O ex-consultor de
tecnologia da Agência Nacional de Segurança dos EUA Edward Snowden afirmou que
o governo americano não conseguirá impedi-lo de revelar mais detalhes sobre o
programa secreto de espionagem eletrônica do governo americano.
"Tudo que posso dizer agora é que o governo
não poderá ocultar isso mandando me prender ou me matar. A verdade chegará e
não poderá ser detida", afirmou Snowden, durante entrevista ao vivo
promovida pelo site do jornal britânico "The
Guardian".
Snowden, 29, está desde 20 de maio em Hong Kong, para onde viajou antes
de divulgar por meio do "Guardian" e do jornal "The Washington
Post" detalhes sobre um programa secreto da agência de segurança para
vigiar as comunicações na internet de usuários de todo o mundo.
A mais recente das revelações de Snowden é que o Reino Unido teria
espionado delegados do G20 durante as reuniões de abril e setembro de 2009,
informou o "Guardian". Entre os funcionários afetados pelas práticas
estariam delegados da Turquia e África do Sul, segundo o jornal.
A agência de serviços secretos britânicos Government Communications
Headquarters (GCHQ) teria utilizado "capacidades de inteligência
inovadoras" para ouvir as comunicações das personalidades que participaram
nas duas reuniões, segundo os documentos as quais o Guardian teve acesso.
Segundo os
documentos revelados, os serviços de inteligência teriam instalado cibercafés,
onde interceptavam as comunicações, e vigiavam os correios eletrônicos e as
ligações dos telefones BlackBerry dos delegados. A agência também instalou um dispositivo
que permitia saber quando os delegados entravam em contato entre eles e
priorizava algumas personalidades, em particular o ministro turco das Finanças,
segundo os documentos citados pelo jornal.
As revelações
acontecem no momento em que o Reino Unido recebe, durante dois dias, os
dirigentes dos países do G8 na Irlanda do Norte, no encontro internacional mais
importante desde o G20 de 2009.
O Guardian informa também que a
agência GCHQ recebeu relatórios da NSA sobre as tentativas da agência americana
de escutar uma ligação por satélite para Moscou do então presidente russo,
Dmitri Medvedev.
Segundo os documentos, a ordem de reunir informação sobre os delegados
do G20 procedia de um nível superior do governo, dirigido na época pelo
primeiro-ministro trabalhista Gordon Brown.
Uma semana depois da reunião de cúpula de setembro de 2009, um relatório
interno concluiu que "o plano de escuta de ligações teve muito êxito e foi
bem recebido como um indicador atual de atividade dos delegados".
"Foi útil para controlar a atividade das delegações nacionais
antes, durante e depois da reunião. Em definitivo, foi um fim de semana de
muito sucesso quanto à operação de telefonia", completa o texto.
O governo não comentou sobre a matéria.
Segue o link
do Canal no YouTube E o Blog
http://www.youtube.com/naoquestione
http://nao-questione.blogspot.com.br/?view=flipcard
Gostaria de adicionar uma sugestão, colabore com o NÃO QUESTIONE
http://nao-questione.blogspot.com.br/?view=flipcard
Gostaria de adicionar uma sugestão, colabore com o NÃO QUESTIONE
Nenhum comentário:
Postar um comentário