Organizadora da campanha “Eu não mereço ser estuprada” recebe ameaças de estupro. Jornalista e escritora Nana Queiroz foi atacada com mensagens agressivas
A jornalista e escritora Nana Queiroz, de 28 anos, organizadora da campanha “Eu não mereço ser estuprada”, recebeu ameaças e ofensas pelo Facebook após o protesto virtual ir para o ar. A campanha, que começou na noite desta sexta-feira (28), é um protesto contra os resultados de pesquisa divulgada quinta-feira (27) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Conforme o estudo, 65,1% da população concorda total ou parcialmente que “mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas” e 58,5% concordam total ou parcialmente que, “se as mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupros”.
Na campanha – um protesto virtual contra o machismo -, mulheres se fotografaram sem blusa e com cartazes com a frase “Eu não mereço ser estuprada” ou “Eu também não mereço ser estuprada” à frente do peito. Nana disse que, ao ver o resultado do levantamento, ficou com vontade de sair nua na rua gritando a frase.
A jornalista disse neste sábado ao Portal Fórum que vai denunciar os autores das postagens à Delegacia da Mulher em Brasília. “Estamos reunindo prints das mensagens para levar à delegacia e vou registrar também um boletim de ocorrência por ameaça de estupro”, adiantou Nana.
Ela contou que há postagens dizendo que ela merece “um negão de 50 centímetros”; em outra colocaram foto de uma pia cheia de louça suja “para ela lavar” e ela soube também de montagens com fotos dela em sites pornográficos.
Outras mensagens diziam que a estuprariam se a encontrassem na rua e outra convoca para um estupro coletivo.
“Mas também tenho recebido muito apoio. A cada postagem machista e agressiva, recebo outras dez me apoiando, inclusive de minha família”, disse Nana. “Creio que essa campanha acabou servindo como uma armadilha para os machistas, uma vez que vamos levar à polícia essas mensagens”, afirmou a jornalista.
Nana adiantou que, além do protesto virtual, ela e outras mulheres criaram um grupo de discussão e pretendem apresentar alguma proposta para ser levada ao Congresso Nacional. “Não sei ainda o que podemos propor, mas vamos ver o que é possível fazer para punir mais severamente atitudes machistas”, acrescentou.
Além da página no Facebook, os organizadores também criaram um site para a postagem das fotos (www.naomerecoserestuprada.tumblr.com)
A jornalista postou no Blog do Sakamoto um texto com imagem de um dos agressores, que postou uma foto com um cartaz com os dizeres “#Eu já estuprei e estupro de novo”.
Fonte: Revista Fórum
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