As celebrações dos 70 anos de libertação do campo de concentração em Auschwitz, na Polônia, que acontecerão em 27 de janeiro, não vão contar este ano com a presença do presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Apesar do papel fundamental das tropas da União Soviética no fim da Era Hitler, na Segunda Guerra Mundial, as atuais divergências geopolíticas fizeram com que a Polônia não convidasse a Rússia para as solenidades.
Para o cônsul honorário de Israel no Rio de Janeiro e jornalista especialista em política internacional Osias Wurman, a atitude do governo polonês é uma tentativa de reescrever a História. “Não se pode aplaudir, nem desejar que a história seja reescrita. O papel das tropas da União Soviética foi fundamental na libertação não só de Auschwitz, mas na derrota da besta nazista. Desta forma, é mais que desejável que o Presidente Putin esteja presente, levando uma mensagem, principalmente para os sobreviventes”.
Osias Wurman acredita que a presença de Putin representaria o resgate da memória daquele momento histórico tão carente de registros, como as imagens de tantos feridos e doentes sendo carregados pelas tropas soviéticas. “A História é eterna, e o passado é para sempre. Não se pode borrar os méritos e os feitos das tropas da União Soviética em função de eventuais crises e disputas políticas que vão e voltam”.
O presidente da Rússia esteve presente em Auschwitz nas comemorações dos 60 anos do fim do nazismo, e fez um emocionado pronunciamento, e o cônsul honorário, Osias Wurman alerta que querer retirar agora a importância das tropas da União Soviética na Segunda Guerra Mundial é como se o confronto ainda existisse, eternizando a guerra.
O jornalista ainda chama a atenção para as perdas irreparáveis de cerca de seis milhões de judeus e de vinte e sete milhões de cidadãos da União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial, números que não podem ser apagados da História. “Perdemos um terço da nossa população [a população judaica]. O nazismo foi derrotado, Hitler morreu, mas os efeitos da Segunda Guerra estão presentes até hoje no povo judeu. Antes da Guerra nós éramos 18 milhões, e hoje somos em todo o mundo menos de 14 milhões, ou seja, passados 70 anos a gente não conseguiu refazer, repor o dano físico verdadeiro provocado pelo nazismo”.
Fonte: Voz da Rússia
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