Em Kiev não cessam as ações de protesto. A oposição continua exigindo a demissão do governo. Enquanto isso, duas delegações ucranianas oficiais partiram com destino a Bruxelas e a Moscou. Segundo o primeiro-ministro Mykola Azarov, a Ucrânia espera chegar a um acordo com a UE em condições vantajosas e, ao mesmo tempo, reforçar as "relações de parceria estratégica com a Rússia".
As autoridades devem trabalhar com o povo, anunciou ontem, por sua vez, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry. "Apelamos aos poderes ucranianos a ouvirem a voz do povo que deseja ver assinado um acordo de associação com a União Europeia", completou.
Mas esta é uma opinião expressa apenas por uma parte do povo, enquanto a outra parte considera mais vantajosa a cooperação com a Rússia, comenta a situação ambígua que se criou, Leonid Slutsky, chefe da comissão parlamentar para os assuntos da CEI.
"A Ucrânia é um país bipolar. Os inquéritos à opinião pública sobre questões-chave da política interna e externa vêm dividindo quase ao meio os entrevistados. A meu ver, a única política que leva à reconciliação e à coesão com vista a conservar a integridade territorial, seria aquela que seja voltada para a elevação do bem-estar e a elevação da qualidade de vida dos cidadãos."
O Ocidente propõe que o governo venha dar ouvidos a uma parte do povo que se manifesta pela integração européia. Embora tal seja uma via obviamente errada, afirma o redator-chefe do periódico Kievsky Telegraf, Vladimir Skachko:
"É mais do que óbvio que o caminho de integração não passa de um rumo conducente ao suicídio. Todos o reconhecem, mesmo os políticos ocidentais. A decisão de suspender a assinatura do acordo de associação, segundo frisa a Bloomberg, fez diminuir os riscos financeiros e permitiu evitar um default. Não se trata, pois, de um golpe de estado, nem de uma revolução, mas sim uma revolta dos ricos contra muito ricos."
Agora a direção ucraniana se prontifica a rever a sua decisão anterior, enquanto a UE não se dispõe a renunciar aos termos iniciais propostos à parte ucraniana. Mas não obstante as posições firmes e peremptórias, as conversações serão prosseguidas, opina o membro da comissão parlamentar russa para os negócios estrangeiros, Igor Morozov:
"O Parlamento Europeu irá prosseguir as conversações com deputados ucranianos de ânimos radicais. A Comissão Europeia poderá receber altos funcionários ucranianos, procurando convencê-los a aceitar as condições anteriores. Mas de qualquer modo, tal opção levará a um impasse. Porque após os eventos ocorridos na praça da Independência (Maidan Nezalezhnisti), a UE não aceitará quaisquer acordos com a equipe de Yanukovich."
Por isso, o líder ucraniano terá de tomar, já em breve, uma decisão definitiva quanto à filiação a futuras alianças, realça o perito. O tempo que ele tem ao seu dispor antes das presidenciais deverá ser aproveitado para incentivar a realização de programas econômicos e alcançar padrões positivos na esfera social.
Fonte: Voz da Rússia
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