Resultados do referendo realizado ontem nas regiões de Lugansk e Donetsk, no sudeste da Ucrânia, permitem constatar um fato evidente: a maioria dos seus habitantes não confia, de modo algum, na política de Kiev e quer seguir uma via independente.
No decurso da consulta popular, os habitantes locais deviam responder a uma única pergunta – “Você apoia o ato de autonomia estatal das regiões de Lugansk e Donetsk?”. Os resultados prévios dispensam comentários. O chefe da Comissão Eleitoral Central da República de Donetsk, Roman Lyagin, constata:
“Segundo as informações mais recentes, a afluência às urnas foi 74,87%. A favor da República votaram 89,07% de pessoas. São os dados finais que não poderão ser revistos. Contra a autonomia votaram 10,19%. Foram estragados 0,74% dos boletins de voto. Há que fazer aqui uma ressalva: uma considerável parte dos locais de votos foi fechada antes da hora marcada por razões de segurança. Sabemos que até pelas 20h55 havia gente que desejava votar. Por isso, se pode constatar que a afluência foi bem elevada, as pessoas se formavam em filas.”
Estamos satisfeitos com os resultados. Mais de 2,5 milhões disseram “sim” à autonomia da região de Donetsk. E esta decisão deverá ser materializada, terá a continuação.
Estamos acumulando os protocolos preparados por comissões distritais e territoriais. Demos a conhecer os números de propósito devido à situação muito tensa. Não temos certeza que no decurso desta semana poderemos receber um protocolo final. Na região estão sendo travados combates duros. Nas ruas se encontram armas pesadas e sistemas de lança-foguetes.
Importa salientar que o ambiente não tem sido muito propício para o plebiscito. A votação se deu sob o pano de fundo de uma operação militar punitiva, realizada pelo governo provisório de Kiev com o emprego de blindados e artilharia, o que causou vítimas entre os habitantes locais. Segundo o vice-presidente da Duma de Estado, Serguei Neverov, a consulta popular foi uma espécie de reação a essa ação punitiva sem precedentes. Mas apesar disso, o referendo se realizou com estes resultados. Isto comprova que a Ucrânia se encontra em estado de guerra civil, considera o membro da Câmara Social, Maxim Grigoriev.
A participação ativa dos cidadãos das regiões de Lugansk e Donetsk vem legitimando os resultados do plebiscito, disse, em entrevista à Voz da Rússia, o ilustre politólogo russo Leonid Polyakov:
“O referendo em si se reveste de uma enorme importância por estar atribuindo a legitimidade aos poderes que se formaram nas respectivas regiões independentistas. As autoridades que por inércia ali existem, recebendo indicações de Kiev, não têm apoio algum da população local”.
Nesse contexto, “o Ocidente terá de aceitar o fato de que no Leste da Ucrânia, milhões de pessoas não querem se submeter aos poderes autoproclamados ilegais. O líder do movimento social Sudeste, Oleg Tsarev, fala de planos para o futuro:
“Acho que as decisões tomadas ontem deverão ser tomadas por conselhos populares. Vamos criar uma república federativa com o nome Novorrossia. Pensamos que o número de suas unidades não se vai limitar às regiões de Donetsk e Lugansk. Agora é preciso arregaçar as mangas e pôr mãos à obra”.
Os resultados do referendo sobre o estatuto das regiões deverão servir de base para o futuro processo de sua autodeterminação. A comunidade mundial terá que respeitar a opção feita pela população dessas regiões. A Kiev compete retirar suas tropas e reconhecer a realidade, examinando a questão da revisão do regime político.
Fonte: Voz da Rússia
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