segunda-feira, 30 de junho de 2014

DEZ AGRESSÕES QUE MARCARAM A HISTÓRIA DAS COPAS

    Lance de Suárez já se tornou um dos mais polêmicos da Copa 2014

A Fifa anunciou nesta quinta-feira, a punição do atacante uruguaio Luiz Suárez pelo ataque ao zagueiro italiano Giorgio Chielini durante a partida entre Itália e Uruguai pelo grupo D da Copa do Mundo.

Pela mordida dada em Chielini, Suárez ficará suspenso por 9 jogos oficias do Uruguai e não poderá participar de nenhuma atividade futebolística nos próximos 4 meses.

Luiz Suárez, autor dos dois gols do Uruguai na vitória de 2 a 1 sobre a Inglaterra, e considerado o jogador mais importante da celeste, agora desfalca a seleção de seu país no momento em que o time se prepara para enfrentar a Colômbia em jogo decisivo pelas oitavas-de-final.

Ele já tinha cometido a mesma agressão anteriormente, em clássicos pelas ligas locais de Holanda e Inglaterra.

Relembre outras 10 agressões famosas em Copas do Mundo:
A 'agressão' de Garrincha (1962)

  Mané Garrincha acabou expulso da partida

Bastante tranquilo e às vezes até considerado displicente dentro de campo, Mané Garrincha suportou, como sempre, as duras faltas que sofreu durante toda a semifinal da Copa do Mundo de 1962 diante do Chile, em Santiago. Com a lesão de Pelé, ele havia se tornado o protagonista daquele time, marcando inclusive dois gols na vitória por 4 a 2 que levaria o Brasil à final.

Mas com o jogo já decidido, aos 37' do segundo tempo, Garrincha resolveu provocar o zagueiro chileno Eladio Rojas, tocando as nádegas do rival numa brincadeira quase inocente. O problema é que o assistente - naquela época chamado simplesmente de bandeirinha - viu o pequeno pontapé e contou para o árbitro, que expulsou Mané. No julgamento da Fifa, quando o jogador podia ficar fora da final, o Brasil agiu nos bastidores e o craque acabou absolvido.
A Batalha de Santiago (1962)

Era para ser só um jogo de primeira fase de Copa do Mundo entre os donos da casa e a bicampeã Itália. Mas acabou como uma batalha campal diante de quase 70 mil pessoas. Tudo começou com dois jornalistas italianos criticando o país que sofreu para organizar a Copa em meio ao terremoto de Valdivia, em 1960, um dos maiores da história, o que acirrou os ânimos entre as equipes.

  Chile x Itália acabou conhecido como a 'Batalha de Santiago'

No fim das contas, o jogo marcado por uma incrível sequência de socos, pontapés e ríspidas discussões terminou 2 a 0 para o Chile, com dois jogadores expulsos pelo lado italiano e um nariz quebrado, também entre os europeus. Além da arbitragem, quem teve trabalho foi a polícia, que precisou conter os jogadores várias vezes no gramado.
A cotovelada de Pelé (1970)

"Não é aquele negócio de dar, tem de saber fazer", afirma o zagueiro Piazza no filme Pelé Eterno em relação ao lance em que o atacante brasileiro solta uma forte cotovelada no uruguaio Dagoberto Fontes.

A irritação de Pelé teria começado ao sofrer um pisão de Fontes já fora do lance. Segundo relato de parceiros de time, ele marcou o número da camisa de Fontes até o momento mais propício. E, numa arrancada pelo lado esquerdo do ataque, soltou o cotovelo no adversário de modo em que ainda forçou uma situação para não ser flagrado pelo árbitro. Dito e feito, foi marcada falta para o Brasil.
Schumacher arranca dentes de Battiston (1982)

Semifinal da Copa de 1982, a França busca o ataque num lançamento de Platini para Battiston. E o ataque para por aí. O francês, que entrara dez minutos antes, foi atingido em cheio pelo goleiro alemão Schumacher numa das cenas mais impactantes da história das Copas. A vítima acabou perdendo três dentes e caindo de forma assustadora. Platini, depois, chegou a dizer que imaginou que o colega estava morto.

