O ex-presidente da Suprema Corte Constitucional do Egito Adly Mahmud Mansur foi jurado, na manhã desta quinta-feira, como presidente interino do Egito. Ele substitui o primeiro presidente democraticamente eleito no país, Mohammed Mursi, deposto na quarta (3).
Mursi foi deposto por um antecipado golpe militar, após milhões de manifestantes terem tomado as ruas durante a semana pedindo por eleições antecipadas. Ligado à Irmandade Muçulmana, o ex-presidente islamita completara um ano de governo no domingo.
Ele assumiu a liderança do Egito após protestos em massa destronarem o ex-ditador Hosni Mubarak, no início de 2011. Nos meses seguintes, lidou com um país em crise política e econômica e irritou a população com sua agenda conservadora.
Segundo informações das últimas horas, Mursi estaria detido, assim como parte de sua organização islamita. Não está claro qual será o seu futuro no país. Permanece também como incógnita a reação de seus seguidores para os próximos dias.
A cerimônia foi transmitida ao vivo pela emissora estatal. Em discurso, Mansour elogiou as manifestações e disse que a população egípcia lhe deu o poder para "consertar e corrigir a revolução". "O mais glorioso do último 30 de junho [dia mais intenso dos protestos] é que uniu a todos sem discriminação ou divisão".
Ele convidou a Irmandade Muçulmana ao diálogo, mesmo após Mursi ser deposto. "A Irmandade Muçulmana é parte desse povo e é convidada a participar a construir essa nação em que ninguém deve ser excluído. Se eles respondem positivamente ao convite, serão bem-vindos".
Na praça Tahrir, as multidões foram esvaziadas após as celebrações da madrugada, e durante a manhã de hoje apenas grupos esparsos se manifestam. Mas foram o suficiente para a histeria coletiva diante dos aviões militares que pintaram o céu com as cores da bandeira do Egito, durante o juramento do presidente interino Mansur.
IMPRENSA
A imprensa egípcia, com exceção do jornal da Irmandade Muçulmana, comemora nesta quinta-feira a vitória "legítima" do povo, depois que o exército derrubou Mursi.
"Vitória para a legitimidade popular", afirma o jornal Al-Gomhuria, com fotos na primeira página do comandante do exército e novo homem forte do país, o general Abdel Fatah al-Sissi, e da multidão de manifestantes anti-Mursi na praça Tahrir do Cairo.
"O presidente, expulso pela legitimidade popular", destaca o jornal Al-Ahram.
A imprensa independente citou a "vitória do exército e do povo" (Al Shoruq), enquanto o jornal Al-Masry Al-Yum afirmou que o "Egito está de volta".
O jornal do Partido da Liberdade e Justiça, braço político da Irmandade Muçulmana, movimento de Mursi, optou por não mencionar a derrubada do chefe de Estado e publicou na primeira página um artigo sobre as manifestações islamitas "de apoio à legitimidade" do presidente.
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