A Rússia está pronta para utilizar armas nucleares repelindo ataques de agressores, para defender os interesses estatais, declarou o vice-primeiro-ministro russo, Dmitri Rogozin, no quadro da “Hora Governamental” na Duma de Estado. O vice-premiê comunicou que o Fundo de Pesquisas Perspectivas irá dedicar-se à elaboração de uma resposta militar-técnica à estratégia de “ação global relâmpago” dos Estados Unidos.
A Doutrina Militar da Rússia admite o emprego de armas nucleares, fez lembrar Dmitri Rogozin. Em suas palavras, tal constitui o principal fator de dissuasão de atos agressivos contra o país.
“As nossas forças nucleares estratégicas são um grande nivelador de chances. É possível experimentar quanto quiser, instalando armas não nucleares em portadores estratégicos. Mas é necessário ter em conta que, enquanto formos atacados, iremos recorrer sem dúvida, em conformidade com a Doutrina que aprovamos, armas nucleares, para defender o nosso território e os nossos próprios interesses estatais. Qualquer agressor ou grupo de agressores devem dar-se claramente conta dessa possibilidade.”
Os EUA estão elaborando agora uma concepção de “ação global relâmpago” que consiste em desenvolver novos meios de derrota, capazes de desferir golpes de alta precisão contra estruturas inimigas em qualquer ponto do mundo, utilizando tipos não nucleares de armamentos. No quadro desta concepção, Washington está desenvolvendo vários projetos de armas hipersônicas, o que permitirá alcançar primazia em relação a outras potências nucleares. Trata-se, em particular, de aparelhos voadores e de foguetes, capazes de voar com uma velocidade em 20 vezes superior à velocidade do som.
O Fundo de Pesquisas Perspectivas irá elaborar uma resposta militar-técnica à estratégia americana de “ação relâmpago”, declarou Dmitri Rogozin, sem entrar em detalhes. Ao mesmo tempo, ao apresentar aos parlamentares o novo programa estatal de armamentos, o vice-primeiro-ministro apontou que a robotécnica será um de seus vetores principais.
“Atualmente, países estrangeiros estão realizando uma concepção de guerra tecnológica, voltada para ver o inimigo antes de ele ver o adversário e ter um “braço longo” para poder derrotá-lo. Um exemplo disso é a guerra na Iugoslávia em 1999, quando forças da OTAN atiravam como que com dardos contra as forças armadas tradicionais da Iugoslávia, que não eram piores na Europa. Mas, sem ter possibilidades de responder a essas ataques com armas de alta precisão deste “braço longo”, aquelas forças armadas ficaram incapazes de proteger o seu próprio território. Por isso, hoje, o novo programa de armamentos prevê desenvolver máquinas robotizadas e meios de comando automatizado de equipamentos, que permitem ao nosso soldado combater contra cinco.”
Dmitri Rogozin prometeu aos deputados que já em 2015, equipamentos militares altamente tecnológicos russos, em particular, veículos blindados Bumerang e tanques “Armata”, irão participar da Parada da Vitória na Praça Vermelha.
Fonte: Voz da Rússia
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