quinta-feira, 15 de agosto de 2013

POR QUE LEVANTAR O DEDO DO MEIO É CONSIDERADO OFENSA?


Por causa de uma tradição cultural popularizada na Antiguidade - provavelmente herdada de 

um costume dos ancestrais do homem, ainda nos tempos da pré-história. Um grupo de 

antropólogos sustenta que o gesto é uma variação de uma estratégia agressiva de alguns 

primatas, que mostravam o pênis ereto a seus inimigos como uma forma de intimidá-los. 

Mais civilizado, o homem teria substituído o bilau pelo dedo erguido para ofender alguém. Um 

dos primeiros registros escritos desse costume mal-educado aparece no ano 423 a.C., 

quando o poeta grego Aristófanes escreveu a peça As Nuvens. Em um dos diálogos, o 

personagem Estrepsíades faz uma piada comparando o dedo do meio ao pênis. Da Grécia, 

a ofensa chegou a Roma, onde era conhecida como digitus infamis, o "dedo obsceno". No 

livro Gestures, their Origin and Distribution ("Gestos, sua Origem e Distribuição", sem 

tradução para o português), o zoólogo britânico Desmond Morris sustenta que o imperador 

Calígula (12-41) chocava os súditos obrigando-os a beijar seu dedo do meio em vez de sua 

mão. Uma tremenda humilhação. Com o passar dos séculos, a maioria dos países do mundo 

incorporou o gesto de origem latina - pode-se dizer que é um símbolo quase universal! Mas 

diversos povos encontraram outras formas criativas de mandar alguém fazer você sabe o quê. 

O que explica que um sinal seja considerado ingênuo num país e ofensivo em outro? Para 

essa "transformação" acontecer, um grupo precisa estabelecer uma espécie de pacto em 

torno dessa forma de comunicação. Em outras palavras, um gesto só é considerado 

agressivo se todas as pessoas do grupo entenderem e concordarem com seu significado. 

"Para evitar gafes e lidar com as diferenças culturais, hoje em dia as multinacionais fazem 

livros de comportamento. Essas publicações explicam aos executivos que viajam muito quais 

gestos eles podem ou não fazer ao visitar outros países", diz a antropóloga Rosali Telerman, 

professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

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