segunda-feira, 31 de agosto de 2015

ARTE NA PELE: AS TATUAGENS DELICADAS E DE TRAÇO FINO DA ARTISTA TURCA BICEM SINIK


O trabalho da tatuadora Bicem Sinik, de Istambul, Turquia, chama atenção pelos seus traços delicados e pela sutileza dos pontilhados em seus desenhos. Formas geométricas e linhas finas se destacam junto ao estilo minimalista da artista. Sua preferência são animais, os quais ganham vida através do toque artístico da tatuadora.

Bicem Sinik utiliza técnicas de sombreamento que trazem uma sensação tridimensional aos seus desenhos. Em linhas minuciosas, ela cria desenhos inspirados em mandalas, flores, origamis e misticismo. Seu estilo é único, elegante e de uma delicadeza inigualável.

Veja abaixo o incrível trabalho da artista e a delicadeza de seus traços:

















Todas as imagens © Bicem Sinik Para saber mais sobre a talentosa tatuadora, clique aqui.


Segue o link do Canal no YouTube e o Blog
Gostaria de adicionar uma sugestão, colabore com o NÃO QUESTIONE

Este Blog tem finalidade informativa. Sendo assim, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal. Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (inciso IX). As imagens contidas nesse blog foram retiradas da Internet. Caso os autores ou detentores dos direitos das mesmas se sintam lesados, favor entrar em contato.

BRASIL: MULHER CONTA COMO FOI ESPANCADA POR UM FUNCIONÁRIO DA NET


Analice de Souza, de 31 anos, utilizou as redes sociais para denunciar a agressão que sofreu dentro da própria casa por um funcionário da NET. A fonoaudióloga recebeu vários pontapés mesmo após ter caído no chão

Revista Fórum

A fonoaudióloga Analice de Souza, de 31 anos, utilizou seu perfil no Twitter para denunciar a agressão de que foi vítima por parte de um funcionário da NET no último sábado (22). Na rede social, ela postou imagens que a mostram imobilizada em um hospital. As informações são do portal Extra.

Segundo Analice, o agressor é um técnico enviado à sua residência, em Belo Horizonte, para resolver um problema com a TV a cabo. Ele teria agido de forma estranha desde que chegou para prestar o serviço. “Ele entrou, sentou na cadeira da sala, colocou dois fones de ouvido e começou a conversar com o supervisor dele. Ficou meia hora o telefone e, depois, virou para mim e disse: ‘liga para o serviço de atendimento e pede para eles mudarem seu status de cancelado para ativo’”, relatou ao Extra. “Fiz até em viva voz para ele ouvir. Ele voltou a ligar para o supervisor e disse que não faria o serviço, uma vez que ele estava cancelado. Então, minha mãe disse: ‘Não pode isso, se você veio aqui para fazer o trabalho, tem que fazer. Ninguém pediu para cancelar’”.

A fonoaudióloga conta que, após a intervenção de sua mãe, uma idosa de 67 anos, o homem passou a ter comportamento violento. “Ele foi para dar um soco nela, eu entrei na frente e o golpe pegou em mim. Eu fui pegar meu celular para tirar uma foto do crachá dele para fazer uma reclamação na NET. Nessa hora, ele pegou meu celular e arremessou longe”, detalhou. “Então, ele me jogou no chão, começou a chutar minha cabeça e minhas costas. Eu estava preocupada em proteger meus dentes, eu estava muito preocupada. Ele continuou me chutando e conseguiu golpear a barriga e perna. Eu estou cheia de hematomas.”

Enquanto a mãe de Analice tentava ligar para a polícia, o técnico deixou o local. A vítima teve de ser encaminhada ao pronto-socorro, onde realizou exames e passou a noite em observação. Depois de liberada, foi registrar a ocorrência em uma delegacia, mas, por meio de reportagem publicada num site local, descobriu que o agressor também havia aberto um boletim de ocorrência contra ela alegando que havia apanhado das duas mulheres. “Se você olhar para mim e para a minha mãe, vai ver que não temos a menor condição de agredir um homem. Eu mal consigo abrir uma vasilha de maionese, minha mãe tem 67 anos e é super debilitada”, contesta, indignada.

O fato está sendo investigado pela Polícia Civil de Minas Gerais. A reportagem contatou a NET, mas não obteve retorno. Este não é o primeiro caso de abusos envolvendo funcionários da empresa. Em maio, um de seus atendentes foi demitido após ter assediado uma jornalista de São Paulo por meio de mensagens enviadas pelo aplicativo WhatsApp.


Segue o link do Canal no YouTube e o Blog
Gostaria de adicionar uma sugestão, colabore com o NÃO QUESTIONE

Este Blog tem finalidade informativa. Sendo assim, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal. Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (inciso IX). As imagens contidas nesse blog foram retiradas da Internet. Caso os autores ou detentores dos direitos das mesmas se sintam lesados, favor entrar em contato.

BRASIL: COMO GERAR MAIS ENERGIA SEM AFETAR O AMBIENTE?


Um dos maiores desafios do Brasil é a equação entre maia energia, crescimento econômico e sustentabilidade. Carta Capital debate o tema nesta segunda-feira


Brasil atravessa um período de transição da sua matriz de energia baseada nas hidrelétricas, que deverão gradualmente perder participação na geração nos próximos anos. Com o avanço das térmicas movidas a combustíveis fósseis, o setor poderá tornar-se o maior responsável por emissões de poluentes a longo prazo e desbancar o desmatamento. Essa possibilidade levanta uma série de dúvidas em relação ao futuro da matriz, cada vez mais dependente das chuvas, e que exigirá maior diversificação e redução dos custos para o consumidor final, prejudicado por uma das tarifas mais caras no mundo.

Segundo estudo do Instituto de Energia e Meio Ambiente, as emissões do setor partiram de um patamar de 195 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (medida da quantidade de gases de efeito estufa) em 1990 para 440 milhões de toneladas em 2012, equiparando-se às emissões da agropecuária e da mudança de uso da terra.

De apenas 11% das emissões em 2004, as empresas responderam em 2012 por 30%, resultado do intenso uso do modal rodoviário, grande consumidor de diesel e gasolina, para o transporte de cargas, e do crescimento do uso das térmicas na geração elétrica. Esse e outros desafios no setor serão discutidos na segunda-feira 31 no seminário “Energia: Crescimento Sustentável”, mais um evento da série Diálogos Capitais.

