segunda-feira, 18 de novembro de 2013

GOOGLE CUMPRIU EXIGÊNCIAS DA RÚSSIA


A empresa americana Google cumpriu as exigências da Rússia com vista a proteger os dados pessoais dos utilizadores. Na versão russa das regras de tratamento dos dados pessoais deste motor de busca popular foram introduzidas as modificações necessárias. De acordo com as novas políticas de privacidade, a transferência de dados pessoais a terceiras pessoas passa a ser restringida a uma série de procedimentos. Este é o primeiro resultado da viagem de uma delegação do Conselho da Federação aos Estados Unidos, onde foram realizadas reuniões com representantes das empresas Google, Microsoft e Facebook.

A comissão da câmara alta do parlamento russo analisou as políticas de privacidade de algumas empresas de Internet. Quase em todas foram verificadas cláusulas que infringiam as leis da Rússia. Nas regras de segurança do Google, por exemplo, havia formulações vagas e ambíguas, com base nas quais esta corporação admitia na prática a transferência de dados pessoais a terceiros. Entre estes últimos, poderiam perfeitamente figurar os serviços secretos americanos que desenvolveram uma espionagem de grande envergadura contra cidadãos de muitos países.

Foi precisamente essa situação que motivou a visita de senadores russos aos EUA. Eis o que disse à Voz da Rússia, antes de partir para os Estados Unidos, Ruslan Gattarov, chefe da comissão para políticas de informação do Conselho da Federação:

“Nas conversas com os colegas estadunidenses queremos abordar o que se tem de fazer para acabar com a violação dos direitos dos cidadãos da Rússia aquando dos procedimentos que têm lugar agora. Com as empresas Google, Microsoft e Facebook vamos tratar o seguinte: o governo americano está espionando todos, e o que é que vocês fazem para o evitar? Como vocês protegem a informação, como a encriptam e como protegem os canais?”

O senador fez notar que os interlocutores americanos da delegação russa estão abertos ao diálogo, mas a posição deles não é definitivamente clara. Se eles tratarem de justificar a recolha não autorizada de dados pelos interesses da segurança nacional, um tal enfoque não é construtivo:

“Atuando desta forma, os Estados Unidos destroem a rede informática global, e agora até mesmo a Alemanha e o Brasil já começam a pensar em conceber suas próprias “Internets nacionais” e se isolarem do resto do mundo. Seria uma catástrofe global, e o mais lamentável é que isso aconteceria precisamente por causa dos EUA.”

Os resultados das negociações com a Microsoft e Facebook ainda não são conhecidos, ao passo que a direção da Google foi ao encontro dos senadores russos. Aliás, isso ainda não é uma garantia de cem por cento de que não haverá mais vazamentos de dados pessoais.

Em conexão com isso surge uma pergunta: que tipo de informações interessa os serviços de inteligência? Em princípio, tudo o que os interessava ainda antes da era da Internet: locais de trabalho das pessoas, seus contatos e preferências. Ficando em mãos hábeis, estas informações podem se tornar muito perigosas ou úteis. Há decênios, para obter dados desta índole, os espiões abriam envelopes e liam cartas alheias, mais tarde chegou o tempo dos dispositivos de vigilância discreta que se inseriam em telefones fixos.

Presentemente, porém, as informações deste tipo são publicadas pelos próprios utilizadores em suas páginas pessoais das redes sociais. Para os analistas é um verdadeiro acervo de dados: estudando tão só os contatos de qualquer pessoa, é possível saber como é esta pessoa e quais as convicções e princípios que tem, explica Evgueni Yuschuk, especialista em inteligência competitiva:

“Há alguns anos, o Facebook, segundo noticiou a mídia, para não processar grandes volumes de informação solicitada pelos serviços secretos dos EUA, concedeu-lhes os códigos de acesso para que eles mesmos pudessem ver tudo quanto queriam. A situação de um grande número de nossos cidadãos e instituições serem registrados nas redes sociais americanas e utilizarem servidores de e-mail americanos, esta situação faz com que os EUA obtenham todos os dados de nossos cidadãos e nossas entidades. Todas estas informações são armazenadas em seus servidores. E não só armazenadas mas também sistematizadas e analisadas.”

Durante os últimos anos, muitos russos se recusaram a utilizar os sistemas de correio eletrônico russos optando, em particular, pelos sistemas americanos, o que é motivado por uma avalanche de spam, ou seja, o envio de mensagens publicitárias não-solicitadas.

A partir daqui, o número de tais mensagens irá decrescer: há alguns dias, o Conselho da Federação preparou um projeto-de-lei que possibilita proteção contra a publicidade não-solicitada de artigos e serviços. Um dos autores do projeto de lei é Ruslan Gattarov. Ele especificou que, na fase inicial, as medidas de proteção serão aplicáveis ao envio de SMS publicitárias para telefones celulares, sendo estendidas mais tarde ao correio eletrônico.

Fonte: Voz da Rússia

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