Segundo comunica a agência turística russa Rosturism, agora se encontram a descansar no Egito mais de 50 mil russos. A estes se juntarão, dentro em breve, mais 2,5 mil. Apesar das recomendações e avisos emitidos pelo Ministério das Relações Exteriores, os russos, bem dispostos e inspirados pelas férias, não se apressam a alterar os seus planos. Fazem-no sem recear perder o dinheiro pago pela viagem. Nesta situação, os turistas têm o direito de adiar a viagem, mudar o país de destino ou até reivindicar a devolução da soma. Se alguém, já no Egito, depois de avaliar a situação in loco, toma a decisão de regressar, poderá fazê-lo com facilidade, disse à emissora Voz da Rússia a diretora executiva da Associação de Operadores Turísticos, Maia Lomidze:

"Não temos tido problemas com os turistas russos que se encontram no Egito. As zonas balneárias, as redes hoteleiras e os guias estão trabalhando em regime normal. Na quinta-feira, cinco ou sete pessoas decidiram suspender as férias. Ligaram-nos a perguntar como seria melhofazê-lo r. Para tal é preciso pedir atendimento da agência de viagens anfitriã, que deverá oferecer bilhetes para os vôos de regresso e fazer chegar as pessoas a casa, sem nenhum pagamento adicional."
0Por isso, Moscou não vê a necessidade de evacuar com urgência seus cidadãos. Mas se tal for necessário, os aviões do Ministério das Situações de Emergência estão prontos a partir para ir buscar os turistas. Além disso, o Ministério da Aviação Civil já tem um plano de retirada em circunstâncias da força maior.

As companhias aéreas russas não pretendem cancelar os vôos para Egito programados. Uma fonte ministerial disse "não haver planos de proibir os vôos", realçando que o aviso do Ministério das Relações Exteriores não passa de uma recomendação. Entretanto, o Ministério do Turismo sugere que os operadores suspendam o envio de turistas para as zonas de perigo.

É que no caso de cancelamento de viagens para o litoral do Mar Vermelho no período compreendido entre os fins de agosto e o mês de outubro as perdas de companhias russas poderão rondar os 35 milhões de dólares. Mas a situação não é tão crítica como foi em 2011, altura em que faliram muitas agências de viagens de pequena dimensão, especializadas em viagens para o Egito. Hoje, existem poucas empresas desse gênero, afirma Roman Rybakov, chefe do serviço informativo da agência Tez Tour.

"Nosso negócio não será afetado de forma sensível. Nos últimos dois anos, a vertente egípcia, apesar de ser massiva, não foi muito rentável. O auge da temporada turística ainda não chegou. Esperamos que a situação possa se normalizar nos próximos meses quando a temporada atingir o auge. Os egípcios estão interessados nisso devido ao elevado peso do setor turístico na economia nacional."

Ao mesmo tempo, os egípcios empregados no segmento do turismo estão em pânico. Se os turistas desistirem de viagens ao seu país, eles não terão meios de sustentar as famílias, constata Maksim Orlov, do projeto comercial Maks Safari:

Tal cenário significaria um colapso do setor turístico do Egito, visto que a maior parte do PIB se baseia em receitas procedentes do turismo. Na pior das hipóteses, muitas pessoas perderão o emprego e ficarão sem meios de subsistência vital. Daí o pânico e a grande preocupação, as pessoas até se põem a chorar por causa disso."

Enquanto isso, os diplomatas dos países europeus, cujos habitantes gostam de passar férias na costa do Mar Vermelho, insistem no cancelamento das viagens ao Egito. A Finlândia anunciou que, até segunda-feira, deverá retirar seus cidadãos, quer eles queiram, quer não.


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