Quem aí quer dar um mergulho no universo artístico poderoso da atualidade? A 12ª edição da SP-Arte reunio 140 galerias de arte do Brasil e do mundo, traz novidades contemporâneas e alguns clássicos modernos, além de incluir pela primeira vez um setor dedicado ao design.
Nosso giro por lá começou pelo térreo, onde estão obras contemporâneas bem interessantes e com aquele ar hypado que a gente ama. Para mencionar alguns exemplos deste parque de diversões dos amantes de arte, a galeria Choque Cultural apresenta obras inéditas de Daniel Melim, que segundo a galerista Mariana Martins – que exibe seus doces de acrílico no evento -, foram feitas especialmente para a feira.
O estande também conta com peças de Jaca, Matias Picón, Rafael Silveira, com destaque para as molduras incríveis que contornam suas pinturas; os neons de Alê Jordão; duas telas de Teccom o desenho que também ilustra uma das empenas cegas do Minhocão; e ainda a instalação“Praças (im)Possíveis”, do coletivo BijaRi, com a proposta de ser uma praça móvel a partir de bicicleta.
Vale a pena ver de perto também uma série de trabalhos bem diferentes feitos pela artista Iris Helena, representada pela galeria Portas Vilaseca. Sua técnica consiste em aplicar fotografias nas mais diversas plataformas, como numa série de post-its, formando um grande painel; ou em fragmentos erodidos de parede, cartelas de remédio e até mesmo papel higiênico.
Impressionante e delicadas, as obras têm fotos impressas a partir de um jato de tinta.
Quem não passa despercebida pela feira são as peças e letreiros em neon. A galeria Baró exibe a chamativa tela “Extraña devoción (strange devotion)”, do chileno Ivan Navarro. Produzida a partir de neon, madeira, tinta, timer, espelho, vidro espelhado e energia elétrica, é uma explosão de luzes coloridas, criando um túnel que dá vontade de mergulhar dentro.
Ainda dá para conferir de pertinho um famoso quadro com uma caveira tridimensional do britânicoDamien Hirst, um dos artistas mais cobiçados do mundo. No estande da Other Criteria, são apresentadas obras lindas do artista, com foco em borboletas. Tem também uma tela dos brasileiros Osgemeos, representados pela galeria Fortes Vilaça, que em 2014 bombou após uma exposição fascinante da dupla em SP.
Observando uma estante de livros com plantas enraizadas entre eles, estava a artista Delba Marcolini. Como nós duas estávamos apaixonadas pelo trabalho, começamos a bater papo.
Descobri que sua paixão mesmo é pelo tear manual, arte que domina há 25 anos “É muito trabalhoso. E sempre eu faço do primeiro ao último nó do trabalho. Leva cerca de 2 meses cada peça“, disse. Depois de ganhar até prêmios internacionais, exibe suas obras têxteis pela primeira vez na SP-Arte.
Entre os estandes que achei mais interessantes (são muitos, socorro!) estão galeria Carbono, galeria Leme, Zipper Galeria, galeria Pilar, Casa Nova Arte e Cultura Contemporânea, galeria Inox e Referência Galeria de Arte. Na ala internacional tem várias coisas bacanas, mas destaco que vale a pena visitar a Stephen Friedman Gallery, El Museo, Arredondo/Arozarenae Neugerriemschneider.
Os amantes do design também encontram exemplos desta arte durante a 12ª edição do salão. Exemplo disso é a ala dedicada aos Irmãos Campana, que são ícones dentro do design brasileiro. No estande da Universidade Belas Artes estão peças bacanas de ex-alunos, como a poltrona Avante e o banquinho Escher do Estúdio Cipó, em exposição. Além disso, o Coletivo Amor de Madre, Mercado Moderno, e outros marcam presença.
Perca-se nas curvas projetadas por Oscar Niemeyer ao redor da Bienal e não vá embora sem dar uma conferida nos estandes das livrarias. Comprei livros de arte de Alex Vallauri e de Eduardo Srur por 100 dilmas muito bem pagas e com descontinho amigo. #ficadica. Acompanhe também a programação, que envolve talks gratuitos e performances.
“The soul will always do what it needs to do” – da britânica Tracy Emin via Galeria Carbono
Todas as fotos © Brunella Nunes
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