Neste ano de forte estiagem, com o nível dos reservatórios perto dos 20% na Região Sudeste, e o aumento do risco de um novo racionamento, as usinas térmicas contribuíram com quase um terço da geração de energia do País. O avanço da participação dessas unidades coincide com a maior dependência das chuvas para gerar eletricidade e a dificuldade de se construirem novas hidrelétricas, hoje restritas à Região Norte, detentora de cerca de 70% do potencial hidrelétrico nacional.

Desde a década de 1990, o País constrói usinas a fio d’água, ou seja, sem grandes reservatórios de armazenagem. Nos anos 1980 e no início da década de 1990, a capacidade dos reservatórios possibilitava o armazenamento de energia por até três anos. Um estudo da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro mostra que, em 2001, a capacidade de regularização dos reservatórios, ou o quanto de energia o Brasil pode armazenar na forma de água para suprir a demanda de energia, era de pouco mais de seis meses. Em 2012, a capacidade de regularização caiu para 4,9 meses e poderá diminuir ainda mais.

Entre 2013 e 2018, período previsto para o início de operação de grandes empreendimentos como as usinas do Rio Madeira e de Belo Monte, deverão ser acrescentados ao sistema 20 mil megawatts de capacidade hídrica. Desse total, só 200 megawatts têm reservatórios, segundo estimativa do Operador Nacional do Sistema. Isso fará com que a capacidade de armazenamento caia para 3,8 meses em 2018, de acordo com algumas estimativas de empresas privadas. Nesse contexto, a energia térmica ganha espaço.

A menor área de alagamento reduz os impactos ambientais, mas torna o sistema mais dependente de São Pedro. “Neste ano, não tivemos problemas porque a demanda da indústria está muito fraca, por conta da recessão”, afirma o físico Luiz Pinguelli Rosa, ex-presidente da Eletrobras e diretor da Coppe (UFRJ).

Licitar projetos hidrelétricos é complicado, a exemplo da Usina São Manoel, no Rio Teles Pires, na divisa do Mato Grosso com o Pará. A União tentou por mais de três anos obter o licenciamento do empreendimento. Em 2010, o Ibama apontou uma série de deficiências no estudo de impacto ambiental da hidrelétrica, com capacidade estimada para abastecer mais de 2 milhões de residências.


A participação da energia solar também tem sido mais relevante / Crédito: Zoran Milich/Latinstock

Em 2011, durante o processo de audiência pública para discussão do empreendimento, quatro funcionários da Funai, dois da Empresa de Pesquisa Energética e um antropólogo foram sequestrados por índios da aldeia Kururuzinho, contrária à construção. A usina foi licitada somente em dezembro de 2013. Até a hora do leilão, a licitação estava cercada de dúvidas. Depois das dificuldades para obter a licença ambiental prévia, o projeto chegou a ser retirado por força de uma liminar da Justiça. A Advocacia-Geral da União derrubou a liminar e garantiu a licitação, pouco antes do prazo. 

Diante dessas dificuldades, as hidrelétricas, que há 20 anos geravam mais de 80% da energia, deverão contribuir com 65% no início da próxima década. Com base em três cenários e em projeções de crescimento da demanda até 2040 em cada um deles, a participação das hidrelétricas poderá variar de 46% a 57% da geração de energia elétrica, segundo estudo da FGV Projetos. 

O potencial hidrelétrico estimado entre 40 a 50 gigawatts deverá esgotar-se por volta de 2030, segundo projeções de algumas empresas. Os principais projetos são os do Rio Tapajós, no Pará, com destaque para São Luís, de 8.040 megawatts de potência e investimentos de 26 bilhões de reais, o maior empreendimento futuro de fonte hídrica no País. O governo trabalha para licitá-lo em 2016. A usina será construída a partir de um novo modelo, inspirado parcialmente nas plataformas de exploração de petróleo.

A hidrelétrica não seria acompanhada da instalação de vilas operárias, cidades e centros comerciais no entorno. A ideia é criar alojamentos temporários, que serão totalmente desmontados no fim da obra, com redução da possibilidade de grandes migrações para a região. Além disso, vias provisórias de acesso serão desfeitas e a vegetação, recomposta com o replantio de árvores.

Usinas eólicas, solares e térmicas a gás natural deverão ganhar espaço. A opção nuclear, favorecida pelo fato de o Brasil deter grandes reservas de urânio, provavelmente voltará a ser discutida. Um destaque deverá ser o uso da energia solar, hoje inexpressivo, mas que em 2024 poderá representar 3% da geração de eletricidade no Brasil. Essa alternativa pode gerar 10% da energia, cerca de 6 mil megawatts médios, apontam estimativas do governo.

Uma resolução de 2012 da Agência Nacional de Energia Elétrica estabelece que clientes residenciais e comerciais podem instalar painéis fotovoltaicos e abater de suas contas a microgeração obtida a partir dessa fonte. O governo trabalha em um projeto para estimular o ingresso da energia solar na matriz. Está em negociação com o Ministério da Fazenda a redução da cobrança de PIS/Cofins sobre os equipamentos importados, enquanto os secretários de Fazenda dos estados deverão eliminar o ICMS cobrado sobre os microgeradores de energia.


A seca provoca uma queda nos reservatórios das hidrelétricas | Crédito: Alf Ribeiro/Estadão ConteúdoHá 15 anos, projeções de aumento da participação da energia eólica na matriz elétrica nacional não eram levadas muito a sério. Essa fonte ganhou espaço e poderá chegar ao fim da década com uma potência instalada superior a 14 mil megawatts, mais do que a capacidade da Usina Hidrelétrica de Itaipu, uma das três maiores do mundo. Em 2024, atingiria 20 gigawatts de potência, mais de 10% da matriz elétrica. Com o aumento do uso das fontes eólica e solar, a matriz será mais bem distribuída e intermitente, pois essas fontes dependem de sol e vento.

O gás terá também presença crescente. A produção poderá dobrar para 180 milhões de metros cúbicos por dia no início da próxima década, por causa do pré-sal, apontam algumas estimativas. Na Bacia de Campos, nos melhores casos fora do pré-sal, são produzidos 80 metros cúbicos de gás para cada metro cúbico de petróleo.

Já no pré-sal da Bacia de Santos, a média é de 220 metros cúbicos de gás para cada metro cúbico de petróleo. Uma portaria da Agência Nacional do Petróleo determina que, a partir de 2015, a queima de gás terá de ser apenas de 3% nos campos de petróleo. Essa definição harmoniza-se com a situação do pré-sal, com o gás associado ao óleo, e às promissoras perspectivas de jazidas de gás não convencional, como as de xisto. 

