quinta-feira, 10 de outubro de 2013

HOMOSSEXUAIS SÃO PERSEGUIDOS NO KUWAIT, MAS SÓ SE FALA DOS DA RÚSSIA


O escritor satírico inglês George Orwell, que está se tornando no escritor mais popular do Ocidente depois de Shakespeare, “cunhou” há setenta anos a frase mais citada sobre a duplicidade de critérios. Ela se refere à tentativa de construir o comunismo numa fazenda de animais isolada e diz o seguinte: “Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros”. A vida dos nossos dias corrigiu a fórmula do grande autor satírico. Agora ela soa como: “Todos os governos do mundo são anti-gay mas alguns são mais anti-gay que os outros”.

Realmente existem muitos países onde os gays têm uma vida difícil, mas por alguma razão é precisamente a Rússia, apesar da existência de clubes gay legalizados e que foram visitados por dignitários estrangeiros a convite do presidente da Duma de Estado russa, que é apresentado pela mídia ocidental como o país “anti-gay número um”. No mundo louco de hoje, ser anti-gay é como ser uma espécie de anti-herói.

Entretanto o Daily Mail londrino descobriu um anti-herói mais interessante na pequena e sossegada monarquia do Golfo chamada Kuwait. Citando uma personalidade não identificada do Kuwait, o Daily Mail informou que todos os jornalistas que entram em território do Kuwait abençoado por Deus deverão fazer um teste de homossexualidade. Se o resultado do teste for positivo, todos esses cavalheiros gay-positivos terão a entrada recusada não só no Kuwait, mas também nos outros países do Golfo Pérsico.

Aqui surge, porém, uma série de questões. Em primeiro lugar, quais serão concretamente os locais do Golfo Pérsico que os jornalistas gay-positivos não poderão visitar? Como as relações entre o Kuwait e o seu vizinho Irã têm relações muito más, o Kuwait dificilmente irá partilhar essa informação preciosa com Teerã. Os únicos países para onde não poderão viajar os correspondentes gays ocidentais serão os países aliados do Ocidente. Eles são, além do próprio Kuwait, os vizinhos Emirados Árabes Unidos, o Bahrein, assim como os cúmplices principais do Ocidente na intervenção na Síria – o Qatar e a Arábia Saudita. Daí resulta que os correspondentes ocidentais não poderão descrever os esforços heroicos realizados por esses países para o derrube do vizinho governo soberano da Síria. Entretanto também o Kuwait já está há muito tempo a “minar” a posição do presidente sírio Bashar Assad. Daí resulta que o Kuwait irá se prejudicar a si próprio com esse teste anti-gay.

Em segundo lugar, não se percebe quais serão as tecnologias que irão ajudar os kuaitianos a determinar os representantes dessa minoria sexual. A acreditar na informação publicada pelo Daily Mail, o astuto emir ainda mantém o segredo. A fonte não identificada apenas revelou que o Kuwait estava criando centros médicos especiais com essa finalidade.

É um delírio, sem dúvida, mas não há dúvidas que se aparecesse uma informação semelhante vinda da Rússia já toda a imprensa britânica estaria há muito descrevendo os campos de concentração criados por Moscou. Já ao Kuwait o Velho Continente está sempre disposto a conceder o benefício da dúvida relativamente às suas más intenções. Porquê? A isso responde o nosso colega finlandês Jon Hellevig, especialista em relações entre a Rússia e a União Europeia. Todo esse ruído à volta da famigerada lei sobre a proibição da propaganda gay é realmente uma verdadeira propaganda. Mas que é dirigida contra a Rússia e contra a sua imagem no Ocidente:

“Essa lei russa não tem qualquer relação com aquilo que a imprensa ocidental descreve. Na realidade se trata de uma verdadeira campanha mediática contra a Rússia. A imprensa ocidental escolheu simplesmente o tema da homossexualidade como uma espécie de bandeirinha de combate para a sua campanha contra a Rússia. Na realidade os russos são tolerantes relativamente às minorias e não são piores que os restantes europeus. Se não em Moscou não haveria clubes gay.”

Talvez seja por isso que as informações sensacionalistas, e frequentemente não confirmadas, sobre a violação dos direitos dos gays na Rússia recebem imediatamente uma poderosa ressonância no Ocidente. Já o fato de a homossexualidade ser legalmente proibida em muitos países aliados do Ocidente quase não é divulgado. Contudo, esses países não são assim tão poucos – são 78.

Fonte: Voz da Rússia

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