O tempo das declarações pomposas sobre o combate ao radicalismo já passou. Agora é tempo de desarmar realmente os grupos armados – foi este o apelo que o MRE da Rússia lançou a Kiev.
O ministério referiu que os elementos do movimento Setor de Direita se preparam para ações extremistas.
Entretanto, o número de formações paramilitares está aumentando na Ucrânia. Serão as autoridades de Kiev capazes de desarmar esses “exércitos” ou o país terá de entrar numa guerra de “todos contra todos”?
A decisão à revelia da detenção de Dmytri Yarosh foi considerada legítima. O Tribunal de Moscou rejeitou na quarta-feira o recurso do advogado do líder do Setor de Direita ucraniano. Yarosh é acusado pela Rússia de apelar à atividade extremista e terrorista usando a mídia. O líder do Setor de Direita se dirigiu através das redes sociais ao líder dos terroristas chechenos Doku Umarov pedindo-lhe ajuda e apoio. De acordo com a legislação russa Yarosh pode ser condenado a uma pena de até sete anos de prisão.
Os senhores que tomaram o poder na Ucrânia parecem não estar muito preocupados com as amizades de Yarosh com terroristas. Os apelos do ministro da Administração Interna, Arsen Avakov, e da Rada Suprema (parlamento) para que os grupos extremistas sejam desarmados são só realmente uma questão de imagem. Depois do recente tiroteio efetuado por um militante do Setor de Direita no centro de Kiev, não houve quaisquer medidas radicais. Os destacamentos subordinados a Avakov simplesmente retiraram o estado-maior dessa formação do Hotel Dnipro e instalaram-no cordialmente numa residência dos arredores.
Essa relação amistosa tem uma explicação simples: tantos os radicais, como o atual poder ucraniano têm o mesmo patrão, refere o cientista político Serguei Panteleev:
“É evidente que as atuais estruturas paramilitares foram criadas com uma intervenção direta dos norte-americanos e da SBU (serviços secretos ucranianos). Essa dupla já tinha trabalhado em conjunto. Hoje as estruturas de Washington e europeias estão emitindo sinais que isso não pode continuar assim – é preciso criar uma imagem positiva e obter uma legitimação total. As estruturas militarizadas simplesmente impedem esse processo”.
Simultaneamente o Setor de Direita é a formação mais visível, mas não é a única. Só em Kiev e seus arredores, segundo dados do MAI, os efetivos das formações ilegais atingem os 10 mil elementos. As armas roubadas dos paióis militares inundaram o mercado negro, qualquer um pode obtê-las. Os políticos, grandes empresários e líderes criminosos criaram seus “exércitos” privados. Além disso, estão sendo recrutados destacamentos de mercenários que oferecem seus serviços para “trabalhos sujos” em operações de incursões ou de desestabilização.
Kiev terá, de uma maneira ou de outra, de resolver a situação de toda essa “liberdade”. Só que o êxito não está nada garantido, diz o analista Ivan Konovalov:
“À direção ucraniana não restam outras opções senão tentar repor a ordem e desarmar os diversos grupos atualmente existentes, visto que isso é uma das principais exigências da União Europeia e dos EUA. Até isso acontecer, claro que não se poderá falar de quaisquer créditos (cerca de 18 bilhões de dólares). Devemos esperar que Kiev continue pressionando os grupos que tiveram origem no movimento pró-europeu Euromaidan para que estes se desarmem. Outro problema é que Kiev não tem, dito de uma forma suave, um poder real e forças suficientes”.
Realmente, quando comparados com o próprio Setor de Direita, os governantes de Kiev ficam francamente em desvantagem. Segundo refere o perito, os radicais acumularam uma larga experiência de combate, estão bem armados e motivados. O principal é que eles dispõem de um centro de decisão e de uma direção que se responsabiliza.
No meio dos atuais governantes ucranianos reina a confusão e a discórdia. Nessa situação, a Yatsenyuk e seus companheiros resta, pelos vistos, aguardar pela ajuda dos seus patrões estrangeiros. Ou então entregar o poder aos radicais que irão instaurar uma verdadeira (no seu entender) ordem, que desta vez já não estará mascarado pelas fracas tentativas diplomáticas do “elo mais fraco”.
Fonte: Voz da Rússia
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