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Energia em debate

Confira a programação do seminário "Energia: Crescimento Sustentável", promovido por CartaCapital:

Na segunda-feira 31, CartaCapital promove em São Paulo mais um debate da série Diálogos Capitais. Desta vez, o tema central será a perspectiva de ampliação da oferta de energia. A seguir, a programação de “Energia: Crescimento Sustentável”:

8h Credenciamento e Welcome Coffee

9h Boas-vindas CartaCapital

9h10 Debate: As Oportunidades de Investimento

Renato Sucupira – Presidente da BF Capital

Nelson Siffert – Superintendente de Energia do BNDES

Maurício Tolmasquim – Presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética)

10h15 Coffee Break

10h30 Debate: A Diversificação da Matriz

Tania Cosentino – Presidente da Schneider Electric para América do Sul

José Carlos de Miranda Farias – Diretor-presidente da Chesf

11h30 Debate: Mais Inteligência na Rede

Sergio Jacobsen – Gerente-geral de Serviços e Soluções para Smart Grids da Siemens no Brasil

Abel Rochinha – Presidente da Ampla e da Coelce


Fonte: Carta Capital

Segue o link do Canal no YouTube e o Blog
Gostaria de adicionar uma sugestão, colabore com o NÃO QUESTIONE

Este Blog tem finalidade informativa. Sendo assim, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal. Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (inciso IX). As imagens contidas nesse blog foram retiradas da Internet. Caso os autores ou detentores dos direitos das mesmas se sintam lesados, favor entrar em contato.

BRASIL: JORNAL BRASIL POPULAR É FUNDADO EM BRASÍLIA


O jornal pretende 'defender as conquistas populares, a democracia e fortalecer a consciência nacional em torno de um projeto de nação independente.'
O site do jornal Brasil Popular entrou no ar neste sábado à noite durante um jantar cooperativo com a presença de mais cem jornalistas de Brasília que se congregaram há cerca de três meses para enfrentar o que considera atraso midiático no Brasil e, através da internet, lançar futuramente o jornal impresso do mesmo nome, com distribuição gratuita, segundo uma modalidade que se expande mundialmente e que tem na Grécia o principal modelo de inspiração.

Com notícias, reportagens e análises do quadro nacional e internacional, o Brasil Popular pretende, a exemplo da antiga Última Hora, jornal fundado em 12 de junho de 1951 por Getúlio Vargas e Samuel Wainer, “defender as conquistas populares, a democracia e fortalecer a consciência nacional em torno de um projeto de nação soberana e independente, desafiando o golpismo midiático. Estamos seguros de que as forças sociais que foram capazes de eleger por quatro vezes governos progressistas, têm capacidade, e também o dever, de organizar um jornal de grande circulação popular”.

‘”Nos últimos 12 anos e meio”, diz o editorial do BP, “o Brasil registrou uma mudança importante em seus indicadores econômicos e sociais, conquistas reconhecidas por organismos internacionais. A ONU reconheceu que o Brasil saiu do Mapa da Fome, a OIT registrou queda do trabalho infantil, a OMS marcou o declínio da mortalidade infantil, a CEPAL afirma que reduzimos a pobreza e a miséria, e até mesmo o Banco Mundial reconhece a redução das desigualdades sociais”.

“O curioso é que dentre tantas mudanças havidas no Brasil, não houve o surgimento de uma mídia popularcom capacidade para fazer a narrativa destas relevantes conquistas. Afinal, o Brasil ter saído do Mapa da Fome já é uma notícia retumbante, justificando ampla informação e reflexão pelos brasileiros. No entanto, predomina na mídia brasileira um noticiário negativo, fraudulento, como se o Brasil estivesse em retrocesso, o que afronta a realidade”.

Por isso, o Brasil Popular nasce para preencher essa lacuna: “informar sobre o que realmente ocorre no país, seus avanços, suas dificuldades, suas relações internacionais, mas, sobretudo, levar a informação sonegada pela mídia hegemônica, de maneira simples, direta e clara, aos segmentos populares, onde há baixos índices informativos e de leitura”.

Seus fundadores, reunidos na Associação de Jornalistas do Brasil Popular, definem-se como “uma iniciativa cooperativa, que está estruturando apoios e sustentação entre os segmentos sociais que participaram ativamente destas mudanças, independentes de sua filiação partidária: Para isto estamos criando um grande mutirão. Começamos por Brasília, mas queremos nos estruturar em todas as capitais. Quem tiver interessado em colaborar, busque neste site as formas de associação a este projeto”.

Alerta o BP que “não nascemos para fazer ajustes de contas entre forças de esquerda: nascemos para construir unidade popular e para enfrentar a manipulação e a desinformação da grande mídia empresarial que tenta demolir todas as conquistas alcançadas. Essa manipulação quer impedir a elevação da consciência no povo sobre as decisões políticas que permitiram aos brasileiros terem hoje mais médicos, mais casas, mais escolas, mais universidades, mais eletricidade, mais energia renovável, mais alimentos, mais emprego formal, mais petróleo e gás, mais produção naval, maiores salários, mais estradas, mais ferrovias, mais relações soberanas e mais respeito no cenário internacional.

Ações golpistas – Neste momento em que forças antinacionais tramam ações golpistas contra a democracia e contra este projeto de mudanças em curso, Brasil Popular nasce para ser uma voz em defesa da legalidade democrática e da soberania nacional, com a tarefa de contar a história de todas as conquistas dos brasileiros e assume o compromisso de estar ao lado das forças progressistas para o que ainda precisa ser conquistado. E, para isto, o que é indispensável informação, consciência e unidade popular!”, termina o editorial.

Os fundadores do jornal se proclamam como “cidadãos e cidadãs progressistas, inquietos com a falta de um jornal que se diferencie da ditadura midiática brasileira, reunidos para propor a criação de um jornal impresso popular para defender os valores democráticos e uma sociedade cada vez mais igualitária”. Inicialmente terá a sustentação da Associação do Jornal Brasil Popular, mas a ideia é a futura formação de uma cooperativa para continuar o projeto.

O Conselho editorial é integrado por Alain Barki, Angélica Torres, Beto Almeida, Bira Souza, César Fonseca, Cirilo Quartim, Eduardo Wendhausen, F. C. Leite Filho, Geniberto Paiva Campos, Inês Ulhôa, José Alberto, José Augusto Valente e Romário Schettino.


