O moderno cruzador porta-mísseis russo Yuri Dolgoruky se prepara para sair ao mar. Entrou em serviço em janeiro de 2013. Antes de iniciar o patrulhamento oceânico, o Comando da Marinha permitiu aos jornalistas russos visitar este importante vaso de guerra secreto.
É que os lança-mísseis de quarta geração do projeto Borei são dotados de mísseis balísticos Bulava, cotados como a mais moderna e sofisticada arma ao serviço do Exército russo.
As suas características constituem segredo de Estado. Sabe-se apenas que os engenheiros projetistas desistiram das hélices tradicionais. O submarino atómico Yuri Dolgoruky passou a ser o primeiro engenho munido de turbojato. O propulsor potente permite desenvolver elevada velocidade e, ao mesmo tempo, eliminar o ruído no decurso da marcha.
Os submersíveis de quarta geração se destacam pela ausência de aparelhos análogos, que cederam lugar aos dispositivos digitais. Assim sendo, o equipamento obsoleto foi substituído por um computador potente, uma série de telas eletrônicas a cores. A aparelhagem digital fez com que o pessoal fosse reduzido em 40%. Desta maneira, as complicadíssimas tarefas a seu cargo podem ser cumpridas por 100 tripulantes especialmente preparados em termos técnicos e psicológicos.
Um dos membros da tripulação, Andrei Shlyakher, especialista em torpedos, disse:
“Sinto-me feliz em poder prestar serviço a bordo de um navio de quarta geração. Como o submersível é moderno, o trabalho aqui me parece interessante. Passamos por todas as provas e agora contamos com a experiência indispensável para o futuro trabalho.”
Peritos militares opinam que, perante os desafios contemporâneos, o uso de submarinos não deixará de ser atual. As potencialidades do projeto Borei fazem elevar a eficácia dos submarinos e o seu uso durante décadas, afirma o vice-comandante do Yuri Dolgoruky, Serguei Morozov:
“Os submersíveis russos serão desenvolvidos no quadro do programa em vigor até 2020. Acho que eles não se tornarão obsoletos daqui a 30 anos. Por isso, julgo que o nosso navio poderá prestar um serviço eficiente até 2050.”
No entanto, as informações sobre datas e o local de serviço deste submarino são guardadas em segredo. Os outros navios modernos da Marinha russa poderão ser apreciados por habitantes de vários países asiáticos. Um destacamento de navios da Esquadra do Pacífico, com o porta-aviões Marshal Shaposhnikov à frente, se encontra agora no Mar da China Oriental. No período compreendido entre 29 de março e 3 de abril, os marinheiros russos participam das manobras internacionais Komodo, visando o combate às consequências de calamidades naturais, junto do litoral da Malásia. Depois, um grupo de navios russos rumará ao oceano Índico, devendo efetuar visitas aos portos de Sri Lanka e do Paquistão.
Em fins de maio e inícios de junho, em uma das zonas marítimas e aéreas do mar da China Oriental terá lugar a terceira edição das manobras russo-chinesas Interação Marítima 2014. Para julho estão agendados ainda os exercícios navais antiterroristas Indra 2014, no mar do Japão, de que navios de guerra russos também participarão.
Fonte: Voz da Rússia
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