terça-feira, 1 de julho de 2014

NUVENS DE FIBRA DE CARBONO COMO ESCUDO CONTRA MÍSSEIS ANTINAVIO


A MARINHA DOS EUA TESTOU GERADORES DE NUVENS DE FIBRA DE CARBONO RADAR-ABSORVENTES, QUE PODERIAM SER UTILIZADAS PARA PROTEGER NAVIOS DE GUERRA DE ATAQUES DE MÍSSEIS ANTINAVIO E DE CRUZEIRO GUIADOS POR RADAR


USS Mustin (DDG89), USS Wayne E. Meyer (DDG108) e USS Frank Cable (AS40) testando geradores obscurecedores marítimos ao sul de Guam, para avaliar a sua eficácia tática para a defesa contra mísseis antinavio. Note-se como a distribuição da nuvem pode ser manipulada pelo navio, sob as mesmas condições do vento, enquanto os navios mantêm a mesma proa.

A Marinha dos EUA testou recentemente um novo sistema de contra medidas de mísseis anti-navio usando um protótipo de gerador obscurecedor. Os sistemas e as táticas foram testadas sob uma variedade de condições de mar, utilizando recursos do Exército, Marinha e Força Aérea dos EUA para avaliar como nuvens de fibra de carbono radar-absorventes podem impedir que um míssil possa detectar e atingir seu alvo, como parte de uma defesa em camadas.

O Comando de Desenvolvimento de Guerra Naval testou o protótipo do gerador obscurecedor marítimo nos dias 21-25 de junho para avaliar a sua eficácia tática para a defesa contra mísseis antinavio. O dispositivo a bordo gera partículas de fibra de carbono em suspensão em uma nuvem de fumaça. Essas partículas absorvem e espalham as ondas de radar que emanam dos buscadores de mísseis, assim, potencialmente obscurecendo o alvo do buscador do míssil.

“A Névoa Pandarra mostrou o valor de rapidamente reunir forças conjuntas e científicas para enfrentar os nossos problemas mais difíceis de combate. Esta não é apenas fumaça ou chaff, é alta tecnologia obscurecedora, que pode ser eficaz contra uma série de sistemas de mísseis teleguiados “, disse Antonio Siordia, assessor científico da Sétima Frota dos EUA.

O vice-almirante Robert L. Thomas Jr., comandante da Sétima Frota dos dos EUA, deu início ao “Pandarra Fog”, a experiência multi-navio em Guam. “A Névoa Pandarra é exemplo do desenvolvimento técnico e tático rápido integrado da Frota para dominar a guerra de manobra eletromagnética e garantir o acesso das forças conjuntas”, disse Thomas.

O experimento demonstrou que o gerador obscurecedor marítimo pode ser um elemento-chave de manobra ofensiva da frota, apesar da proliferação global de mísseis de cruzeiro anti-navio e mísseis balísticos.

“Estamos desenvolvendo uma abordagem em camadas usando um espectro completo de recursos ativos e passivos para nos dar vantagem. Não é apenas sobre a tecnologia, mas também praticando como a frota vai empregar esses recursos emergentes”, disse o capitão David Adams, que lidera o Grupo de Inciativas de Combate da Sétima Frota. “A abordagem de defesa em profundidade tem uma série de vantagens. Não só sabemos que a fumaça é eficaz, ela adiciona um nível de incerteza e imprevisibilidade à equação”, disse Adams.


Além de ter um nível significativo de eficácia, os sistemas obscurecedores são relativamente baratos quando comparados com outras contra medidas e pode ser empregado por meio de manobras táticas típicas da frota. Os materiais são ecologicamente corretos e dimensionados para maximizar a eficácia operacional. “Nossa avaliação inicial é que o teste foi muito bem sucedido em termos de emprego tático, de usabilidade e custo-efetividade”, disse Adams.

A defesa com fumaça é parte de uma defesa em múltiplas camadas de navios de superfície, que também inclui a defesa ativa (mísseis de defesa antiaérea), chamarizes ativos (jammers) e chamarizes RF (chaff). Os flares (visto nesta foto ao lado e abaixo) podem ser usados para defesa em última camada, atraindo mísseis com guiagem térmica para fora do seu alvo.


O navio-patrulha japonês Shiritaka (PG 829) lança uma cortina de flares. O lançamento de engôdos cria uma nuvem quente obscurantista que esconde o navio de mísseis guiados por calor.

Fonte: Defense Update

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