Fonte: Carta Maior

Segue o link do Canal no YouTube e o Blog
Gostaria de adicionar uma sugestão, colabore com o NÃO QUESTIONE

Este Blog tem finalidade informativa. Sendo assim, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal. Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (inciso IX). As imagens contidas nesse blog foram retiradas da Internet. Caso os autores ou detentores dos direitos das mesmas se sintam lesados, favor entrar em contato.

BRASIL: DÍVIDA, JUROS, E CIDADANIA


Este texto procura apresentar as reais dimensões econômico-financeiras da dívida, através de indicadores usados pelos órgãos técnicos do Governo.

Ao final de 2014 acendeu-se o sinal amarelo sobre as contas do Governo, em razão da constatação de um déficit primário nas contas fiscais de 2014. Logo, esse déficit passou a ser explorado midiaticamente pelas oposições derrotadas em outubro daquele ano, em paralelo às denúncias da operação lava jato, que vem sido conduzidas por autoridades judiciárias do estado do Paraná. 

Em lugar de ser analisado como conseqüência da conjuntura recessiva, tanto interna como externamente, o resultado negativo das contas primárias serviu para renegar a qualidade das políticas públicas dos governos petistas, Lula e Dilma, e para dar lugar a exigências de um ajuste fiscal austero, que poderá ter efeitos perversos para os trabalhadores e benéficos para os financistas. Apesar de suas dimensões mínimas, o déficit de 2014 foi de apenas 0,6% do PIB-Produto Interno Bruto, há o receio de que, se persistir, haverá riscos para a sustentabilidade da dívida pública. Um tal receio parece justificado à vista dos encargos que oneram o endividamento, isto é, as elevadas comissões de intermediação bancária e juros condizentes com o ambiente inflacionário. 

Na tentativa de contribuir para ampliar a transparência e o entendimento sobre a atual dívida pública do Governo, este texto procura apresentar as reais dimensões econômico-financeiras da dívida, através de indicadores usados cotidianamente pelos órgãos técnicos do Governo. Em seguida, discute-se a natureza das críticas levantadas, que versam em torno de três questões: legitimidade, funcionalidade da taxa SELIC e redução dos graus de liberdade do orçamento público. 


1-Indicadores do endividamento


Previamente cabe observar que, à diferença do que se verificou na Argentina e no Equador em período recente, nossa dívida pública é dívida interna em moeda nacional, isto é, ao passivo do Governo correspondem ativos de pessoas físicas e jurídicas brasileiras calculados em reais correntes (embora 20% da dívida mobiliária esteja em mãos de não-residentes). 
Quanto ao montante, deve-se fazer distinção entre valores brutos e líquidos. Até junho de 2015, a dívida bruta do Governo Geral elevou-se a R$ 3,6 trilhões, dos quais uma parcela correspondeu a operações compromissadas do Banco Central (R$ 833 bilhões). A maior parcela, e objeto central do debate, é constituída por dívida pública federal mobiliária interna (DPMFi), isto é, títulos do Tesouro Nacional ofertados no mercado, no valor total de R$ 2,4 trilhões. 

São detentores desses títulos: instituições financeiras (26,5%), não-residentes (20%), fundos de investimento (19,8%), fundos de previdência (19%) e outros. Segundo o Tesouro Nacional o custo médio atual da DPMFi é levemente superior a 14% a.a, montante desproporcional à receita tributária atual e futura do Governo Federal, pois o pagamento integral desse custo anual (cerca de R$ 340 bilhões em 2015) corresponde a montante próximo a 85% da receita de tributação (impostos) do Governo federal em 2014. Porque o Governo não dispõe de quantia necessária ao pagamento dos juros anuais, o Governo é obrigado a rolar a dívida, somando ao principal o montante de juros devidos e não pagos. Esta é uma das razões para o aumento recorrente da DPMFi periodicamente. 

Na verdade, especialistas em finanças públicas afirmam que toda vez que a taxa de juros, ou custo anual da dívida, é maior do que o crescimento do PIB, a tendência é a expansão do endividamento no curto e médio prazo. É por isto que a dívida vem crescendo após 2010, último ano de vigoroso crescimento do PIB real (7,6%). Desde então se passou ao crescimento lento (3,9%, 1% e 2,5% nos anos de 2011, 2012 e 2013) e ao não-crescimento em 2014, ano em que o PIB real cresceu de apenas 0,1%. 

Não cabe nesse espaço discutir as causas da estagnação do Produto, vinculadas não só a questões internas mas principalmente ao ambiente recessivo internacional, que impacta negativamente uma economia cuja expansão esteve até então dependente da exportação de produtos primários e de extração mineral. Do ponto de vista das finanças públicas, necessário é estudar as modalidades de compatibilização entre expectativas de crescimento da economia e as regras do jogo pactuadas em matéria de dívida do Governo. Mas fica claro, desde logo, a necessidade de um ajuste fiscal.

Por enquanto a situação é confortável. Frente ao PIB de R$ 5,7 trilhões, cálculo para junho de 2015, a relação dívida bruta/PIB situou-se em 63%. O indicador dívida líquida/PIB, por outro lado, atingiu 35%.[2] Comparativamente a outros países, a dívida brasileira pode ser considerada em situação confortável, como se indica a seguir. 

Em 2013, por exemplo, havia na Europa alguns países situados em nível considerado de risco, pois o tamanho de sua dívida superava 90% do Produto. Este era o caso de: Reino Unido, França, Espanha, Bélgica, Irlanda, Portugal, Islândia, Itália e Grécia (este país, no topo da lista, acusou dívida de 175% do PIB em 2013). 

Nos Estados Unidos verificou-se também situação preocupante desde meados de 2014, com o montante da dívida atingindo valor superior ao do PIB, respectivamente US$ 17,3 trilhões e US$ 16,9 trilhões.[3]

Outros países alinhados aos Estados Unidos também registraram níveis excessivos de endividamento, como foi o caso da Alemanha e também do Canadá, nos quais o indicador dívida pública/PIB ficou em 75% e 86% respectivamente. No Japão, onde a dívida pública já é duas vezes maior que o Produto Interno Bruto, em dezembro de 2014 a relação dívida/PIB foi de 230%. 

Para o mesmo mês, dezembro de 2014, baixos graus de endividamento governamental foram observados na China (40%), Turquia e Suiça (ambos com 33%), e México (30%). 


