No dia em que está prevista na agenda do Senado a votação da PEC do Trabalho Escravo, cerca de 150 manisfestantes ligados ao Sindicato dos Comerciários de São Paulo se reuniram nesta terça-feira 27 para protestar em frente ao shopping Paulista, na capital, contra a marca de roupas M.Officer.
A empresa de roupas foi flagrada pelo Ministério Público do Trabalhono último dia 6, pela segunda vez, com trabalho escravo em uma de suas oficinas de costura. O primeiro flagrante foi feito em novembro de 2013. Na ocasião, a justiça chegou a bloquear 1 milhão de reais da empresa M5 Indústria e Comércio Ltda, que detém a marca M.Officer.
Segundo o diretor das relações sindicais dos comerciários de São Paulo, Josimar Andrade, a data do protesto foi escolhida para pressionar as votação da PEC 57A/1999, que há 15 anos tramita no Senado. “Essa PEC é importante pois vai penalizar com mais firmeza os responsáveis, ameaçando-os com expropriações”, disse Andrade. "Em 2011, quando desencadeou a denúncia de trabalho escravo na Zara, nosso sindicato já se articulou para enfrentar o problema e levar para as ruas esse debate, para provocar mudanças." Andrade destacou a criação da lei estadual nº 14.946/2013, que cassa o registro de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de empresas flagradas com trabalho escravo.
Brasília. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), segundo informações da Agência Senado, recebeu nesta terça-feira 27 representantes do Movimento Humanos Direitos (MHUD) e prometeu fazer o possível para que a PEC do Trabalho Escravo seja votada o quanto antes.
Fonte: Carta Capital
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