluio entre o Planalto e o Ministério Público Federal para incriminá-lo. E anunciou o seu rompimento definitivo com o governo.
Coube ao petista José Guimarães (CE), líder do governo na Câmara, tentar contornar o estrago. Após reunir-se com Cunha, ele disse não existir a possibilidade de o PT ser excluído das CPIs. “Esse é o desejo da oposição. Era só o que faltava a segunda bancada da Câmara ficar de fora do comando das CPIs. Era só o que faltava a oposição querer mandar nisso”, protestou. “Nem quando éramos oposição ficamos de fora”.
“Na verdade, o que o presidente da Câmara pretende é desviar o foco das graves acusações contra ele no âmbito da Operação Lava Jato”, afirmou à revista CartaCapital o deputado Wadih Damous, do PT fluminense. “Não é de hoje que ele flerta com a oposição, bastante empenhada em criminalizar e isolar politicamente o Partido dos Trabalhadores.”
* Com informações da Agência Câmara.
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