2.-Natureza das críticas levantadas


A principal crítica diz respeito ao patamar da taxa SELIC. Em média, esta taxa se situou em valores muito elevados, em alguns anos. Em 1995 a média anual da taxa SELIC havia sido de 41,22%, em 1997 foi a 39,9%, reduzindo-se no ano seguinte para 29,2%. Em 2002 voltou a subir e atingiu 24,9%. No governo Lula a SELIC foi reduzida paulatinamente, e seu valor máximo foi de 18% em 2005. Frente à redução das taxas de crescimento do PIB real, o governo Dilma tentou forçar redução mais vigorosa e levou a SELIC para 7,1% do PIB em 2012. Coincidência ou não, foi a partir de então que se acirraram as manifestações públicas contra a presidente, manifestações cuja expressão mais indecorosa foi a vaia a ela dirigida por ocasião da abertura da Copa do Mundo de Futebol 2014. 

Resultado do clima político, e do insucesso em matéria de retomada de vigoroso crescimento econômico, em 2013 a SELIC voltou a assumir trajetória ascendente, com índices de 9,9% e 11,6% em 2013 e 2014. A inflação, por outro lado, manteve média anual de 6%, medida pelo INPC.[4] Em termos reais, isto é, descontada a inflação, a taxa de juros SELIC manteve-se alta, 5,4% ao final do primeiro governo de Dilma Roussef. 

Na verdade, a queda da taxa de crescimento do PIB real para níveis inferiores a 4%, desde 2011, em paralelo à manutenção da taxa de juros reais em patamar superior (4,3% e 5,4% em 2013 e 2014, respectivamente), selaram o divórcio entre os dois índices e o crescimento autônomo da dívida mobiliária federal. Por isto a dívida bruta passou de 54,2% para 63,4% do PIB, entre 2011 e 2014. A dívida líquida variou pouco, de 36,5% para 36,7% do PIB no mesmo período, reassumindo contudo trajetória ascendente a partir de 2013, ano em que se situou em 33,8% do PIB. (idem, p.97) 

Outra questão levantada com relação aos níveis da taxa SELIC é o fato de ela se situar entre as mais altas taxas do mundo. Esta questão precisa ser enfrentada à luz de considerações técnicas e políticas. Uma observação preliminar, contudo, é que nas comparações entre Brasil e outros países, os críticos não fazem distinção entre taxas nominais e reais de juros, o que distorce em geral as conclusões a que chegam. A comparação com países de inflação baixa, ou mesmo sob risco de deflação, caso da União Européia e dos Estados Unidos, requer que se escolha a taxa real de juros SELIC, isto é, entre 5% e 6% ao ano, como média usual. Mesmo assim a diferença é enorme, pois nas regiões citadas a taxa de juros tende para zero e até é negativa ocasionalmente. 

Tecnicamente, o ponto central consiste na diferenciação entre as respectivas conjunturas econômicas. Enquanto o maior risco que hoje enfrentam as economias européias e norte-americanas é a deflação, no Brasil, inversamente, o inimigo a combater é a inflação. Segundo a ideologia dominante no mundo hegemonizado por nações imperiais, inflação combate-se com a elevação da taxa real de juros, a deflação requer, ao contrário, aumento da liquidez e taxas reais de juros mínimas ou negativas. Daí a prática de facilidades monetárias (emissão de moeda sem lastro real) nos Estados Unidos, Japão e, mais recentemente, em países da Europa. É possível, e nem é difícil, colocar-se contra os dogmas do neoliberalismo vigente, de um ponto-de-vista técnico ou intelectual, e esta tem sido a postura, justa, de frações crescentes da esquerda brasileira. 

Para o governo brasileiro, é muito difícil, quase impossível, no entanto, assumir postura contrária aos dogmas neoliberais em matéria de combate à inflação. Quase impossível, do ponto-de-vista político. Não teria apoio no plano internacional, nem no campo político interno. É o que se pode induzir, empiricamente, de análises já feitas sobre os movimentos de rua contestando a política econômica. Mas também do fato de não haver, por parte dos economistas, uma proposta concreta, e efetiva, de um outro regime monetário capaz de substituir o tripé vigente na condução da política monetária e a essência do modelo econômico implantado a partir de 1994-1995, o Plano Real. 

Por essência entende-se aqui o lastro-dólar do Real e a opção por um crescimento direcionado por aumento das exportações com livre movimentação de capitais. Trata-se de um modelo “suicida”, para alguns, pois entre seus efeitos perversos destaca-se a desindustrialização em curso. Efeito perverso que não tem sido contestado por grandes massas da população, e tem sido maquiado por políticas do governo em sustentação da indústria automobilística, segmento responsável por grande parcela do emprego industrial. 

Por outro lado, tentativas dos governos petistas, no sentido de reequilibrar prioridades, como o apoio ao crescimento do mercado interno, a associação ao banco dos BRICS, o direcionamento de bancos públicos em sustentação aos esforços de redução da taxa de juros SELIC, o aumento do crédito público ao campo e à agricultura familiar, entre outras medidas, vêm enfrentando forte campanha contrária da mídia, isto é, de representantes das finanças internacionais e dos segmentos rentistas internos. 

Frente aos indícios elencados acima, de dificuldades políticas crescentes, para mudança do modelo econômico e da política monetária em curso, uma complementação necessária diz respeito ao argumento de que a dívida é ilegítima e deve ser objeto de auditoria pelo Congresso. 

A argüição sobre legitimidade carece de fundamentação plausível sempre que se apoiar na premissa, teórica, que a dívida pública é uma das três modalidade de financiamento do gasto público, ao lado dos tributos e da emissão monetária. Este argumento, que consta dos livros estrangeiros de macro-economia e finanças públicas, deve ser analisado à luz das mudanças introduzidas por ocasião do advento da hegemonia dos princípios neoliberais, tendo à frente os dois principais centros financeiros mundiais: a City (Londres) e Wall Street (Nova Iorque). Na verdade, desde os anos 1990, os Estados, e os periféricos principalmente, estão proibidos de realizar emissão monetária como direito de senhoriagem. Este direito, secular, foi substituído pela securitização, isto é, financiamento via emissão de títulos públicos nos mercados financeiros. Foi um grande negócio para os bancos, sem dúvida. E uma base concreta para o que viria a ser denominado, por professores marxistas franceses, como ditadura dos credores !

