Os protestos continuam em Yerevan desde a noite da terça-feira. Políticos russos não descartam um “roteiro ucraniano”.
O presidente do Comitê para Assuntos Internacionais do Conselho da Federação (câmara alta do parlamento russo), Konstantin Kosachev, comentou nesta quarta-feira (24) as ações de protesto na capital de Armênia:
"Agora estamos todos preocupados juntamente com a amiga Armênia em relação aos acontecimentos no centro de Yerevan. E eu não excluo que acabemos por ver por trás destes acontecimentos a mão de organizações não governamentais estrangeiras. Acompanhamos esta situação com muita atenção".
Mais cedo, outro membro do comitê chefiado por Kosachev, Igor Morozov, disse que a atual situação na Armênia lembra de certa forma o golpe de Estado na Ucrânia, de 2014.
As manifestações começaram no centro de Yerevan na segunda-feira, quando a Comissão Estatal de Regulação de Serviços Públicos anunciou o reajuste da tarifa de eletricidade no país. A manifestação, bastante desorganizada, foi dispersada pela Polícia para evitar eventuais desordens. Na terça-feira, os manifestantes voltaram às ruas, ocupando a praça da Liberdade, no centro da capital, e depois, marchando rumo à residência do presidente, Serj Sargsian, pela avenida Bagramian.
Na noite passada, os participantes do protesto anunciaram que não iriam terminar a ação até que o governo anule o reajuste de tarifas. Já na manhã desta quarta, até agora, a manifestação continua.
Cerca de 240 pessoas foram detidas durante a marcha de ontem, todas foram já libertadas, segundo informações da polícia.
Para o cientista político Sergei Shakarian, contatado pela Sputnik, uma "revolução laranja" do tipo ucraniano não é possível na Armênia, mas mesmo assim, há certo perigo:
"Inicialmente, [a postura dos manifestantes] foi a clara não aceitação pelos habitantes da Armênia das ações do governo e das autoridades energéticas do país. Porém, hoje observa-se claramente a tendência de usar essas pessoas como uma ferramenta, como as declarações das embaixadas do Reino Unido e dos EUA sobre o alegado uso indevido da força pela polícia. Ao lembrar a Ucrânia, eu posso dizer que o próximo passo das embaixadas ou até dos governos anglo-saxônicos será a exigência de "não usar a força em caso nenhum". Aí, irão se juntar aos protestos pessoas com nomes armênios, mas treinados em algum lugar perto de Belgrado, na Geórgia ou na Ucrânia laranja. Eles só começam a mover a máquina. Uma revolução não é possível aqui, mas eles podem criar sérias desordens".
Agora, a situação está mais ou menos tranquila, mas a polícia de Yerevan está acompanhando atentamente os acontecimentos. A quantidade de policiais na avenida Bagramian foi reduzida.
Fonte: Sputnik
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