terça-feira, 13 de agosto de 2013

GIBRALTAR PEDE A BRUXELAS QUE INVESTIGUE CONTROLOS FRONTEIRIÇOS ESPANHÓIS


O governo autónomo de Gibraltar pediu nesta terça-feira à Comissão Europeia que investigue a actuação das autoridades espanholas, voltando a acusar Madrid de ter imposto “controlos desproporcionados” que estão a provocar enormes filas à entrada daquele território ultramarino britânico.

Depois de um ligeiro abrandamento nas inspecções durante o dia de segunda-feira, a polícia espanhola voltou ontem a fiscalizar em detalhe os documentos de quem queria entrar na península, na sua maioria espanhóis que ali trabalham, e a inspeccionar os automóveis de quem saía, relata o diário El País. Isso bastou para engrossar as filas de automóveis que, a meio do dia, chegaram a ter de esperar cinco horas até conseguirem atravessar a fronteira, segundo cálculos da correspondente do jornal britânico Daily Telegraph.

Estes controlos “desencadeados sem pré-aviso mostram uma vez mais a necessidade de a Comissão Europeia abrir rapidamente um inquérito à forma como está a agir Espanha e a necessidade de adoptar rapidamente medidas legais onde elas são necessárias”, acusa o chefe do governo de Gibraltar, Fabian Picardo, em comunicado.

Na véspera, o Governo britânico tinha já anunciado que está a ponderar acções legais “sem precedentes” contra Espanha, dizendo que estes controlos apertados violam o direito à livre circulação na União Europeia. O Governo espanhol respondeu que “não renunciará” a esta medida, lembrando que os controlos aduaneiros são obrigatórios já que Gibraltar, enquanto parte do Reino Unido, não é membro do espaço Schengen, e têm como principal objectivo combater o contrabando.

O pedido de Picardo é o último episódio do novo conflito diplomático entre Espanha e o Reino Unido, desencadeado pelo lançamento ao mar, a 24 de Agosto, de blocos de cimento ao mar, numa zona reivindicada pelas autoridades de Gibraltar, mas que fica a apenas 60 metros do porto andaluz de La Línea de la Concepción. O governo local anunciou que vai construir ali um “recife artificial” destinado a servir de refúgio a espécies ameaçadas, mas Madrid alega que o único propósito da barreira é impedir a passagem dos barcos de pesca espanhóis e, com isso, reforçar as reivindicações de Gibraltar sobre aquela faixa de mar.

À troca de palavras, cada vez mais azeda, juntou-se já esta semana a partida de navios de guerra britânicos que vão participar em exercícios militares no Mediterrâneo e Golfo Pérsico, um dos quais aportará no Sul de Espanha e outro fará escala em Gibraltar. Apesar de nem o Governo britânico nem o seu congénere espanhol associarem a manobra ao conflito diplomático, a chegada dos navios à zona é vista com desagrado em Espanha. Nesta terça-feira, um antigo conselheiro militar do ex-primeiro-ministro José Maria Aznar exigiu que o Governo impeça o navio de atracar em Gibraltar e criticou a atitude “abertamente passiva” das autoridades nacionais”.
 
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