Por outro lado, no caso brasileiro a dívida pública não foi contraída para cobrir déficits do orçamento primário, nem para financiar investimentos de longo prazo, o que seria até razoável. Relatório de 2010 do TCU-Tribunal de Contas da União, sobre o desempenho da economia brasileira, esclarece: 

...o aumento da dívida bruta resulta da acumulação de ativos e passivos constituídos para fins de capita­lização da Petrobrás e de outras empresas estatais, de emissões de títulos em favor de entidades gestoras de políticas públicas e programas oficiais de fomento (caso do BNDES) e do custo de manutenção das reservas internacionais. (www.tcu.gov.br/contasdogoverno

É provável que a explicação, correta, dada pelo TCU, tenha sido em resposta ao impacto (social e/ou político) do aumento do indicador dívida bruta/PIB, de 57,7% para 60,9% do PIB, entre 2008 e 2009, anos de eclosão da crise internacional. É provável ainda que por isto, o Governo elevou a taxa de juros para 10,7% a.a em 2010, com o apoio de um crescimento robusto do PIB nesse mesmo ano, 7,5%. Com a inflação em torno de 6%, nesse ano de 2010, a taxa SELIC praticada aproximou-se , em valores reais, de 5%, mantendo-se portanto em patamar compatível com o desempenho da economia. 

Nos anos posteriores, a perda de dinamismo do crescimento econômico recomendaria redução da taxa real de juros. Foi o que fez o governo Dilma, corretamente. Na falta de suporte político, que imputamos às finanças internacionais e aos rentistas domésticos, teve que recuar e assumir uma rota de risco, isto é, sustentar riscos crescentes de aumento do custo de rolagem da dívida pública, frente ao crescimento fraco e à inflação em ascensão. Uma opção que, apesar dos riscos, garantiu a continuidade das políticas sociais e a vitória nas eleições de outubro de 2014, quando representantes das finanças internacionais e seus aliados internos mostraram claramente o rosto e suas reais intenções de redirecionar a economia brasileira. Derrotados, passaram a fomentar uma crise política de dimensões ainda incalculáveis, tirando das gavetas e dos arquivos a coleção de provas, desveladas por delatores, referentes á operação Lava Jato, com o apoio sempre presente das agências internacionais de avaliação de riscos. 

Concluindo, é necessário atentar para a ausência, nesse texto, de referências a outros estudos, de excelente qualidade, que vêm sendo feitos na Academia e por entidades específicas, como a Fundação Perseu Abramo e o grupo da Plataforma Política Social. Mas também de estudos desenvolvidos individualmente por professores universitários empenhados no mesmo propósito: entender a evolução da economia brasileira e da dívida pública para, em um segundo momento, elencar propostas com viabilidade técnica e política. Exemplo é o artigo inserido na bibliografia, de autoria de Rosa Marques e Patrick Andrade, que se destaca dentre todos, por sua abrangência e visão da história recente. Há muitos outros com o mesmo selo de qualidade. 


De MARQUES & ANDRADE retiro o parágrafo abaixo, com o qual me solidarizo integralmente. 


No campo estritamente econômico, ficou evidente que, sem enfrentar as grandes questões estruturais brasileiras, que inclusive perpetua sua inserção dependente no mercado mundial, e sem enfrentar os interesses do grande capital, nacional ou internacional, a margem de manobra para efetuar uma política autônoma, voltada para o mercado interno é muito reduzida. De um lado, o esforço em garantir a ampliação da demanda via políticas de renda, demonstrou ter um limite. De outro, a estratégia da parceria público–privado de certa forma também, posto que a capacidade de investimento do governo é reduzida (principalmente se considerarmos a punção que significa o pagamento da dívida) e que ...

Cabe aqui, também, agradecimentos ao Centro de Altos Estudos Brasil Século XXI, por ter oferecido ao público um documento tão valioso quanto o que está citado na bibliografia, com as principais estatísticas e evolução dos indicadores econômico-financeiros, nos últimos vinte anos. Mas também ao portal Carta Maior, principal lócus de divulgação do pensamento crítico brasileiro. E a todos os que debatem nossos problemas, via Internet, mantendo vivos o ardor e a esperança dos brasileiros que lutam por uma Pátria justa e soberana, exercendo dessa forma um direito de cidadania do qual o Brasil não pode prescindir.

BIBLIOGRAFIA
CENTRO DE ALTOS ESTUDOS BRASIL SÉCULO XXI. Vinte anos da economia brasileira. 1995-2014. Sob a coordenação de Gerson Gomes e de Carlos Antonio Silva da Cruz. Brasilia/DF, 2015.
MARQUES, Rosa e RODRIGUES ANDRADE Patrick. Brasil 2003 - 2015: balanço de uma experiência 'popular'. In Carta Maior. http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Política/Brasil-2003-2015-balanco-de-uma-experiencia-popular/4/34342&page=6, acesso feito em 26 de agosto de 2015


TESOURO NACIONAL. A Divida em grandes números. http://www.tesouro.fazenda.gov.br/pt/a-divida-em-grandes-numeros, acesso feito em 26 de agosto de 2015.
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO/TCU. Relatório sobre o desempenho da economia brasileira, 2010. In www.tcu.gov.br/contasdogoverno, acesso feito em 21 de agosto de 2015


Fonte: Carta Maior

Segue o link do Canal no YouTube e o Blog
Gostaria de adicionar uma sugestão, colabore com o NÃO QUESTIONE

Este Blog tem finalidade informativa. Sendo assim, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal. Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (inciso IX). As imagens contidas nesse blog foram retiradas da Internet. Caso os autores ou detentores dos direitos das mesmas se sintam lesados, favor entrar em contato.

BRASIL: CPMF, O SULTANATO RENTISTA E O GPS POLÍTICO DO GOVERNO



Dilma ficou sozinha na linha de tiro dos endinheirados. E recuou da CPMF. O governo trata dilemas históricos como se fossem problemas contábeis.
É na crise que a distribuição da riqueza adquire transparência transformadora na vida de uma sociedade.

Esse é o momento vivido hoje pelo Brasil.

Será desastroso não saber enxerga-lo.

Transformar essa transparência em um engajamento político capaz de destravar o Rubicão do desevolvimento, é o desafio que se impõe ao campo progressista nesse momento.

Não há muito tempo a perder.

A marcha desastrosa da recessão evidencia o acirramento da luta de classe dissimulado na chave do ‘ajuste’ fiscal.

O recuo do governo em relação à CPMF, a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, conhecida como ‘ imposto do cheque’, resume em ponto pequeno toda a nitroglicerina armazenada nessa encruzilhada histórica.

É inútil dar ao extraordinário um tratamento de rotina.

O governo esqueceu de mobilizar a fila do SUS em defesa da CPMF.

Tratou como esparadrapo contábil um conflito de interesses que condensa em ponto pequeno a dimensão distributiva dos impasses que paralisam a nação.

Na estimativa do próprio ministério da Fazenda, a nova CPMF poderia gerar uma arrecadação da ordem de R$ 80 bi.

