sábado, 5 de outubro de 2013

JAZIDA OLENY RUCHEI - UMA SIMBIOSE ENTRE INDÚSTRIA E NATUREZA


Existe um estereótipo que na Rússia a destruição do meio ambiente e poluição da natureza são um fenômeno generalizado. A título de exemplo fazem-se referências a empresas de celulose e papel que, em tempos, poluíam o lago Baikal ou a ditas “batalhas” de ativistas do Greenpeace travadas contra consórcios petrolíferos nas águas do Ártico. Nem todos sabem o que se faz na Rússia para a proteção ambiental e até que ponto as autoridades e os círculos de negócios russos participam nessa campanha. Nos finais de setembro, tornei-me testemunha disso durante uma visita à região noroeste do país.

“O trabalho nas condições severas do Ártico tem sido complicado e difícil, implicando elevadas despesas financeiras e soluções tecnológicas únicas no gênero. Para nós, a prioridade tem que ser dada às questões da defesa ambiental, de forma a estabelecer um equilíbrio entre a atividade econômica e as medidas de proteção do meio ambiente. Isto é sumamente importante quando se trata do Ártico, com seus ecossistemas frágeis e vulneráveis, o clima específico que determina em muito o estado ecológico do nosso planeta”, disse o presidente russo, Vladimir Putin, discursando no âmbito do III Fórum Internacional “Ártico, Território do Diálogo” em Salekhard, cidade russa situada acima do círculo polar.

Convenci-me da justeza dessas palavras durante a visita às praças de investimento do grupo Akron, na península de Kola. No ano passado, na região montanhosa de Khibinsky, perto de Kirovsk, começou a extração de minérios de apatite na jazida Oleny Ruchei (Ribeiro do Veado), localizada na parte leste da serra.

As empresas com o mesmo nome, integradas na Companhia Noroeste de Fosfatos, afiliada da Akron, constituem um projeto de investimentos visando à produção de fósforo com o emprego de altas tecnologias.

Em 2006, foi oficializada a permissão para a realização dos trabalhos de extração. Em 2009, iniciou-se a construção de empresas carboníferas, de uma pedreira com a profundidade de 300 metros, estradas, de uma fábrica transformadora e outras facilidades logísticas. As empresas foram abertas no ano passado, tendo hoje uma capacidade produtiva de 1 milhão de produto acabado – concentrado de apatite. Nesta etapa dos investimentos, foram canalizados 240 milhões de dólares. Para a fase seguinte (2012-2017), foi prevista a extração subterrânea e um aumento da capacidade produtiva até 2 milhões de toneladas ao ano. O projeto de investimentos é financiado pelo grupo Akron, sem recurso a dotações públicas, realça Vadim Ryazantsev, primeiro vice-diretor da Companhia Noroeste de Fosfatos.

“A construção dessas empresas constitui um primeiro projeto de investimentos do tipo “greenfield”. O Instituto de Ecologia Industrial Expert deu avaliações sobre a influência destes investimentos sobre o meio ambiente, enquanto o Instituto de Proteção da Natureza preparou um relatório sobre as atividades específicas que se desenvolvem ao abrigo do projeto. Nessa base, os problemas ecológicos têm sido resolvidos ao nível de projetos técnicos”.

Antes de mais, tinha-se em vista a vertente ambiental relacionada com a eventual poluição das águas subterrâneas e da atmosfera, assim com a reflorestação de áreas degradadas. A empresa conta com um sistema de circulação de água tecnológica (não potável). Em plena conformidade com as normas do licenciamento, a companhia chegou a projetar e coordenar com as autoridades de Murmansk um sistema de monitoramento ambiental permanente até 2026 nos espaços ocupados pela empresa hulhífera. Segundo frisou Vadim Ryazantsev, tal levantamento tem de ser efetuado em cada etapa de produção.

Por razões ecológicas, uma parte de minérios dos estratos superiores será extraída por via subterrânea para não perturbar a camada externa do maciço de Khibinsky. As pesquisas geológicas necessárias, visando a busca de fontes de água, levaram à descoberta de um depósito de águas subterrâneas, cujas reservas foram medidas e incluídas na balança estatal das mesmas.

O invulgar maciço de Khibinsky, rico em minérios e coberto por vegetação de tundra e musgos nos declives, é muito bonito e, ao mesmo tempo, perigoso. Aliado à tundra, constitui um verdadeiro milagre criado pela natureza. Não foi por acaso que o governo o tomou sob a sua alçada.

Fonte: Voz da Rússia

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