Com Folha e Estadão exigindo aumento da repressão à greve dos professores, Geraldo Alckmin (PSDB), agora pré-candidato à Presidência, esbanjou truculência.
Na sexta-feira (12), após 89 dias em greve, os professores da rede pública de São Paulo aprovaram em assembleia o retorno ao trabalho. Neste longo período, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) esbanjou truculência, recusando-se a negociar com o sindicato, cortando o ponto dos grevistas e fazendo inúmeras ameaças.
Recém-lançado na convenção estadual do PSDB como presidenciável para as eleições de 2018, o “picolé de chuchu” mostrou mais uma vez como despreza a educação e como trata os trabalhadores. A mais longa greve da categoria também serviu para desmascarar de vez a postura da mídia chapa-branca, que abocanha volumosos recursos em publicidade do Palácio dos Bandeirantes. No sábado, toda a imprensa patronal festejou “a derrota dos professores”.
Durante a paralisação, jornalões, revistonas e emissoras de rádio e tevê fizeram de tudo para derrotar os docentes e o sindicato da categoria, a Apeoesp. Seguindo o mesmo roteiro de outros movimentos grevistas, num primeiro momento a mídia empresarial tentou invisibilizar a paralisação. As escolas sem aula e as passeatas massivas não foram manchetes dos jornais nem destaque dos telejornais.
Na sequência, com o aumento da adesão ao movimento, o noticiário tratou de criminalizar os grevistas, realçando o congestionamento do trânsito em dias de assembleia e tentando jogar a população contra os professores. Em editoriais, os dois principais de jornais de São Paulo,Folha e Estadão, exigiram abertamente o aumento da repressão à greve.
A postura explicitamente patronal e tucana da velha mídia revoltou a categoria. Nas assembleias, ela passou a ser o principal alvo da crítica dos professores, juntamente com o ditador Geraldo Alckmin. A Apeoesp chegou a enviar um documento oficial ao diretor de jornalismo da TV Globo, Ali Kamel, condenando a cobertura manipulada da emissora privada – que explora uma concessão pública. Nas ruas da capital paulista, os grevistas repetiram inúmeras vezes o “Fora Rede Globo, o povo não é bobo”. Folha, Estadão e Veja – neste caso, a partir do fascistóide Reinaldo Azevedo – também foram duramente rechaçados pelas lideranças do professorado. Em certo sentido, a mídia patronal saiu bem chamuscada e “derrotada” da mais longa greve dos professores de São Paulo.
Como enfatizou Maria Izabel Noronha, presidenta da Apeoesp, a paralisação não obteve qualquer vitória econômica, mas serviu para demonstrar a força da categoria e para desmascarar os verdadeiros inimigos da educação. “Ninguém vai sair de cabeça baixa”, afirmou na assembleia de sexta-feira. Ela lembrou que a greve teve a adesão de 75% das escolas e só entrou em refluxo após o corte do ponto dos servidores. Os professores retornam ao trabalho e compensarão os dias sem aula. Mas a categoria hoje está mais consciente do papel nefasto dos tucanos e da sua mídia chapa-branca.
Fonte: Carta Maior
Segue o
link do Canal no YouTube e o Blog
Gostaria
de adicionar uma sugestão, colabore com o NÃO
QUESTIONE
Este Blog tem finalidade informativa. Sendo assim, em plena
vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas
constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal.
Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre
a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato"
(inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística,
científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença"
(inciso IX). As imagens contidas nesse blog foram retiradas da Internet. Caso
os autores ou detentores dos direitos das mesmas se sintam lesados, favor
entrar em contato.
Nenhum comentário:
Postar um comentário