Em Hong Kong, cidadãos foram às ruas em protestos recentes contra a China continental
O chefe do executivo de Hong Kong, Leung Chun-ying, anunciou esta semana que estuda a possibilidade de reduzir em 20% o número de turistas chineses que visitam a região.
O governo ainda não informou como restringirá sua entrada no país e ouvirá diferentes grupos, incluindo representantes do setor turístico, antes de aplicar a medida.
Hong Kong possui 7 milhões de habitantes, mas recebeu no último ano 54 milhões de turistas, 75% deles vindos da China.
O fluxo vindo do país vizinho aumentou 16,7%, em relação ao último ano.
A previsão é de que em 2023, 100 milhões de chineses cruzem a fronteira em direção a Hong Kong, segundo o Conselho de Turismo dessa Região Administrativa Especial da China.
Viagens curtas
Dados do mesmo organismo apontam que cerca de 60% dos turistas chineses realizam viagens curtas, de um dia de duração, para fazer compras.
Em média, cada visitante gasta cerca de R$ 2.300,00 por dia, o que representa uma receita global de R$ 98,5 bilhões por ano.
Em entrevista à BBC, Ronald Leung, um dos organizadores dos recentes protestos anti-chineses em Hong Kong é a favor da consulta, que o governo pretende realizar.
"Espero que haja mais debate, porque, no momento, só temos uma proposta", disse ele. "Achamos que o número total pode ser reduzido em mais de 20%".
Impacto na economia
Turistas lotam a Avenida das Estrelas, em Hong Kong, durante o Dia do Trabalho
Opositores ao projeto alertam que um corte dessa proporção, nos cerca de 40 milhões de turistas vindos da China, pode gerar um forte impacto negativo na economia local.
De acordo com a imprensa local, na quinta-feira (29), um relatório foi entregue ao governo central em Pequim alertando sobre a possibilidade de redução do fluxo de turistas chineses em Hong Kong, devido aos "inconvenientes" causados aos habitantes nos últimos anos.
Os pesquisadores baseiam seu parecer em entrevistas feitas com residentes da ex-colônia britânica.
A equipe chinesa constatou ao longo de diferentes viagens que a entrada massiva de turistas continentais afeta diretamente a opinião pública em Hong Kong e que um ajuste seria necessário.
Manifestações
Nos últimos meses, a ilha tem sido palco de manifestações contra o crescente número de turistas chineses, que lotam suas principais zonas comerciais.
Eles são acusados de serem responsáveis por inflar o preço de imóveis e de outros bens de consumo.
Munidos de malas ou grandes pacotes, muitos moradores de Shenzhen, cidade localizada na fronteira entre China e Hong Kong, aproveitam o final de semana para se abastecerem de alguns produtos, e mesmo revendê-los posteriormente no continente.
Alguns artigos têm venda limitada a um determinado número de unidades, para conter a demanda de estrangeiros e evitar o fim dos estoques.
Identidade
Um estudo publicado pela Universidade de Hong Kong no último ano e publicado pelo jornal South China Mornig Post aponta que 4 em cada 10 habitantes se identifica como cidadão de Hong Kong.
Isso representa um aumento de 11% no número de pessoas que não se definem como chinesas.
O aumento da rivalidade entre vizinhos também pode ser sentido nos vídeos que circulam nas redes sociais e ilustram, frequentemente, chineses em ações inadequadas à regulamentação local.
Em março, Pequim afirmou que a capacidade de Hong Kong de acolher turistas chineses é um tema preocupante para o governo central.
Fonte: BBC Brasil
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