A saída abrupta da advogada Beatriz Catta Preta da Lava Jato, e a sua anunciada intenção de morar em Miami, gerou inúmeras interrogações pouco ou nada contempladas pelo furor investigativo da mídia isenta.
Catta Preta ocupou papel decisivo na trama, tendo sido parceira e braço direito do juiz Moro na condução das delações premiadas --que alguns preferem denominar de delações chantageadas. O rumo do processo responsável por alvejar a Petrobras, fragilizar o pré-sal e alimentar o cerco golpista ao governo Dilma possivelmente não seria o mesmo sem a sua azeitada parceria com o juiz Moro, que saiu em sua defesa contra a tentativa de integrantes da CPI da Petrobras de convocá-la a depor.
A nebulosa motivação da renúncia, repita-se,pouco investigada pela mídia sempre tão operosa em outras pautas, envolveria uma mudança no depoimento de um de seus clientes no caso, Júlio Camargo. A contragosto da Catta Preta e de suas orientações, Camargo teria mudado a delação ao juiz Moro, para acrescentar a denúncia do achaque de US$ 5 milhões de Eduardo Campos, presidente da Câmara e assumido operador do cerco para a derrubada do governo Dilma.
A decisão da advogada, tudo indica, envolve portanto mais do que a determinação de desfrutar uma vida de fastígio, sombra e água fresca em Miami, flutuando nos R$ 22 milhões que faturou na Lava Jato como responsável por nove das 18 delações consumadas na operação.
Sejam quais forem as suas razões, Beatriz Catta Preta é uma pauta quente da República e o fato de não ser tratada assim nas redações do dispositivo conservador apenas reforça essa percepção.
Um pouco do que se sabe dela, para além do semblante contido pelo aro de óculos de secretária-executiva, foi publicado no site do jornal i9, em novembro do ano passado. A advogada pertence a uma família influente em Minas Gerais, tendo um primo nomeado desembargador pelo governo do PSDB. No escritório de advocacia dos Catta Preta, em Belo Horizonte, militam ativos membros da confraria digital dos apoiadores de Aécio e militantes anti-Dilma e anti-PT. É um direito legítimo. Assim também como é legítimo arguir o que isso tem a ver com as induções, manipulações, vazamentos e, sobretudo, com a seletividade das denúncias e delações na Lava Jato.
Fonte: Carta Maior
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