As ações dos ativistas do Greenpeace, que tentaram ocupar a plataforma petrolífera russa Prirazlomnaya no mar de Pechora, não podem ser consideradas como um ato inocente e rotineiro de ecologistas descontentes. Os peritos comparam esse excesso dos “verdes” com as ações do grupo Pussy Riot na Igreja de Cristo Salvador. Tal como no caso da chamada “oração punk”, o ato de protesto dos ecologistas foi uma verdadeira provocação.
Vários ativistas do Greenpeace que seguiam a bordo do navio Arctic Sunrise, detidos pelo ataque à plataforma petrolífera Prirazlomnaya, foram oficialmente acusados de pirataria. Pela legislação russa, eles poderão ser sentenciados a 15 anos de privação de liberdade. Os órgãos de investigação consideraram que a tentativa dos ecologistas de escalar a plataforma de perfuração russa e de realizar uma ação de protesto contra a exploração do Ártico foi não apenas um atentado à soberania do país mas também representou uma ameaça real à segurança pessoal dos funcionários da plataforma.
A ação da Greenpeace não teve qualquer relação com a luta em defesa do meio ambiente no Ártico, considera o vice-presidente do Comitê para a Defesa da Duma de Estado Frants Klintsevich:
“Nós estamos a lidar com uma provocação muito bem coordenada e planejada. Com isso eles penetraram nas águas territoriais sem aviso prévio e as suas intenções eram agressivas. Uma infraestrutura de elevado risco e de segurança reforçada foi alvo de um ataque. Se se tivesse tratado de um atentado e, Deus nos livre, tivesse sido colocada uma mina que explodisse e provocasse um derrame de petróleo, agora seriam muito mais as queixas internacionais contra a Rússia.”
Não é por acaso que os peritos comparam o ato dos “verdes” com as ações do grupo Pussy Riot. Em 2012, depois da chamada “oração punk” na Igreja de Cristo Salvador, as ativistas do grupo foram detidas e condenadas a dois anos de prisão por conduta desordeira. Até então, as moças do Pussy Riot tentaram, ao longo de vários anos, chocar a opinião pública organizando “ações de protesto” provocatórias na Praça Vermelha, num museu e noutros locais. Mas foram sempre mandadas para casa em paz.
O mesmo se passa com os ecologistas da Greenpeace. No verão do ano passado, eles já se tinham aproximado com embarcações da plataforma Prirazlomnaya. Com recurso a equipamento de montanhismo, eles conseguiram escalá-la e ficar suspensos durante 15 horas. Só se conseguiu retirá-los usando canhões de água. Mas, dessa vez, os “verdes” foram libertados. Eles não foram responsabilizados nem administrativa, nem criminalmente.
As ações dos ecologistas não podem ser consideradas como um protesto pacífico. Todas as vezes as suas ações têm um caráter agressivo, diz o perito do Instituto Russo de Estudos Estratégicos Vladimir Kozin:
“Essa organização ultrapassa um pouco as suas intenções iniciais. Isso é dito pelos seus antigos dirigentes que, eles próprios, condenam este tipo de atos. Ultimamente, as tentativas de realizar ações que fazem lembrar incursões, pirataria, golpes de assalto, cortes de ferrovias, tudo isso é muito mau. Os verdadeiros ecologistas não podem cumprir a sua missão nesse estilo tão bárbaro. Claro que precisamos dos ecologistas e a nossa Terra deve ser protegida e conservada, mas não é com esses métodos – a agressão, o ataque e as ocupações.”
O julgamento dos ativistas da Greenpeace servirá a muitos como uma lição, dizem os peritos. Isso permitirá, não só à Rússia, mas também aos outros países que estão sujeitos às incursões dos membros da Greenpeace, prevenir no futuro este tipo de ataques. É muito importante lutar pelo ambiente, incluindo nos territórios árticos. A Rússia compreende isso, mas é igualmente importante cumprir a lei.
Fonte: Voz da Rússia
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