quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

PORTUGAL: RENTABILIDADE DE TÍTULOS DIMINUIU, MAS AUMENTA CONFIANÇA DOS INVESTIDORES


Recentemente, Portugal trocou obrigações de tesouro no valor de 6,64 bilhões de euros para reduzir os gastos com o serviço da dívida pública nos próximos anos. Segundo um comunicado da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública IGCP, em troca, os investidores receberam títulos a 4 anos no valor de 2,68 bilhões de euros e a 5 anos no valor de 3,97 bilhões de euros.

Como é sabido, a vigência do programa de prestação de assistência financeira a Portugal pela União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) terminará em junho de 2014 e agora o governo de Pedro Passos Coelho faz tudo para ter acesso de forma completa aos mercados de dívida, informa a agência Bloomberg.

Segundo informações bolsistas, os preços dos títulos portugueses no mercado secundário aumentaram na terça-feira, a rentabilidade desceu gradualmente até ao máximo em 4 semanas.

“Esta queda do preço das obrigações portuguesas mostra que elas se tornaram procuradas nos mercados, os investidores mostram confiança nelas”, assinala o nosso perito Boris Frumkin, especialista em integração europeia do Instituto de Economia da Academia das Ciências da Rússia. A rentabilidade dos títulos até 10 anos de Portugal continua, por enquanto a ser superior à de maio, quando Lisboa realizou mais um lançamento de títulos, aproveitando-se da redução do valor do empréstimo até um mínimo desde 2010.

Mas, do ponto de vista de Boris Frumkin, “nesse país há reservas internas e externas, que são tidas em conta na União Europeia e no FMI e, sem dúvida, pelos investidores. Portugal, não obstante a sua situação periférica, não está numa situação tão complicada como a Grécia e problemática como a vizinha Espanha. Aí há tendências positivas mais claras de equilíbrio da situação”.

É verdade que “a economia de Portugal não pode passar sem estímulos. A população deve ver uma saída real, resultados concretos”, está convencido o nosso perito, que continua: “Considero que esta crise mostrou uma vez mais que a União Europeia, adepta precisamente dos princípios da estabilização, da política de salvação da zona euro, deve apoiar precisamente países como Portugal. Não é por acaso que ele se encontra sob controlo permanente da parte da troika dos credores internacionais: Comissão Europeia, Banco Central Europeu e FMI”.

A propósito, representantes da troika visitam Lisboa pela décima vez a 11 e 12 de dezembro. A 5 de dezembro, o governo tenciona arrecadar 578 milhões de euros através da venda de 70% das ações dos CTT-Correios de Portugal, SA. O consórcio público Parpública pôs à venda 105 milhões de ações dos CTT. Delas, 21 milhões de ações serão vendidas a investidores individuais e o restante será vendido diretamente a investidores institucionais.

Antes, numa declaração conjunta do Fundo Monetário Internacional (FMI), da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu (BCE), assinalou-se que em Portugal observa-se “sinais iniciais do aumento da atividade económica”. Mas o FMI e as estruturas europeias continuam a exigir de Lisboa o cumprimento de uma rigorosa política económica. Por isso, sublinha Maria Luís Albuquerque, “a correção do orçamento para 2014 será garantido em cerca de 86% pela redução da despesa”.

A certa altura, Peter Weiss, vice-chefe da missão da troika para Portugal, declarou que Lisboa “não precisa de mais um pacote de ajuda financeira externa se continuar a mesma política”, ou seja, segundo o plano traçado por Bruxelas.

Fonte: Voz da Rússia

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