domingo, 4 de agosto de 2013

RÚSSIA-CHINA: A MISSÃO DE PAZ TERÁ SUCESSO

 

 

Tiveram início nos Urais, no polígono militar de Chebarkul, as manobras conjuntas russo-chinesas de luta antiterrorista Missão de Paz 2013. Nos dias 1 e 2, chegou o grupo principal de soldados e oficiais chineses. Em conjunto com os militares russos, ele irão treinar a tática e as ações operacionais de luta contra uma ameaça
terrorista e a aniquilação dos seus agentes.

Estas manobras são as maiores a serem realizadas desde 2003, quando os militares russos e chineses iniciaram os treinamentos anuais de defesa contra eventuais ataques terroristas. Eles decorrem de 27 de julho a 15 de agosto, durante quase três semanas. As manobras envolvem mais de um milhar e meio de efetivos, 100 meios de combate pesados, incluindo duas dezenas de aviões e helicópteros.
 
A Constituição da China não permite a criação de blocos militares ou alianças com outros países, mas a cooperação militar com o seu vizinho direto e parceiro estratégico, que é a Rússia, está em franco desenvolvimento. Para isso existem razões objetivas, refere o politólogo Andrei Ivanov.
 
"Isso é compreensível, visto que a ameaça terrorista é uma coisa conhecida tanto da Rússia, como da China. Mas, além da ameaça terrorista, para a China e para a Rússia existe um outro aspeto, apesar de ele não ser referido abertamente. O mundo teve de enfrentar um fenômeno chamado de "revoluções laranja", que na prática são golpes de Estado. Essa é uma ameaça séria que Moscou e Pequim não podem ignorar."
 
Em julho, a Rússia e a China realizaram grandes manobras navais no Golfo de Pedro, o Grande, na região de Primorye, em que participaram vinte navios de guerra de diversas classes. O objetivo dessas manobras era o treinamento de operações contra o sequestro de navios por piratas do mar, assim como a realização de operações de busca e salvamento. Além disso, as duas marinhas de guerra coordenaram a sua interação na defesa aeronaval. Alguns peritos associaram essa atividade da Rússia e da China aos planos dos EUA e do Japão de realizarem as suas próprias manobras navais, assim como as manobras terrestres que já decorreram no princípio do verão.
 
Não é de excluir que, ao aumentar a sua atividade nessa região, Washington pretenda estabelecer na Ásia um equilíbrio de forças que lhe seja favorável considerando as disputas territoriais entre Pequim e Tóquio. Se trata das ilhas Senkaku, ou Diaoyu, no Mar da China Oriental, que já deram lugar a uma série de grandes polêmicas. Nesse aspeto, a China tem alguns problemas com as Filipinas, a Malásia e o Vietnã. Assim, e de acordo com a versão geopolítica, o reforço dos laços militares entre a Rússia e a China tem como objetivo, entre outros, a manifestação da sua intenção em formar o seu próprio centro de poder, o que num contexto de um mundo multipolar, cuja necessidade já foi afirmada por diversas vezes pelos políticos russos e chineses, é perfeitamente natural.
 
Muitos prestigiados analistas e políticos chineses e russos estão convencidos que uma aliança estratégica entre os dois países representa não só uma estratégia econômica e a segurança duma região em particular, mas também uma tentativa de oposição "suave" aos EUA e às suas ambições em estabelecer um controle global sobre todo o planeta.
 
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