Portanto, superior à meta anterior do ‘ajuste’ fiscal fracassado, de R$ 66 bi.

O que remete à pergunta óbvia.

Por que não se começou pela CPMF, em janeiro, quando o fôlego político era maior, ampliando o espaço para uma revisão negociada e gradativa do motor do crescimento?

A retomada da CPMF em meio à crispação atual só teria viabilidade precedida de um amplo debate com as forças sociais.

O elevado potencial educativo desse tributo poderia (pode?) gerar o discernimento social indispensável a uma reordenação econômica alternativa ao arrocho.

O recuo desgastante deste sábado evidenciou mais uma vez o erro de encaminhamento que pode ser resumido em uma constataçao: o governo ainda supõe existir uma solução genuinamente econômica para a crise que consome o país.

Não há.

E Brasília estourou o limite de crédito para errar no método.

Há uma chance de consertar o estrago?

Talvez.

Desde que o recuo seja transformado em ofensiva de comunicação com a sociedade e de negociação com seus distintos segmentos.

O que havia de tão especial na CPMF para isso?

A questão tributária condensa uma boa parte dos desafios que imobilizam o país e o Estado brasileiro.

A CPMF reúne de forma ostensiva as duas pontas do que está em jogo.

De um lado, a carência de recursos para um salto de abrangência e qualidade nos serviços essenciais e na infraestrutura.

De outro, a natureza parasitária de um pedaço da elite, que encara o país como um substrato a ser fagocitado, e resiste em assumir responsabilidades compartilhadas.

Sem as quais não existe sociedade, futuro e nem desenvolvimento.

A rejeição metabólica em pagar imposto é um sintoma desse divórcio de quem já montou apartamento Miami e transferiu o saldo para o HSBC suíço...

Vencer a guerra da opinião pública hoje no Brasil passa por fazer as perguntas que o conservadorismo não pode responder sem se autodenunciar.

A pergunta que a CPMF coloca para a sociedade e que o governo não soube explicitar tem a contundência de um despertador de quartel.

Numa intrincada transição de ciclo de desenvolvimento, como a atual, a sociedade deve privilegiar a saúde da população, ou o privilégio fiscal da riqueza financeira?

Curto e grosso: a fila do SUS ou a CPMF?

Macas nos corredores, ou fim do sultanato rentista incrustrado na nação?

Não faltam argumentos a quem quiser promover o discernimento do nosso tempo.

Bancos pagam menos impostos no Brasil que o conjunto dos assalariados.

Aplicações financeiras mantidas por dois anos pagam 15% sem qualquer progressividade.

Lucros e dividendos recebidos por pessoa física gozam de isenção fiscal desde 1996, gentileza concedida pelo governo do PSDB aos endinheirados.

Tem muito mais.

Artimanhas contábeis permitem que um banco lance o pagamento de dividendos dissimulados em despesa de juros sobre o capital próprio.

Não pagam imposto com essa artimanha. E o acionista beneficiado paga só 15%.

O imposto sobre o patrimônio dos ricos contribui com menos de 1% do PIB na composição da receita total do Estado brasileiro.

Estamos falando da vida leve de gente que compõe um circuito pesado.

Aos fatos.

O 15º relatório do BCG, Global Wealth 2015: Winning the Growth Game, aponta que, no ano passado, o Brasil, possuía US$ 1,4 trilhão em riqueza privada, à frente do México (US$ 1,1 trilhão) e Chile (US$ 4 bilhões). ]

Até 2019, ou seja, ao final do governo Dilma –tudo o mais inalterado no sultanato rentista-- estima-se que a fortuna financeira atingirá US$ 2,9 trilhões (maior que o PIB brasileiro do ano passado, US$2,2 trilhões).

Só nas contas dos especiais no país , os private banking daqui –sem contar lá fora-- o total das aplicações no final do semestre passado era de R$ 694 bilhões (dados do insuspeito jornal Valor de 28-08-2015).

Ou seja, mais de dez vezes a economia original prevista pelo arrocho fracassado de Joaquim Levy.

A expectativa dos managers do rentismo é de que essa piscina de Tio Patinhas chegue ao final de dezembro com uma cota entre 12% e 15% superior a atual.

Como?

Sem colocar nem um dedo do pé na atividade produtiva. E gozando dos juros, das benesses, isensões e mimos fiscais sabidos.

As fronteiras do sultanato podem ser ainda maiores.

Os dados considerados referem-se à contabilidade das operações financeiros sabidas e declaradas.

Embora não declarado, é sabido no entanto que o Brasil é proeminente nos rankings de sonegação urbi et orbi.

Um deles, o Tax Justice Network, situa o país como vice campeão mundial, atrás apenas da Rússia, respectivamente com 13,4% e 14,2% do PIB sonegados anualmente aos fundos públicos que financiam o presente e o futuro da sociedade.

Cálculos do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz) mostram que só no primeiro semestre de 2015, R$ 320 bilhões teriam sido sonegados no país.

Mais de R$ 1,1 trilhão seria a soma das dívidas tributárias acumuladas.

A maior fatia – R$ 723,3 bilhões – envolve grandes devedores: empresas que juntas representam menos de 1% das pessoas jurídicas registradas no Brasil, diz o Sinprofaz.

Assim por diante.

E com um agravante dramático.

Nem mesmo o que se consegue arrecadar efetivamente é canalizado de fato à redução dos abismos sociais e ao desenvolvimento produtivo.

Filtros de classe se impõem pelo caminho

A dívida pública é o principal deles.

Ela funciona como uma espécie de reforço na regressividade do sistema fiscal brasileiro.

Assemelha-se a um enforcador que subordina o princípio da solidariedade à primazia rentista.

O mecanismo ‘autossustentável’ ganhou seu upgrade com a ascensão da agenda neoliberal que privilegiou o Estado mínimo em todo o mundo.

Em vez de arrecadar, a lógica do mainstrem recomenda isentar os ricos – para que eles se sintam encorajados a investir...

Sem espaço político para taxar o sultanato rentista --como se viu mais uma vez agora, com o cerco em torno da CPMF, o governanante é levado a compensar a anemia tributária com endividamento público.

Toma emprestado e paga juros por aquilo que deveria arrecadar taxando heranças, operações financeiras, dividendos, fortunas, remessas, etc.

A dívida cresce.

Engessa o futuro do desenvolvimento.

Eleva a dependência em relação ao mercado financeiro.

É uma corrida para frente infernal.

Quando a economia desacelera e a receita cai, o pedal trava e o insustentável explode no colo do Estado impondo escolhas difíceis.

