O Exército da Índia acusou nesta terça-feira o Paquistão pela morte de cinco soldados na região de fronteira da Caxemira, um ataque que acontece durante uma aproximação entre os países para retomar as negociações de paz, de acordo com informações da agência Reuters.
Essas conversas haviam sido interrompidas em janeiro, depois de um ataque na região que terminou com um soldado indiano decapitado. O ministro-chefe do Estado de Jammu e Caxemira, Omar Abdullah, afirmou, por meio do Twitter, que foi informado na manhã desta terça sobre a morte de cinco soldados na área de fronteira, situada na região do Himalaia, e enviou seus “sinceros pêsames a seus familiares”.
Ratanjit Pratap Narain Singh, ministro do Interior da Índia, classificou o incidente como muito infeliz. “Se o Paquistão quer ter melhores relações com a Índia, esse não é o caminho”, disse na saída do Parlamento, em Nova Délhi.
De acordo com a imprensa indiana, tropas paquistanesas entraram no território da Índia durante a madrugada, pouco depois da meia-noite, e atacaram um grupo de soldados indianos que patrulhavam perto da Linha de Controle, que separa os dois países.
Fontes de segurança paquistanesas, que pediram o anonimato, disseram à agência EFE que não houve ataque e que as tropas do Paquistão não cruzaram a fronteira. Além disso, o Exército paquistanês acusou, por sua vez, à Índia de ter matado um soldado do país e ferido outro gravemente há dez dias.
Diálogo
O ataque poderia afetar os planos para a retomada do diálogo de paz entre os dois vizinhos rivais, que devem negociar no final deste mês a gestão da bacia hidrográfica que os países compartilham.
O ataque poderia afetar os planos para a retomada do diálogo de paz entre os dois vizinhos rivais, que devem negociar no final deste mês a gestão da bacia hidrográfica que os países compartilham.
Além disso, o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, e o recentemente eleito líder paquistanês, Nawaf Sharif, devem se encontrar em setembro na Assembleia Geral da ONU em Nova York.
A troca de tiros na fronteira é comum na região da Caxemira, que é dividida entre Paquistão e Índia e um fator de disputa entre os países desde a partilha do subcontinente e sua independência do Império Britânico, em 1947.
Em janeiro, ocorreram vários conflitos armados na Caxemira que terminaram com a morte de cinco soldados: dois indianos e três paquistaneses. A Índia denunciou na época o Paquistão de ter decapitado um de seus soldados, mas a acusação foi rejeitada pelos paquistaneses.
Os dois países possuem, desde o final dos anos 1990, armas nucleares e travaram duas guerras e outros conflitos menores nas últimas seis décadas pela soberania da Caxemira. Além disso, os dois países têm dezenas de milhares de soldados mobilizados na fronteira da Caxemira, uma das mais militarizadas do planeta.
Islambad e Nova Délhi retomaram em 2011 o processo de paz que a Índia tinha suspendido três anos antes por causa de um atentado de terroristas paquistaneses na cidade de Mumbai. Esse diálogo tem o difícil objetivo de resolver disputas como a da Caxemira.
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