Cerca de 80% dos casos de violência sexual contra crianças e adolescentes têm origem na própria família. O agressor pode ser um primo, tio, irmão, ou mesmo o próprio pai. Uma realidade absolutamente chocante, que lembra por que precisamos continuar debatendo esse assunto.
Apesar disso, alguns destes crimes acabam nunca sendo denunciados, por serem acobertados por outros membros da família, que muitas vezes não querem acreditar no que ocorreu. Essa seria a situação da adolescente Micaela, de 17 anos, caso a escola em que estudava não percebesse os abusos de seu pai.
Micaela conta que foi abusada sexualmente desde os quatro anos. “Ele tinha um gorila e uma ursinha de pelúcia, e me dizia que os dois eram noivos, e que ele iria me ensinar a brincar. Joguei Chicho, o gorila, longe mil vezes, na esperança que tudo fosse terminar“, escreveu a adolescente na página do Facebook Por Una Infancia Sin Dolor (“Por uma Infância sem Dor”), criada para compartilhar sua experiência e ajudar pessoas que passam pela mesma situação.
“Quanto mais você resistir, mais vai doer” – meu pai enquanto abusava de mim
Quando os abusos foram descobertos, após uma avaliação psicopedagógica, a menina e sua mãe deixaram a casa da família, em Buenos Aires, e denunciaram o pai. Porém, Micaela acredita que a mãe não quer vê-lo preso, pois possui outro filho de 7 anos e não trabalha, de modo que necessita do apoio financeiro oferecido por ele para comprar alimentos. Mesmo assim, oprogenitor já não tem contato com nenhum dos dois filhos.
É por histórias como esta que precisamos falar sobre abuso sexual dentro da própria família, já que, como lembra Micaela em outro texto publicado através da rede social: “Me custou muito entender, mas nós não tivemos culpa, e a vergonha tem que ser do abusador, não nossa.”
E conclui com outra importante lição: “É por isso que mostro minha cara e digo a todos vocês, que caso saibam de algo, não olhem para o outro lado“.
“Ao meu progenitor que abusou de mim por anos, quantas vezes quis, aos que querem que eu esqueça tudo e guarde silêncio, aos que foram cúmplices, aos que me deixaram sozinha quando fiz a denúncia, aos que não acreditam em mim, aos que negam o abuso sexual infantil, tudo volta. Vocês não sabem o que se sente e por isso preferem calar e olhar para o outro lado, mas a vários a vida me fez olhar de novo nos olhos e, assim, tive oportunidade de perguntar por que não fizeram nada. Não nos vão calar! Nunca mais grito sem voz!“
As crianças não mentem #PorUmaInfânciaSemDor
Não ao abuso sexual infantil
“Só estamos brincando” – meu pai enquanto abusava de mim
Abusador livre
Em todo o país dizemos “basta”. Justiça para todos. Nenhuma criança a menos
“Tenho medo, não quero dormir”; “Ninguém vai acreditar em mim”; “Não toque no meu corpo”…
O abuso pode ter terminado, mas a vergonha, a dor, o medo e o sentimento de culpa NÃO.
Todas as fotos: Reprodução Facebook
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