  Battiston acabou saindo de maca da partida

O árbitro holandês Charles Corver não assinalou falta, Schumacher seguiu em campo, e a Alemanha foi para a final após disputa por pênaltis. Anos depois, o goleiro alemão pediu desculpas ao francês, que aceitou e acabou com qualquer polêmica entre ambos.
O samba irritou Maradona (1982)

Na segunda fase da Copa do Mundo de 1982, a seleção brasileira enfrentou a Argentina no Estádio do Sarriá, em Barcelona, e confirmou a boa fase ao abrir três gols de vantagem com Zico, Serginho e Junior - esse último ficou eternizado pela comemoração do brasileiro, que sambou na linha de fundo.

Na segunda etapa, a talentosa equipe brasileira trocava passes e levava a torcida ao delírio na Espanha. Mas o camisa 10 rival, um então jovem Diego Maradona, perdeu a cabeça numa bola dividida no meio campo e chutou, com a sola do pé, o brasileiro Batista, num lance violentíssimo. Maradona foi expulso, e o Brasil seria eliminado dias depois.
Gentile caça os craques em Barcelona (1982)

Contra a Argentina, o italiano Claudio Gentile levou o cartão amarelo com apenas um minuto de jogo; diante do Brasil, 13 minutos foram necessários para o italiano receber a mesma punição do árbitro. Os alvos? Principalmente Maradona e Zico, criativos meias dos elencos sul-americanos.

Essa postura, de incansável marcador que não poupava as entradas faltosas, rendeu a fama de Gentile naquela segunda fase de Copa do Mundo, quando a presença do italiano colado nos principais jogadores rivais é facilmente notada em qualquer vídeo de melhores momentos daquele Mundial.

No fatídico duelo contra o Brasil, um lance famoso tem Zico mostrando a camisa rasgada por Gentile dentro da área, nada que a arbitragem interpretasse como pênalti. No fim, eliminação brasileira com vitória italiana por 3 a 2.
O cotovelo de Leonardo (1994)

O Brasil, que chegou à Copa do Mundo sob desconfiança, encontrou os Estados Unidos nas oitavas de final num jogo especial para os então donos da casa, o 4 de julho, dia da independência norte-americana. E aquela partida acabou se tornando uma das mais complicadas do caminho até o título.

Isso porque no final do primeiro tempo o lateral Leonardo deu uma cotovelada no rival Tab Ramos, que acabou substituído. O Brasil sofreu, venceu por 1 a 0 debaixo de muito sol em San Francisco - o jogo começou às 12h30 - e Leonardo acabou suspenso por toda a Copa, abrindo caminho para Branco assumir a posição e ser protagonista do jogo seguinte, contra a Holanda.
Festa dos cartões na Alemanha (2006)

A seleção de Portugal passou pela Holanda nas quartas de final da Copa de 2006 em vitória por 1 a 0, gol de Maniche, mas poucos torcedores lembram de lances do jogo que não sejam aqueles que protagonizaram o maior número de cartões da história das Copas.

Em 90 minutos, 16 jogadores viram o cartão amarelo, sendo que quatro deles, dois de cada lado, tiveram a "honra" por duas vezes e acabaram expulsos. O curioso é que o jogo só teve 25 faltas, o que mostra bem a intensidade das entradas distribuídas por ambos os elencos.

Outra cabeçada de Zidane (2006)

  Zidane reagiu a provocação de Materazzi com uma cabeçada

Oito anos depois de decidir uma final de Copa do Mundo com dois gols de cabeça sobre o Brasil, o francês Zinedine Zidane, já na condição de craque consagrado mundialmente, usou a cabeça de outra forma numa decisão, esta a de 2006 contra a Itália.

Já no segundo tempo da prorrogação, com o jogo empatado por 1 a 1, Zidane se irritou com uma provocação de Materazzi e deu uma cabeçada no peito do zagueiro rival. Expulso, ele revelou depois que o italiano havia insultado a família do francês. Sem Zidane, a França perdeu nos pênaltis e a Itália foi tetracampeã do mundo.

A voadora de De Jong (2010)

Volante holandês não poupou Xabi Alonso

A Espanha foi campeã mundial em 2010 vencendo a Holanda na prorrogação. Mas a tarefa podia ter sido facilitada caso o árbitro Howard Webb mostrasse o cartão vermelho para De Jong.

O volante holandês errou completamente o tempo de bola e não segurou a perna para dar uma voadora no peito de Xabi Alonso. O lance, apesar de visualmente muito forte, rendeu apenas um cartão amarelo.

"Foi um verdadeiro chute de kung fu", disse o espanhol à BBC dias depois.

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