Esse é o momento em que se encontra o Brasil.

O imenso piquete de engorda do capital rentista representado pela dívida pública já consome 7,5% do PIB em juros.

Deve bater em 8% até o final do ano, graças a uma Selic generosa de 14,25% -- a taxa de juro mais alta do mundo.

Essa singularidade faz do Brasil uma excrescência financeira.

Um paraíso de bombeamento fiscal de perversidade jamais vista em nenhum outro lugar do planeta.

Nem mesmo em economias reconhecidamente asfixiadas por uma relação dívida pública/PIB duas ou três vezes superior à brasileira, regstra-se deslocamento de riqueza semelhante aos rentistas.

Casos de Espanha, Portugal e Grécia, por exempo, em que o total do juro pago equivale, respectivamente, a 2,5%, 4% e 4,5% do PIB.

O sultanato brasileiro –do qual fazem parte também bancos, empresas etc- reúne pouco mais que 71 mil pessoas, segundo o Ipea.

A renda mensal é superior a 160 salários mínimos.

Essa ínfima parcela de 0,05% da população controla 14% da renda total do país.

E detém quase 23% da riqueza financeira (ações, moedas, aplicações, títulos públicos etc)

Aspas para o jornal Valor de 10-08-2015:

‘As pessoas mais ricas do país, que ganham mensalmente mais de 160 salários mínimos, pagam muito pouco imposto de renda. Os dados divulgados no mês passado pela Receita Federal, em sua página da internet, mostram que esse grupo de cidadãos paga ao leão apenas 6,51% de sua renda total.’

Dito de modo ainda mais claro: o píncaro da riqueza brasileira tem 65,8% do total de seus rendimentos isentos.

É a serviço desse sultanato que o jornalismo isento, o PSDB, os cunhas, mirians, sardenbergs e assemelhados abriram fogo cerrado contra o governo, obrigando-o a retroceder no propósito de taxar esse caudal obsceno com uma aliquota de 0,38% sobre operações financeiras.

É esse o teor explosivamente pedagógico da CPMF.

O recuo avulta seu paradoxo quando se verifica quem de fato foi derrotado do outro lado.

O SUS, o maior sistema público de cobertura universal de saúde do mundo. Um dos maiores trunfos da luta pela construção de uma demcracia social no país.

Criado pela Constituição de 1988, hoje ele atende a 75% da população brasileira.

O médico e ex-ministro da Saúde, Adib Jatene (1929-2014), criador da CPMF, que morreu defendendo o tributo, enchia o peito de orgulho quando falava do SUS: 

‘Anualmente, o SUS interna 11 milhões de pessoas, faz 3 milhões de partos, 400 milhões de consultas. Nós erradicamos a poliomielite, o sarampo, a rubéola. Nós vacinamos mais do que qualquer país do mundo. Temos um programa de combate à Aids que é referência internacional. Fazemos hemodiálise para uma quantidade brutal de pessoas. Cirurgias complexas. Os transplantes de fígado feitos no Hospital Albert Einstein é o SUS que paga. Oncologia, medicamentos que os planos de saúde não cobrem... É um trabalho tão grande, que a população que pode (financeiramente) deveria vir ajudar espontaneamente, e não obrigada por tributos’.

O gigante, porém, soçobra.

Dos quatro mil procedimentos hospitares incluídos hoje na lista do SUS, 1500 estão com tabelas de remuneração gritantemente defasadas.

Consultas de média especialidade, um gargalo histórico do sistema, estão sendo acudidas pelo exitoso programa ‘Mais Médicos’.

Mas o funil dos exames e cirurgias trava a engrenagem e assume contornos de uma bola de neve insustentável.

Um dado resume todos os demais nessa equação: o gasto per capita ano com saúde no Brasil é de U$S 483; na Inglaterra, por exemplo, é de US$ 3 mil.

Que o governo tenha perdido a guerra da CPMF para uma realidade numérica tão exclamativa, que reúne, em uma margem, 0,05 da população detentora de 23% da riqueza financeira, isenta em 65,8% dos rendimentos; e de outro, um sistema de saúde que atende 150 milhões de brasileiros, mas se debate com déficit de recursos a ponto de manter uma defasagem de 90% no valor pago pelo tratamento de uma pneumonia, e ter fechado 15 mil leitos nos últimos cinco anos, é merecedor de reflexão.

Parece evidente que há um problema no GPS político do governo.

Que o leva insistentemente a tratar dilemas históricos como se fossem problemas contábeis.

Dando com o nariz na porta de quem não quer ouvi-lo.

E a negligenciar aqueles que de fato podem ajudá-lo a repactuar os rumos da economia e da nação.


Fonte: Carta Maior

Segue o link do Canal no YouTube e o Blog
Gostaria de adicionar uma sugestão, colabore com o NÃO QUESTIONE

Este Blog tem finalidade informativa. Sendo assim, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal. Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (inciso IX). As imagens contidas nesse blog foram retiradas da Internet. Caso os autores ou detentores dos direitos das mesmas se sintam lesados, favor entrar em contato.

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

ARTE NA PELE: PROJETO CRIA TATUAGENS INCRÍVEIS PARA SOBREVIVENTES DE CÂNCER DE MAMA


Depois de ganhar a luta contra o câncer de mama, muitas mulheres precisam conviver diariamente com outro problema: as cicatrizes deixadas pela doença (metafórica e literalmente). Algumas vezes pode ser difícil se reconhecer com tantas mudanças. É aí que muitas delas encontram nas tatuagens uma nova forma de beleza para seu corpo.

Após passar por uma mastectomia, cirurgia que retira um seio ou uma parte dele, essas mulheres recorrem a artistas para que as cicatrizes ganhem um novo significado em seus corpos. Mais do que o efeito estético, as artes ajudam as mulheres a se sentirem novamente bonitas.

O projeto Personal Ink, ou simplesmente P. Ink, é uma maneira de ajudá-las a encontrar o desenho perfeito para estampar seus corpos e colocá-las em contato com tatuadores que possuam experiência em tatuagens do gênero. O resultado deste projeto são algumas das imagens abaixo:












Todas as imagens © P. Ink


Segue o link do Canal no YouTube e o Blog
Gostaria de adicionar uma sugestão, colabore com o NÃO QUESTIONE

Este Blog tem finalidade informativa. Sendo assim, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal. Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (inciso IX). As imagens contidas nesse blog foram retiradas da Internet. Caso os autores ou detentores dos direitos das mesmas se sintam lesados, favor entrar em contato.