A União Europeia vai investir 26,5 milhões de euros na instalação de um cabo submarino de fibra ótica conectando Brasil e Europa. Falando com exclusividade à Sputnik Brasil, o professor de Engenharia de Sistemas Orlando Bernardo Filho diz que o cabo vai agilizar a transmissão de dados, que atualmente sofre falhas pela comunicação sem fio.
A iniciativa foi anunciada nesta semana pelo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, durante a cúpula UE-CELAC, entre líderes da União Europeia e da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos, em Bruxelas.
O projeto é uma parceria público-privada entre a brasileira Telebras e a empresa espanhola Islalink. A previsão é de que as obras comecem ainda em 2015, com conclusão em 2017. Os investimentos totais são de cerca de R$ 430 milhões.
A Telebras acredita que essa alternativa para a transmissão de dados entre os países dos dois continentes vai gerar uma economia em torno de 15% em relação aos custos atuais.
A União Europeia também pretende financiar projetos em outros países da América Latina, além do cabo submarino. Os recursos de 118 milhões de euros destinados aos países latino-americanos vão ser direcionados especialmente aos setores de transporte e energia.
Para o engenheiro e professor de Engenharia de Sistemas da UERJ – Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Orlando Bernardo Filho, a iniciativa é muito positiva, pois vai poder agilizar a transmissão de dados, que atualmente sofre falhas e perdas pela comunicação sem fio. “É uma coisa muito boa”, destaca o especialista. “Normalmente se usa comunicação sem fio para poder dar a volta ao mundo, e tem toda uma problemática de interferência de perda de potência por absorção, por reflexão, e os dados confinados dentro da fibra ótica vão com uma velocidade muito maior, sujeitos a praticamente nenhuma interferência. Portanto, [a fibra ótica] torna tudo muito mais rápido e possibilita o uso de muitos mais canais de comunicação e mais serviços.”
O engenheiro explica que a instalação do cabo submarino é feito normalmente através da robótica. “Normalmente é feito com robôs, e os cabos não ficam totalmente repousados no fundo do oceano. Ficam um pouco acima do fundo, porque no Oceano Atlântico as profundidades são imensas. A região abissal vai além de 4 mil metros de profundidade, e existem turbilhões de correntes marítimas. Os cabos ficam a certa altura antes do fundo mesmo, e sempre protegidos com encapsulamentos adequados.”
De acordo com o projeto, o cabo submarino vai ligar Lisboa a Fortaleza, e constituirá a primeira ligação direta do tipo entre a América Latina e a Europa.
Orlando Bernardo Filho explica que atualmente a comunicação digital entre os dois continentes é feita por intermédio dos Estados Unidos.
A construção do sistema de transmissão de dados vai beneficiar não só o Brasil, mas todos os países latino-americanos. “Já há muito tempo que existe cabo submarino entre o Brasil a Europa e entre o Brasil e os Estados Unidos. Há muito tempo, em toda a comunicação internacional do Brasil, essencialmente na parte de telefonia – pois a internet só começou a ter força a partir de 1990 –, já se utilizavam cabos submarinos. O Brasil só tinha dois pontos por onde escoava a comunicação internacional: um pelos cabos submarinos em Pernambuco, e outro em Tanguá, no Rio de Janeiro. Com isso, o que havia de comunicação de dados era muito pouco, poucos serviços e incipientes, já que a internet não tinha se espalhado ainda por todo o mundo.”
Diante da positividade do projeto, o professor de Engenharia de Sistemas da UERJ ressalta que o futuro da comunicação está na fibra ótica.
“A fibra ótica é o que há de mais moderno”, garante Orlando Bernardo Filho. “É a mais eficiente e o que existe de melhor tecnicamente para transmitir uma grande massa de dados, em longas distâncias.”
Fonte: Sputnik
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